In another life, I was by your side [Renga/Lanreki]

My happiness

(...)

Naquela noite, Reki ligou para sua família, sentindo sua ansiedade aumentar enquanto a ligação tentava se conectar. Ele e Langa estavam sentados na cama que havia no quarto, com o mais velho segurando uma das mãos do ruivo, a acariciando levemente com seu polegar. No momento em que a ligação conectou e Reki viu sua irmã e sua mãe na tela do celular, ele não conseguiu conter algumas lágrimas de felicidade, que caíram por suas bochechas.

Eles ficaram conversando por longos minutos, sua mãe estava preocupada e Koyomi tentava acalmar o ruivo, que não conseguia parar de chorar. Elas contaram tudo o que havia acontecido depois que eles embarcaram no avião. O pai do ruivo ainda estava detido e Nanako as acompanhou para fazerem as denúncias sobre o mesmo. Koyomi falou que foi assustador fazer aquilo, mas ela havia sentido uma certa liberdade logo depois e que estava ansiosa para que, quando o ruivo voltasse, pudesse aproveitar os dias sem ter medo. Ela estava sorrindo, mas logo também começou a chorar. Nanaka e Chihiro logo também se juntaram, contando tudo o que haviam feito para o ruivo, que não conseguiu deixar de sorrir ao ouvir as duas falarem tão alegres. 

Langa ficou observando o ruivo conversando, ele parecia estar tão feliz e que estava se acalmando aos poucos sobre tudo aquilo. Quando Reki terminou a ligação, ele olhou para Langa e o agradeceu. O mais velho o olhou, um pouco confuso.

– Se não fosse por você e a senhora Hasegawa, minha família ainda estaria sofrendo… Muito obrigado, Langa… Eu não sei como te agradecer o suficiente por me salvar… – Reki sorriu, com suas bochechas vermelhas e ainda úmidas das lágrimas.

– Não foi nada… Você é muito forte, Reki… Você é que me salvou na verdade… – Langa levou uma de suas mãos até o rosto do ruivo e deixou um beijo em sua testa.

O ruivo o abraçou, ficando com seu rosto escondido no peito de Langa, que ficou afagando os cabelos vermelhos do mesmo. A avó de Langa o avisou onde havia um colchão para o ruivo e ele buscou, o deixando ao lado de sua cama. O ruivo ignorou o colchão e os dois dormiram abraçados na cama de solteiro. Langa dormiu primeiro e Reki ficou o observando por algum tempo, pedindo mentalmente para que ele nunca saísse do seu lado. 

(...)

"Langa olhou ao redor, havia tantas pessoas ali reunidas. Sua família, que morava no Canadá, sua mãe, seu pai, a mãe de Reki e as irmãs mais novas do ruivo. Todos ali reunidos, sorrindo, olhando para onde Langa estava. O mesmo olhou para frente e lá estava Reki, vestindo um terno branco, com uma gravata vermelha. Seus cabelos selvagens estavam lindos como sempre, brilhando com a luz do sol. Ele sorriu, com suas bochechas tomadas por tons vermelhos e levou uma mão até o rosto de Langa, que pôs uma mão sobre a do ruivo. Langa segurou as mãos do ruivo, vendo o anel de prata brilhante na mão esquerda do mesmo. Ele levou a mão do ruivo até seus lábios e deixou um beijo ali, fazendo o mesmo rir. Reki se aproximou de si, lentamente, fazendo com que Langa sentisse a respiração quente do mesmo e logo os lábios macios e doces do ruivo se juntaram aos seus."

Langa abriu os olhos, desta vez não havia se acordado com um susto, mas acordou devagar e olhou para o teto, tentando entender se era ou não realidade. Havia um vazio estranho em seu peito. Ele olhou para o ruivo, que ainda dormia profundamente em seus braços e sorriu, deixando um beijo no topo da cabeça do ruivo, acabando com alguns fios vermelhos na boca. Reki resmungou algo e se mexeu um pouco, logo abrindo os olhos e olhando diretamente nos olhos esverdeados de Langa, abrindo um sorriso com uma expressão sonolenta ainda. 

O ruivo se aconchegou no peito de Langa e ficou daquele jeito por mais um tempinho, fazendo o mais velho ter que ficar parado na mesma posição, com um de seus braços já dormentes. Langa queria muito reclamar e pedir para o ruivo se mexer para ele poder tirar o braço dali, mas ele estava tão fofo e tão carente que Langa se sentiu incapaz de falar ou fazer qualquer outra coisa que não fosse aproveitar o calor do corpo do ruivo ali tão juntinho.