2. popping movies ☆

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Sonhos não são nada mais do que o seu cérebro tentando trabalhar com suas memórias e os pensamentos do dia enquanto estamos inconscientes. O que acontece obviamente, é enorme cruzamento entre o que desejamos, o que realmente aconteceu, e todos as alternativas para resolver o problema da vez, isso pode acabar em uma divagação colorida e fantasiosa divertida, como você tentar pegar seu gatinho de uma árvore e sair voando após o feito, ou talvez um personagem que lhe traumatizou na infância vindo atrás de você, enquanto seu pânico não te deixa se mover. Como antes falado, tudo depende da boa vontade da sua cabeça nessa hora.

O problema era que a cabeça de Louis durante a noite simplesmente não lhe dava trégua, ficava apenas rodando nas mil e uma questões sobre o restaurante, o aluguel de seu apartamento, memórias nada agradáveis, uns olhos verdes brilhantes, tudo que deveria estar sendo processado com Louis apagado sobre a cama, mas seu sono tinha sido interrompido por uma caminhão de bombeiros correndo pelas ruas, e ele não conseguia mais dormir, mesmo sendo três da madrugada da quinta feira.

Ao menos o restaurante só voltaria a ser aberto na sexta, assim dando um dia de descanso para o pequeno ômega, mas que pelo visto não seria aproveitado, já que teria que usa-lo para repor o sono perdido. A pequena capela no final da rua bateu o sino das quatro, enchendo o quarto com o som. Louis se sentou na cama, sentindo o vento frio que vinha da janela, seu pijama tinha mangas compridas, mas o fino tecido não ajudava em nada. Se levantou, contornando a cama e foi em direção a sacada, se apoiando na grade e observando a cidade, seu apartamento era no terceiro andar de um bairro simples, comparado aonde se localizava seu negócio. A névoa rondava baixa pelas calçadas mal iluminadas pelos postes, a maioria dos prédios estavam apagados, mostrando que a vida ali estava entregue ao sono, apenas uma ou outra janelinha acesa, pessoas acordando ou indo dormir agora, o ômega não saberia dizer, nunca tinha se importando em conhecer seus vizinhos, os mesmos também parecem pensar igual a ele.

Um barulho se fez presente sala, tirando o menor de seus pensamentos, se dirigiu a onde o incomodo acontecia, encontrando seu celular tocando em cima da mesinha de centro, um número desconhecido no id de chamada. Observou o aparelho em sua mão, quase descarregado, devia ter se esquecido de botar carregar ontem a noite, estava ainda tão atordoado pelo encontro que nem sabia direito como veio dirigindo sem bater o carro. Deslizou o dedo pelo botão verde e o posicionou em sua orelha. "sim?" perguntou esperando alguma resposta do outro lado da linha, mas não recebendo nada. Andou com o celular na orelha de volta ao quarto, "Alô, alguém na linha?" fechou a porta e a chamada se encerrou, número errado - pensou. Conectou o aparelho no cabo em sua mesinha de cabeceira, não adianta deitar, não conseguiria dormir de volta, levou a mão a sua boca, o péssimo hábito de morder a carne para se acalmar, ele só não sabia porque estava apreensivo, mas não é como se ele precisasse de motivo nos últimos tempos. Foi ao banheiro pegando dentro do balcão sua caixa de esmaltes.

Se sentou novamente na cama e começou a arrumar suas unhas, o trabalho na cozinha podia ser um enorme castigo as suas mãos. Se contando, ficando inchado, com calor, sem força nas pernas, estressado, precisa aguentar erros idiotas por desatenção, clientes irritados que se acham no direito de te xingar por um gosto próprio deles. Simplesmente sem nenhum glamour que gostavam de passar na televisão, se Louis nao fosse apaixonado pelo que fazia, já teria desistido a muito tempo, uma de suas salvações foi Adam, seu primeiro empregado, que começou a organizar a papelada quando o menor não tinha tempo para isso, e também foi quem criou o site do restaurante, cuidando sempre dos clientes do jeito que Tomlinson pedia.

Terminando de passar a base nas unhas, olhou o trabalho extremamente mal feito, ele era péssimo nisso, não conseguiria passar um esmalte nem pra salvar sua vida, mas ele não podia fazer nada. Guardou as coisas no lugar e se sentou na cama, tinha ido até a sacada mas se esqueceu de fecha-la, o vento frio ainda deixava seu corpo arrepiado mas ele não podia negar, até que gostava da sensação. Jogou seu corpo pra trás, encarando o teto.

pretty baby ☆ l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora