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1835
Há muitos e muitos anos atrás, numa pequena vila bem no interior da Inglaterra, onde nada que não fosse considerado extremamente normal acontecia e o maior passatempo do povo que ali vivia era trazer suas preces a pequena capela no alto do monte, aconteceu algo inacreditável aos olhos de quem visse.
Enquanto uma tempestade de neve destruía os telhados das pequenas casinhas da comuna, a jovem ômega de cabelos loiros corria com os utensílios pedidos em suas mãos com o coração saltando pela sua boca, já avistando o casebre logo em frente, correu tentando não escorregar na neve sobre os pés. Abriu a porta pesada de madeira já escutando os sôfregos de sua irmã que respirava pesadamente apoiada com as mãos no colchão, as dores das contrações lhe fazendo gritar.
Sua pequena irmã teria ido por todas as vielas com sua lamparina iluminando o rosto, rogando por ajuda, mas nenhuma parteira se encontrava pela região, um agradável senhor ofereceu de ir buscar a cavalo alguma da comuna vizinha, mas não daria tempo, sua irmã iria parir agora. Por sorte, a senhora Lindbergh teria oferecido alguns instrumentos para o parto.
A ômega dois anos mais velha se ajeitou na cama tentando achar uma posição confortável para a concepção. Tentava acalmar seu coração com a respiração ofegante, mas tudo em si ardia como o inferno.
Conforme os raios do início da manhã iam chegando, a chegada dos pequenos filhotes se fazia cada vez mais perto. A ômega loira usava suas mãos para facilitar o caminho para os gêmeos, os gritos da morena ecoavam pelo quarto até que outro som se fez presente, um som agudo, um pequeno choro e o primeiro recém nascido agora se acomodava no peito da mãe, não demorando muito para seu irmão se aninhar junto a si. A pequena loira secou as gotículas de suor na própria testa se jogando na cama, depois do trabalho árduo.
Se achegou na irmã para se ninar junto, mas a expressão da mesma a acanhou, onde encarava um dos pequenos sem sangue no rosto.
"lúpus" foram tudo que seus lábios sabiam pronunciar, o terror pairando sobre a cabeça das duas. A loira não acreditou até colocar suas narinas perto do menino e confirmou, o cheiro forte se fazendo presente, não sabendo ainda distinguir sua ordem.
As duas se encararam com terror, como isso teria acontecido era de difícil explicação para aquele tempo, mas o nascimento de um lúpus não se dava a mais de cinco mil anos, e todas as lendas que corriam pela comuna mostravam essa raça como perigosa e agora tendo que criar um parecia como um pesadelo.
A loira se aproximou para colocar a criança no colo mas a mãe a puxou para perto, enquanto os dois filhotes ainda se alimentavam do seu leite.
"Ande, Amélia, me dê, ainda não amanheceu por completo" Falou exasperada, tropeçando em sua longa saia remendada. "Me dê a criança, não seja tola! Como espera que a criemos, nem sabemos o que isso é!"
"Calada! a criança é minha, e a criarei como o irmão, se estás insatisfeita, tu que saia!
"Só trarás desgraça para nossa família, mal temos o que comer e agora temos gêmeos para criar e um deles crescerá sendo um animal."
A morena levantou a mão, finalizando a discussão.
1847
Conforme os anos foram passando, a criança ia crescendo em força, rapidez e estatura, se diferenciando exponencialmente das outras. Por onde andava, as mães traziam seus filhotes mais para perto, temendo as próximas ações do pequeno que andava atrás da irmã, protegendo-a.
Ia chegando a entrada da casa humilde, mas notou um homem com roupas muito glamurosas que veio a cavalo parado a porta, onde conversava com sua mãe. Ficou observando por um tempo, até o rapaz sair e sua mãe lhe chamar apressada para entrar.
Com a mesa do jantar posta, uma grande panela de sopa fervendo em frente a ele, as três pessoas da casa se sentaram. Após a refeição, sua mãe lhe chamou em particular em seu quarto.
"Hoje recebi uma proposta irrecusável" falou entrelaçando os dedos, "Você foi convocado para o treinando para o exército da rainha"
Os olhos do jovem se arregalaram "Mas só tenho doze mamãe, não teria nada a acrescentar."
"Você iria a comuna de Holmes Chapel, e iria se estabelecer lá. Cuidariam muito bem de você, e seria treinado, se tornaria guerreiro e conseguiria uma fortuna. Não quero você mais nessa miséria. Você irá, meu filho, e tudo vai ficar bem.
A mãe colocou seu filho sobre o seu peito, e o ninou até que caíssem no sono....
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pretty baby ☆ l.s
FanficA.U. onde um ômega prepara massas com amor e um alfa tem problemas em dizer não. ☆