Vinte e Cinco

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"É mais tarde."

Jisoo e Chaeyoung estavam deitadas em sua cama, o luar da janela servindo como sua única fonte de luz. Jisoo tinha um braço em volta da garota, segurando-a protetoramente contra o lado dela.

Chaeyoung se acalmou consideravelmente desde que Henry saiu. Jisoo não tinha certeza do que tinha acontecido, mas estava agradecida por isso. Chaeyoung estava realmente conversando com ela.

"Hã?" Chaeyoung levantou a cabeça ao ouvir as palavras de sua esposa. Ela soprou uma mecha solta de cabelo do rosto, fazendo Jisoo a estender a mão e colocá-lo atrás da orelha.

"Você disse que me contaria depois." Jisoo disse suavemente. Ela não queria empurrar nada para a garota, mas também estava meticulosamente curiosa sobre o que havia mudado.

Mudando um pouco, Chaeyoung se virou para que ela pudesse encarar a garota mais velha. Toda a energia no quarto estava diferente agora. Uma tensão nervosa caíra sobre as duas. Jisoo prendeu a respiração.

"Eu lembro." Chaeyoung sussurrou. Ela se sentiu confortada por essas palavras, significando que a obscuridade de suas memórias havia desaparecido agora, substituída por uma clareza um tanto reconfortante.

"Você lembra..." Jisoo repetiu. "É ruim?"

Chaeyoung rapidamente balançou a cabeça.

"Eu sou o cara legal." Chaeyoung mordeu o lábio. "Henry disse isso. E então eu lembrei."

"Quer compartilhar?" Jisoo riu nervosamente. Ela tinha o hábito de estudar as mãos de Chaeyoung. Sempre que a garota estava nervosa, torcia os dedos ou as mãos de Chaeyoung, passando os polegares para frente e para trás. Para Jisoo, era um sinal revelador para não pressioná-la muito. Mas agora, a menina tinha uma das mãos atada à de Jisoo, e a outra estava traçando a forma de sua tatuagem de flores sem rumo.

"Você não vai ficar brava?" Chaeyoung olhou para cima. Ela encontrou os olhos de Jisoo, encontrando nada além de conforto neles.

"Claro que não." Jisoo praticamente zombou, incrédula. Chaeyoung assentiu baixinho.

"Ok..." Sussurrou. Ela respirou fundo, preparando suas palavras. Jisoo esperou pacientemente, ciente de que Chaeyoung precisava de tempo. Ela estava mais do que disposta a dar isso a ela.

"Era o aniversário de Henry." Chaeyoung assentiu suavemente. "E nós fizemos os cupcakes, lembra?"

Jisoo assentiu suavemente. Chaeyoung sentou-se, fazendo a mais velha mudar seu peso levemente para que ela pudesse se apoiar parcialmente contra ela e contra a cabeceira da cama.

"E nós não tínhamos guardanapos, então tivemos que ir buscar toalhas de papel." Chaeyoung assentiu suavemente, quase como se ela estivesse confirmando para si mesma também.

"Mas Henry queria pegá-los, e ele não conseguia alcançar a máquina no primeiro banheiro, então fomos para outro." Explicou Chaeyoung. Ela ficou de olho no rosto de Jisoo enquanto falava, não querendo chatear a garota.

"Vá em frente." Jisoo assentiu.

"Você consegue alcançar?" Chaeyoung perguntou, inclinando a cabeça para o lado. Henry assentiu furiosamente, agarrando um dos pequenos banquinhos e subindo no balcão para pegar um punhado de toalhas de papel.

"Isso é suficiente?" O menino se virou para mostrar a Chaeyoung a pilha alta de guardanapos que ele conseguiu reunir. Assim que Chaeyoung abriu a boca para falar, um barulho ensurdecedor ecoou pelo corredor.

É engraçado como as coisas podem mudar no espaço de um segundo.

Quando o barulho chegou nos ouvidos de Chaeyoung, sua mente imediatamente a jogou de volta para alguns anos antes, onde o som era muito familiar.

Green (Chaesoo)Onde histórias criam vida. Descubra agora