2 - "Para mim você não é um rei."

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O protetor dos Moors com apenas dezoito anos

Ares estava nervoso, porém tão orgulhoso de si, era o mais poderoso do reino, e agora protegia todos como um líder, um líder justo, verdadeiro e guerreiro que defenderia seu reino com toda a sua coragem e dedicação, ele não decepcionaria ninguém, todos acreditavam nele.

Novamente aquela sensação de liberdade fazia parte de seu corpo, o frio na barriga, o calor, os sentimentos, aproveitava tudo enquanto voava no reino, pelo qual agora, daria sua vida para proteger a todos.

Fechou os olhos, e apreciou a brisa que atingia sua pele, suas asas aproveitavam essa sensação tanto quanto ele, suas vestes pretas, um pouco justas em seu corpo, seus fios, também pretos voavam por conta do vento, e em seu coração o mais belo dos sentimentos reinava.

Ares andava sozinho na maioria das vezes, a não ser quando Jihoon o fazia companhia, mas esse estava um pouco distante.

Podemos dizer que... eles estavam namorando, há anos estavam juntos, não houve um pedido formal mas Ares acreditava que estavam juntos.

As coisas complicaram um pouco quando Jihoon foi morar no castelo, sua tão sonhada moradia, Ares não sabia muito sobre o que acontecia no outro reino, só se interessava pelo que Jihoon lhe contava, achava lindo o brilho encantador que habitava em seus olhos em cada simples frase falada sobre o castelo.

Ares não deixava que a distância abalasse eles, aproveitava sempre o tempo que tinha com o mais velho, que logo faria vinte anos.

Óbvio que Ares havia reparado uma certa mudança em Hoo, estava sempre ansioso e dava para ver de longe sua personalidade mudando, estava ganancioso. Ares não falava nada, mas sabia que ele havia mudado por conta do convívio com a realeza, parecia cego para certas atitudes.

Se sentia sozinho muitas vezes, mas amava Hoo, e tentava de tudo para se manter bem por ele.

É... ele amava Hoo, nunca disse ao homem, e nunca ouvira do outro, mas ele sentia o amor.

Ares estava sentado no topo de uma árvore, era fascinado em lugares altos, quando não estava voando, estava em montanhas, árvores, ou explorando - mesmo que já tivesse gravado cada mísero detalhe de seu reino - estava tranquilo e calmo, a paz reinava.

Mas Ares não sabia e sequer esperava, que o rei dos humanos sabia da recente liderança que os Moors haviam elegido, e jurou ele, derrubá-lo.

Ares não odiava os humanos, os humanos que os odiavam, queriam ser dono daquilo que não tinham controle algum, e insistiam em ter controle de tudo, eram fardados de: inveja, ignorância, ambição e ganancia.

De longe Ares avistou soldados, indo em direção do reino que era o seu lar, entrou em alerta e voou rapidamente.

- Lá estão as perigosas criaturas que ninguém ousa enfrentar, por medo da magia que lá se oculta. - o rei falava alto para todos escutarem, não foi difícil de Ares ouvir também. - Esses monstros tem a vantagem do poder, mas nós temos força. - todos gritaram em resposta. - Por isso matem-nas. - todos gritaram novamente.

Logo notaram a criatura de asas grandes pretas e chifres, pousar na entrada da floresta.

- Não avancem. - Ares falou com a voz grave, bem firme.

- Um rei, não aceita ordens de um ser com chifres. - os soldados riram.

- Ouça. - pediu - Uma coroa não te torna rei, muito menos o meu rei. - disse com a cara ainda fechada, pronto para defender o reino que morava como havia prometido.

- Tragam a cabeça. - o rei ordenou aos soldados.

- Batalhão. - o chefe dos guardas falou e todos ergueram as espadas enquanto Ares os olhava. - Avançar.

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