Star Cradle | Max Verstappen ✓

Epílogo

Circuito de Spa-Francorchamps, Stavelot, Bélgica — 28 de novembro de 2027

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No comando da potente RB20, Max Verstappen suava para dar o seu melhor. Porque se existia alguém que merecia o título da temporada, esse alguém era ele. Com certeza era ele. Após um ano repleto de desafios, problemas inesperados, que por muito pouco não comprometeram o desempenho dos pilotos na pista, e até tristezas para a equipe austríaca, tudo parecia estar dando certo. E Max realmente esperava que desse certo. 

A disputa pelo primeiro lugar com Mick Schumacher, que virara um piloto Mercedes dois anos atrás e tinha três pontos de vantagem no ranking, estava acirrada, mas ele não pretendia desistir. Max sabia que não podia desistir. Afinal de contas, qual seria o sentido de nadar tanto para desistir metros antes de alcançar a areia da praia? Se perdesse, pelo menos sua consciência estaria limpa por saber que lutou até o último segundo. 

Mas o real problema, era que Max não queria perder. Pelo menos não depois de sacrificar tantas coisas para chegar onde chegou. E, como se os sacrifícios que fizera ao longo do ano não fossem suficientes, também havia o peso emocional. Max queria aquele título não apenas para si, para inflar o próprio ego, deixar sua marca e provar ser o melhor, mas também para todas as pessoas que ele amava e estiveram ao seu lado, acreditando nele e dando-lhe força quando ele pensava que ia cair.

O tetracampeão queria honrar todos os esforços feitos por sua família. Desde os maiores até os menores. Ele queria honrar até mesmo aqueles que já tinham partido mas nunca deixaram de viver em seu coração. Max Verstappen estava mais decidido do que nunca a alcançar a taça, uma das mais lindas que ele já viu em anos de carreira, e se presentear e presentear sua família, seus fiéis apoiadores. 

O piloto respirou fundo, acelerando mais e mais. Ele logo ouviu a voz de seu engenheiro, Jonah, através do rádio, dizendo que estava na hora de ir para os boxes. Max não se abalou, pois a estratégia montada pela equipe era perfeita, e mesmo parando naquele exato momento, ele conseguiria abrir uma vantagem incrível sobre Schumacher.

O pit stop foi rápido, o mais rápido da história da Fórmula 1, com incríveis 1.80s, e durante o pouquíssimo tempo em que estava parado entre os mecânicos, Max se permitiu pensar em um turbilhão de coisas. Sua mente vagava pelo passado, emergindo entre suas melhores e piores lembranças, provocando um aperto de dor no coração. Para ele, era engraçado, e ao mesmo tempo, assustador, pensar em como sua vida, que caminhava por uma estrada luminosa, entrou em um túnel escuro aparentemente sem saída e, repentinamente, após algum tempo, voltou a caminhar debaixo da luz. As coisas aconteceram tão rápido que ele mal teve tempo para parar para pensar. 

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Todos os telespectadores da briga mais esperada do ano estavam nervosos, inclusive os que se encontravam presentes nos camarotes nos arredores da pista. Os da RBR, equipe do atual campeão mundial, estavam abarrotados de pessoas com os nervos à flor da pele. Vozes amontoadas, pés caminhando para lá e para cá, e corações tão acelerados quanto um guepardo completavam o cenário azul e laranja. A expectativa para que Max ultrapassasse o jovem Schumacher era altíssima. A equipe hexacampeã precisava da vitória do piloto holandês para alcançar o sétimo título. 

— Ah, Deus… — Verona arfou, abanando-se com um flyer. — Eu acho que vou passar mal de tanto nervoso.

A italiana ainda não era a maior fã do esporte, mas não conseguia evitar a sensação de nervoso que tomava seu corpo em dias como aquele. E ela sempre costumava brincar sobre isso, porque, se para ela, uma pessoa que não gostava tanto de Fórmula 1, já era difícil continuar calma, imagina só para alguém que é apaixonado? Céus, deve ser um horror, é o que sempre pensava. Verona perdia minutos a fio observando quem estava ao seu redor tremer, gritar e quase chorar quando seus pilotos eram testados ao limite na pista.