capítulo 12

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CK

Mandei os menor levar ela pra casa e sai de lá, Victória chorava pra caralho, levei ela pra casa da mãe dela e brotei na minha coroa.

Cheguei lá e a menor veio correndo pra porta achando que era a mãe dela.

Ágatha: Mamãe- gritou e quando me viu parou- titio ocê xabe onde a mãe tá?- perguntou e eu concordei.

CK: Sua mãe teve que viajar pra resolver uns negócios dela, mas daqui uns dias ela tá de volta tá?- falei e ela concordou.

Voltou pra sala e sentou no sofá, olhei e minha mãe estava me olhando de braços cruzados.

CK: Vou tomar um banho e te explico tudo tá? Não vai demorar, faz ela dormir aí- falei e dei um beijo na testa da mesma.

Fui para o banho, tomei um banho gelado pra vê se tirava todo o nervoso e estresse de mim.

Sai me troquei e depois fui para a sala, minha mãe estava lá sentada assistindo novela e ela estava dormindo no outro sofá.

CK: Vou por ela na minha cama e a gente conversa- falei e peguei a menor.

Fui para o meu quarto, deitei ela e fui para a sala, sentei no sofá e contei tudo para ela, que ficou horrorizada e queria me matar.

Ivanete: Eu juro que quero arrancar sua cabeça fora, oque vai ser da menina sem a mãe dela? E porque vocês não conversaram antes de fazer qualquer coisa? A menina nem fica com ninguém, como do dia pra noite ela vai ser amante do relíquia? Vocês não sabem serem bandidos, não- falou e eu passei a mão na cabeça.

CK: Mãe se ela realmente não fosse amante, ela tentaria algum tipo de contato com ele, você não acha? Vic me disse que ela nem chega perto de relíquia direito, as vezes é porque ela não consegue fingir que nada entre eles não acontece- falei e ela negou.

Ivanete: Pensa bem em uma desculpa boa para Ágatha e outra não quero saber, vou ajudar ela no que for preciso e estou sem aí para oque os outros vão pensar ou falar, já está avisado!- falou e eu respirei fundo.

Não podia dizer que não pra ela, a vida é dela e ela sabe oque fazer, mas depois dessa "conversa" confesso que estou meio paia sobre tudo oque aconteceu, eu tinha que te chamado ela pra conversar, sem todos fazendo pressão pra ela e pá.

Mas agora já foi né?

Jantei um pouco, com os pensamentos a mil por hora, só pensando nela, porra!

Minha mãe pediu, mais me obrigou do que tudo, a levar ela para a casa de Chloe, dizia que precisava ver como ela estava.

Chamou minha vizinha, que no caso é uma tia minha, para passar o olho em Ágatha enquanto a gente ia lá.

Cheguei lá e minha mãe foi entrando na casa dela, a porta não estava trancada, então fomos entrando, andamos até o quarto da mesma e ela estava deitada na cama cheia de hematomas pelo corpo todo.

Minha mãe sentou na beirada da cama e acordou ela, elas ficaram conversando e eu saí do quarto.

Por mais que eu esteja acostumado a ver pessoas nesse estado quase todo santo dia, deu alguma coisa no meu peito e eu senti que tinha que sair dali de dentro o mais rápido possível.

Sentei no sofá e fiquei esperando minha mãe, que depois do umas duas horas veio e fomos embora.

Ivanete: Ela não vai sair da favela! Já estou te avisando, não quero saber de Victória e nem de caralho de comando nenhum! Ela vai ficar, não tem pra onde ir, já foi abandonada pela família toda, não vai ser abandonada por mim, prometi pra ela que ajudaria ela em tudo e que cuidaria dela e de Ágatha, e essa promessa eu faço questão de cumprir!- falou e eu a olhei e neguei.

CK: Tu pode ter prometido o mundo pra ela, não vai ter como, tu ajuda ela fora da favela e pá, mas já tá resolvido até com o comando, se ela não sair, eu levo esculacho e até cobrança por não cumprir com minha palavra- falei e ela balançou os ombros.

Ivanete: E daí? Quem mandou dar sua palavra sem nem saber oque estava acontecendo direito? Vice sabe que aquela Míriam apronta com caras casados desde menor, não vem querer falar que é Chloe que pega o ridículo do seu amigo- falou e eu respirei fundo.

Estava tentando não perder minha paciência, mas estava difícil.

CK: Mãe não adianta, aconteceu e já era, conversamos e vai ser isso e pronto! Não posso dar para trás mano, e tu sabe muito bem disso!- falei e ela me olhou de cara fechada.

Negou e não disse mais nenhuma palavra, estacionei em casa, ela desceu do carro e entrou, o resto da noite não falou comigo.

Não podia dar para trás, ela convive com o crime desde quando eu entrei e sabe como é as coisas, não posso simplesmente dizer que não vou mais tirar ela da favela e que todos tem que aceitar isso.

Não dá, não rola.



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