capítulo 22

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CK

Acordei mortão no outro dia, levantei cedo e fui pra casa, deixei dois soldados meu fazendo uma ronda perto do prédio.

Tomei um banho, vi que minha coroa ainda estava dormindo e aproveitei voltei lá pra casa dela, comprei  pão e uns bagulho de café da manhã e levei pra elas.

Cheguei e tava todo mundo dormindo ainda, maior silêncio, fui pra cozinha e dei de cara com Chloe fazendo café.

Chloe: Bom dia - falou e deu um sorriso fraco.

CK: Bom dia, cê tá bem?- perguntei e a mesma concordou.

Chloe: Obrigada apor hoje mais cedo, se tu não estivesse atrás de mim, provavelmente eu iria morrer ali naquele beco- falou e eu neguei.

CK: Tava todo mundo atrás de você pô, e mesmo se não tivesse ninguém, sempre tem soldado meu passando por ali de manhã- falei e ela concordou.

Chloe: Mesmo assim, muito obrigada - falou e eu sorri pra ela.

CK: Tá suave pô, mas me conta aí quem é o "pai" de Ágatha?- perguntei fazendo aspas.

Chloe: É esse aqui - falou e me mostrou uma foto dele - não sei o porquê ele veio atrás de mim ontem, estou tentando achar uma solução até agora- falou e eu olhei pra ela.

CK: Ou ele sente saudade ou queria te provocar sei lá, mas tá suave me manda essa foto, vou atrás dele, isso não vai ficar assim não - falei e ela arregalou os olhos.

Chloe: Eu que me machuquei Patrick, por mais que ele fez oque fez, ninguém merece isso- falou e eu ri olhando pra ela.

CK: Mesmo você estando inteira, eu iria dar cobrança nele, não importa se ele encostou em você ou não, ele te levou sem sua autorização e só deus sabe oque ia fazer contigo se tu não tivesse fugido - falei e ela abaixou o olhar.

Respirei fundo e passei a mão nas costas dela.

CK: Tô ligado que tu é boa demais, tem um coração bom demais, mas tá na hora de tu olhar as coisas de outra forma, sempre que alguém faz coisa errada paga, sendo para o tráfico ou para a justiça, na paga!- falei e ela me olhou.

Chloe: Eu sei, mas é que...- nem deixei ela terminar.

CK: Não tem mais, se tu tivesse feito qualquer coisa contra ele, ele não pensaria duas vezes antes de ir lá na boca falar pra nós, então mano sem essa de mais- falei e ela me olhou.

Respirou fundo pela milésima vez e ficou me olhando.

CK: Cê pode ficar com raiva de mim e oque for, mas na minha favela tem lei e todo mundo cumpre e quem não cumpre leva cobrança igual - falei e ela concordou.

Chloe: Tua mãe sabe de algo?- perguntou e eu neguei.

CK: Ela tava dormindo quando eu fui lá, então não contei nada pra ela e nem pretendo, mas se tu quiser contar, tá suave pô - falei e ela concordou.

Acabou que ficando conversando por maior tempo, as meninas acordaram comeram e depois se arrumaram pra nós ir pra favela.

Cheguei e deixei elas tudo na minha mãe, desci pra boca e mandei os meus soldados tudo ir atrás do vacilão.

Eu sou sempre certo pelo certo, se vier de ideia errada, a cobrança é na certa, tenho dó de ninguém, porque quando for a minha vez, Zé povinho também não vai ter dó.

Então é aquelas né? Que doa neles, do que em mim, o erro tá aí, erra quem quer.

Eu levo um ditado comigo e ele é certo independente da ocasião "o diabo te oferece o prato, mas não te obriga comer".

Sobre Nós Dois (M)Onde histórias criam vida. Descubra agora