Capítulo 12.

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Chego na escola cansada da noite de ontem... nada demais aconteceu, mas eu ainda estou morrendo de sono.

Sinto que hoje o dia será apenas mais um normal. Um normal chato, um normal preocupante e cheio de crises...

Não tinha esperanças para que o dia de hoje fosse ser bom. Não me sinto mais suficiente. Acho que essas semanas foram apenas euforia... decepcionante!

Não me sinto a garota fodona, não virgem, gostosa. E meio que já estou acostumada com isso. Começo a me culpar e me arrepender de tudo o que aconteceu.

Meu celular começa a vibrar loucamente, era um número desconhecido...

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LIGAÇÃO ON
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Shivani: - Oi? ... Alô? ...

- Ela já está irritante! - Harley? É ela falando?!

- Aquela maquiagem que ela usa, eu odeio! Ela fica horrível! - Jannet? O que é isso? O que está acontecendo?

- Sem contar que a gente leva ela para os lugares só por dó, senão ela ia sentar lá naquelas mesas do refeitório sozinha! - Todas começaram a rir, e eu posso ouvir a sua risada, April...

Como eu já sabia: 'um normal chato, um normal preocupante e cheio de crises...'

Shivani: - Quem é você? ... Alguém? ...

- O Bailey nunca gostou dela de verdade! Ele só está com ela por que ela era a única que ele ainda não tinha comido. - Ao ouvir a voz de April dizer isso, desligo.

Ando pelos corredores ainda desacreditada. Eu confiei nelas todos os meus segredos, minhas dores, minhas aflições, minhas frustrações... Tudo!

Me sinto traída e envergonhada. Em poucos minutos elas me deixaram extremamente desconfortável, e insuficiente!

Seguro as lágrimas que insistem em querer cair dos meus olhos, e caminho até elas. Aquele grupo perfeito, cheio de loiras ricas.

- Oi, Shiv! - Harley me abraça.

- Não me chame assim, Harley! - Falo no abraço. A mesma me olha confusa e apreensiva.

Não gosto muito de brigas, muito menos de drama no final da amizade. Seria desnecessário, e eu não gosto de atenção em mim...

As lágrimas me desobedecem, molhando meu rosto e me deixando vulnerável, e muito insegura sobre mim mesma.

Olho uma última vez em seus rostos... April, você foi a primeira garota que eu me apaixonei! Eu odeio isso. Eu odeio tudo. April, eu te amava! April, você era a garota dos meus sonhos...

Ando rápido até o banheiro, deixando adolescentes egocêntricos confusos. Esbarrava em alguns, mas logo pedia desculpas e continuava meu trajeto.

Entro no banheiro e posso ver – mesmo com a visão embaçada – garotas conversando, se arrumando, tirando fotos... típico!

Entro na última cabine e minhas lágrimas de desespero e solidão caem desesperadamente, enquanto a dor ficava cada vez mais difícil de segurar, e tudo aquilo me trazia lembranças boas e ruins.

Aquilo fazia a dor apenas aumentar, e eu não conseguia segurar os arranhões e mordidas em mim mesma. Quero apenas que a dor diminua, mas a cada arranhão e mordida, a dor mental aumentava mais.

Me fazia ficar em pânico e totalmente sem forças para existir naquele momento. Mordo meus lábios na intenção de machucar! Todo esse estresse me deixou com dor de cabeça...

Esses tipos de crises não estavam presentes há muito tempo. Mas elas conseguiram.

- a lost girl

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- a lost girl.

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