MALU
A casa de Juan Pablo também é grande, só não é maior que a principal.
As luzes já estão acesas.
Quando me viro para perguntar o que devo fazer, Bruna não está mais aqui.
O que eu faço? Bato na porta e abro como Bruna fez comigo? Fico em pé esperando que algo aconteça?
A porta abre!
Eu estremeço.
Tem um homem me encarando.
A saliva dói para descer em minha garganta. Estou travada, paralisada diante a sua presença.
— Eu tenho que te puxar para dentro? — ele pergunta, mostrando a falta de paciência, como Nasir.
Sua voz grossa me faz estremecer mais.
— Não, senhor. — dou um passo para frente, ele abre mais a porta.
Respiro fundo, solto todo ar pela boca.
Entro na casa.
Diferente da casa principal, eu não presto atenção nessa aqui. Eu já conhecia o capataz, Bruna não me deu medo, por isso eu reparei em algumas coisas do local.
Mas esse homem deve ser o Juan Pablo Lovren, e por ele me dar medo, eu não reparo em nada ao meu redor.
Deus, que ele não me faça nenhum mal.
— Acho que sabe quem sou. — a porta é fechada. Eu fecho os olhos, aperto as mãos... Deus, que ele não seja louco como o pai. — E também acho que sabe que você é minha.
Juan Pablo aperta meus ombros com força, ele me vira, fico de frente para ele, agora de olhos bem abertos.
— Você é minha, Maria Luiza.
— Sua empregada? — minha voz sai muito baixa.
— O que eu quiser. Eu não sabia da sua existência até mês passado. — segura meu queixo, vira meu rosto de um lado para o outro. — Meu pai me deu você de presente.
Travo!
Então por isso nunca fui vendida... Eu pertenço ao herdeiro dessa família.
Minhas pernas amolecem.
Sinto que vou cair. Me seguro em Juan Pablo, não por querer, e sim porque meu corpo foi pra frente.
Ele me coloca sentada em alguma coisa.
Tudo gira.
Abro a boca, querendo vomitar, nada sai!
Juan Pablo não está mais aqui. Mas o meu medo continua, meu coração bate muito acelerado, minhas pernas tremem, sinto frio...
Juan Pablo retorna com um pão e algo dentro.
— Bruna comentou que não comeu nada. — me entrega. — Coma!
Não como.
— Se não comer eu enfio tudo na sua boca! — olhando em seus olhos, ele fala sério, como o pai.
Começo a mastigar. Faço força para engolir esse pão, nem sinto o gosto de algo.
Juan Pablo não está aqui.
É como se eu fosse a prostituta dele? Por isso aquele quarto tem roupas que servem em mim? A vingança de Nasir é sobre usar a filha de Alberto como prostituta do seu filho? Eu serei a vingança dele pela tal irmã?
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(COMPLETO NA AMAZON) Casando com o inimigo - Um contrato para a nossa vingança
ChickLitMaria Luiza Pelegrini nasceu e cresceu no cárcere sendo escrava na fazenda da família Lovren. 20 anos longe da civilização, sem conhecer o mundo a sua volta e tendo a mãe como a única pessoa a quem confia. Agora Maria recebe a terrível notícia que s...