MALU
— Primeiro Aaron, agora Nasir. — minha mãe anda de um lado para o outro, no pequeno quarto que moramos. — Tem algo nisso tudo, Malu. E tenho medo do que acontece naquela casa.
— Não tinha como negar, ele te ameaçou. Nasir fala muito da prostituição, ao mesmo tempo parece que sirvo, por outro lado parece que não sirvo para nada disso. Acho confuso, ainda mais quando o capataz mais querido quer casar comigo.
— Nasir falou do seu pai, certo?
— Ele disse algo sobre meu pai querer a irmã dele, no caso, a irmã de Nasir. O que aconteceu?
— Não sei, não conhecia o Nasir até ele nos sequestrar.
— E se meu pai fez algo contra a irmã de Nasir e...
— Seu pai seria incapaz de fazer algo, Maria Luiza! Por favor, não diga que algumas palavras ditas por Nasir fez com que acreditasse nele!
Não, só acho essa história de rivalidade dos dois muito mal contada, e acho que senhor Aberto não é esse herói que minha mãe tanto fala.
— Claro que não. — minto. — Eu não conheço o Alberto...
— Seu pai, Maria Luiza! Ele me salvou, me ajudou em tudo, me deu uma vida. Ele nunca faria mal a alguém.
— Ok. — apenas concordo, sem querer entrar em mais um embate com ela.
Apenas sento no chão e fico de olhos fechados, pensando o que será que está por vir. O que tem nessa casa, porque mudaram meu local de trabalho...
— O que será que fez Nasir mudar de ideia? — abro os olhos, encarando minha mãe, que acabou de fazer essa pergunta. — Primeiro o pedido de Aaron, agora esse novo trabalho.
— Não faço ideia. Pensei em Aaron querer o dinheiro de Alberto, dar uma e herói. — minha mãe senta ao meu lado. — Mas sei lá, não sei o que pensar, só rezo para que não seja algo ruim. Mesmo que tenha uma chance mínima de ser algo bom.
— Nasir está sendo totalmente estranho, a verdade é essa. — coloca a mão na cabeça. — Quer algo para comer? Ainda temos alimentos escondidos que Aaron trouxe.
— Não, estou sem fome. — agora deito na esteira de palha. — Apenas rezar para que não seja nada de ruim.
(...)
É uma casa gigantesca!
Fica na mesma fazenda que trabalho, só que é tão distante que é a primeira vez que a vejo tão de perto.
É incrível, de verdade!
Mas não tenho por que admirar tudo isso. Por isso tiro minha cara de surpresa e volto a ficar séria. O capataz me dá um leve empurrão para frente e ando para o lado da casa. Há janelas enormes, e parece que tem outra casa em cima.
Chegamos ao fundo da casa e tem um troço cheio de água... Sei lá o que é isso, mas é bonito, tem uma coisa que cai água também.
Deus, eu não sei de nada mesmo!
Têm muitas mesas, outras coisas que não faço ideia do que sejam, e uma porta enorme de vidro que está aberta.
Novamente o capataz me dá um leve empurrão para frente.
Entro na casa.
É enorme com várias coisas que nunca vi e nem imagino o que são!
Meu Deus, como vou trabalhar aqui sendo que não conheço nada?
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(COMPLETO NA AMAZON) Casando com o inimigo - Um contrato para a nossa vingança
Chick-LitMaria Luiza Pelegrini nasceu e cresceu no cárcere sendo escrava na fazenda da família Lovren. 20 anos longe da civilização, sem conhecer o mundo a sua volta e tendo a mãe como a única pessoa a quem confia. Agora Maria recebe a terrível notícia que s...