Capítulo 02.

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sʜɪᴠᴀɴɪ ᴘᴀʟɪᴡᴀʟ

O dez minutos de Raimundo foram bem precisos, pois o apartamento do meu suposto novo chefe ficava em um condomínio próximo ao seu escritório.

O prédio se erguia magestoso sobre os demais e coloca certa intensidade ao redor.

-Estou a caminho da residência do senhor May - Raimundo falou ao segurança da guarita.

O sobrenome era estrangeiro e bastante diferenciado. conhecia esse som de algum lugar.

Assim que o portão se abriu, Raimundo virou para mim.

-Ainda não sabe quem é, correto? - ele disse gargalhando.

-Minha falta de conhecimento o diverte? - perguntei em tom brincalhão.

O homem balançou a cabeça, concordando.

-Seu futuro empregador é dono do prédio todo - ele indicou. - E de meio quarteirão aqui no centro.

Arregalei meus olhos e encarei o imenso prédio que provavelmente tinha uns vinte andares.

-Ele trabalha principalmente em seu escritório em home office, mas é bobão demais para fazer duas coisas ao mesmo tempo - ele disse dando de ombros.

Estacionamos em uma vaga indicada por um rapaz e saímos em direção a entrada no prédio.

As portas eram enormes e dois seguranças aguardavam ao lado delas. O interfone toca e alguém fala com os rapazes que nos encaram.

Um deles acena para que entremos e a porta nos da acesso a um enorme saguão.

-Condominio Bela Luz, como posso ajuda-los? - uma mulher sorridente vem ao nosso encontro.

-Estamos de visita - Raimundo responde. - Qual o andar do senhor May?

-Ultimo andar, senhor - ela sorri. - O elevador que da acesso a cobertura fica no final do corredor.

Andamos em direção ao elevador indicado e aguardamos até que a enorme caixa metálica alcance a cobertura.

No corredor daquele andar só havia uma porta e não ficou difícil de encontrar o apartamento ao qual deveríamos entrar.

-Nervosa? - Raimundo perguntou enquanto apertava o interfone.

Eu estava sim com medo, pelo que eu lia nos livros a maioria desses executivos armagurados eram frios e ríspidos.

Confesso que nunca vi um pessoalmente, mas ainda assim. A porta se abriu revelando meu futuro empregador.

O olhei atentamente. Surpresa.

O homem que apareceu era poucos centímetros maior que eu.

Ele usava uma calça moleton larga e uma camiseta (com um controle de vídeo game) três vezes o seu tamanho.

Ele usava um óculos enorme e seu cabelo estava todobdesarrumado. As olheiras se destacavam e dava para ver o quão cansado ele estava.

Mas eu tinha a impressão que ele me parecia familiar. Ao julgar pela riqueza, talvez o tenha visto em alguma revista ou algo assim.

(n/a:hm)

-Tenho que ser rápido - ele falou com uma voz grave que não combinava com sua pequena proporção.

Ele ajeitou as costas ao me ver e isso lhe proporcionou alguns novos centímetros de comprimento, mas ele não sustentou a postura e logo se amoleceu novamente.

-Seja mais educado na frente de uma dama, moleque - Raimundo lhe dá um peteleco na cabeça.

O tapa desarrumou o óculos do rapaz e o deixou ainda mais engraçado.

A GOVERNANTA || Shivley adaptation ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora