Capítulo 29

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sʜɪᴠᴀɴɪ ᴘᴀʟɪᴡᴀʟ

Eu e Bailey chegamos primeiro e logo fomos procurar uma mesa.


Bailey escolheu uma que ficava próxima a janela de vidro e isso nos permitia apreciar um belo jardim cheio de flores que ficava do lado de fora.

Seria um lugar perfeito para um encontro. Pensei.

O restaurante em si era um lugar bem romântico. O ambiente passava aquela sensação de conforto e acolhimento. E a decoração sofisticada proporcionava ao local um aspecto elegante.

Eu conseguia imaginar os valores exorbitantes daquele lugar e me perguntava se eu teria condições de bancar... Se bem que com o salário atual que Bailey havia me oferecido, eu poderia
passar tranquilamente meu cartão de crédito.

Ainda assim, eu estava ponderando a possibilidade que ele havia me dado em investir esse dinheiro.

Eu não tinha muitos planos para o futuro, mas em uma coisa Bailey tinha razão: meu plano não era ser babá para o resto da minha vida.

-Cheguei - Charles apareceu, roubando minha atenção.

Eu sorri, sem emoção.

A mesa era de quatro lugares e eu fiquei sentado no meio dos rapazes que se encaravam inexpressivos.

-Como anda a vida, meu velho amigo?- Charles perguntou,finalmente quebrando o gelo.

-Até que boa - Bailey respondeu, se recostando na cadeira.

-Onde esta o pequeno Enzo? - perguntou Charles.

-Minha mãe veio buscar ele para passar o fim de semana com ela - respondeu.

Charles sorriu. Esse homem tinha o hábito de esbanjar seu lindo sorriso o tempo todo e as vezes era até irritante encara-lo.

-Aquele menino é uma comédia - Charles falou rindo.

Bailey estava quieto, não falava muito e seu rosto não demonstrava nenhum tipo de emoção. Era complicado saber o que ele estava pensando, mas percebi que a situação estava incomodando ele.

-E você, com o que trabalha na casa do Bailey? - Charles si virou para mim. - Empregada? Secretária?

Bailey deu um tapa na mesa. O tom de deboche de Charles me irritou, mas pareceu perturbar ainda mais o homem.

-Ela é a governanta da casa - Bailey disse, em tom irritado.

Charles o olhou curioso e depois assumiu os aspecto desafiador.

-Um cargo interessante - ele voltou a me encarar. - Se quiser pode trabalhar comigo, tenho certeza que posso encontrar um... cargo melhor para você e pagar bem mais pelos seus serviços.

O tom que ele usou foi bem claro. Ele estava insinuando que eu prestava outros tipos de serviços para Bailey. A reação de Bailey deixou bem claro que ele se importava comigo de alguma forma e para um entendedor, meias palavras bastam. Mas ainda assim, a reação de Charles foi grotesca.

-Não trabalharia para você nem por todo o dinheiro do mundo - eu disse, rispidamente.

-Não se faça de difícil, bebê - ele disse em tom carinhoso. - Eu posso pagar pelo valor que quiser.

Eu ri sem humor.

-Você é um escroto - eu falei.

Bailey estava furioso e eu já imagina a fumaça saindo de seus ouvidos, como nos desenhos animados.

-Eu vou pedir que se retire - Bailey falou.

-Ah, meu amigo, vai preferir manter essa puta do que eu? - Charles gritou.

Isso foi o estopim, tanto para mim como para Bailey. Mas a reação do meu chefe foi bem pior que a minha.

Bailey socou o rosto de Charles.

O homem cambaleou e caiu da cadeira. Todos ao redor nos encararam amedrontados.

-Limpa essa boca suja antes de falar alguma coisa da Shivani - Bailey gritou. - Eu aceito que fale de mim, mas não vou aceitar que se refira a ela de forma tão baixa.

Bailey entrelaçou seus dedos envolta da minha mão, prendendo minha atenção.

-Vamos sair daqui - ele disse e me puxou para fora do restaurante.

Me senti como em um filme, em que o mocinho salva a protagonista de uma situação embaraçosa. Meu príncipemencantado não veio de cavalo branco, mas em um Audi A5 branco.

//❤️

Tretaaaaaaa.

Falta 1 capítulo,pra eu parar de postar todo dia hein.

Querem que eu poste o outro quando??

Beijinhos, Gigica 💚

A GOVERNANTA || Shivley adaptation ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora