ℂ𝔸ℙ𝕀𝕋𝕌𝕃𝕆 ℕ𝕆𝕍𝔼

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Lis

—Prefere ir comigo ou com o bastardo do Nyx?

Olho pra Alya enquanto caminhamos até o ponto que vamos nos reunir com os outros, pra finalmente ir pra cidade da luz estrelar, já se passaram horas desde que voltamos do bar, mal tive tempo de dormir, a ressaca veio forte demais, e caldeirão, maldita seja a dor de cabeça, juro a Mãe não me embebedar daquele jeito de novo, mas sabemos que na primeira oportunidade vou cair de bêbada, nem sei porque tento fingir que não.

—O que for menos provável de matar. — Respondo a noturna.

Ela ri antes de agarrar me braço e entrelaçar com o dela.

Aproveito isso para a observar, ela veste o conjunto illyriano, parecido com os que vi os tios dela usarem, o conjunto é bem colado ao corpo, e exibe seus seios fartos e o corpo curvilíneo, os cabelos pretos estão presos num rabo, seus olhos estão delineados de forma que realça ainda mais o violeta de seus olhos, tão linda como sempre.

Eu estou usando outra camiseta de Lucien (ele certamente é cego dos dois olhos, como ele ainda não percebeu suas camisetas faltando? E pior, eu vi ele agora pouco pra me despedir, e ele não percebeu a camiseta! Raposa caolha sebosa e cega), e uma calça de couro com botas baixas, meu cabelo (loiro novamente) está preso em uma trança simples, e meus olhos (que também retornaram ao verde) estão delineados por ajuda de Alya que falara que eu ficaria bonita assim, não vou negar que gostei do resultado, e a cicatriz em minha bochecha desaparecera com um pouco de meus dons, eu havia percebi o olhar de Alya se demorar um pouco no lugar onde a cicatriz havia estado ontem, mas ela logo desviou o olhar e nada disse sobre isso durante todo o trajeto.

—Nós dois somos prováveis de matar alguém— Alya fala poucos segundos depois de eu a responder, encaro seu olhar e ela me abre um sorriso e continua a falar —Mas não a mataremos e nem machucaremos, minha linda, embora minhas amigas tenham dito que Nyx é brutal na cama— Arregalo os olhos, ela certamente desconhece a palavra limites, ela percebe e ri rapidamente acrescentando —Relaxa linda, se você pedir com jeitinho ele pode até ser carinhoso.

A empurro, mas não deixo de rir (algo que piora minha dor de cabeça mas não a deixo perceber), ela logo pega meu braço e entrelaça no seu de novo, rindo também, mas vejo ela fazer uma careta logo depois mas não para de rir, não sou a única de ressaca.

—E Winther? Brutal na cama?— pergunto a provocando, ela logo para de rir, e seu olhar me promete morte lenta, oque deixa a cena engraçadajá que ela está ruborizada pela menção ao invernal.

—Posso a convidar pra um a três se quiser descobrir— ela diz depois do rubor passar, agora exibindo um sorriso malicioso.

—Agradeço o convite, mas vou deixar passar, por enquanto— dou ênfase no por enquanto, afinal os dois são incrivelmente lindos, quem sabe um dia, não é uma má idéia.

Ela sorri maliciosamente e vejo seu olhar percorrer meu corpo de forma brincalhona, mas não temos tempo de falar nada, chegamos no ponto de encontro, soltamos o braço uma da outra e nos endireitamos.

Ela entra primeiro, sorrindo pro pai que a encara com os mesmos olhos violetas, entro logo atrás dela, Rhysand acena com a cabeça pra mim reconhecendo a minha presença, aceno com a cabeça de volta antes de ir atrás de Alya.

Noto que toda a corte noturna está ali, assim como os herdeiros, inclusive as duas crianças, a fêmea estival e o machinho crepuscular (a fêmea quase idêntica ao pai, com o corpo já curvilíneo dando a parecer que tem quase a idade de Jany, quando na verdade tem treze anos; o macho parece uma versão menor de Thesan, mas seus olhos são chorosos, certamente tem medo de deixar o pai), percebo um pouco constrangida que fomos as últimas a chegar, quinze minutos atrasadas, mas a fêmea não parece envergonhada, ela sorri pra sua corte antes de parar ao lado dos herdeiros, me puxando com ela.

Corte de Primavera e TrevasOnde histórias criam vida. Descubra agora