Cap: 2. Diana

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Ela olhou para mim e sorriu, retribui o gesto. Desfez o contato de nossas mãos e caminhou até sua mesa, sentando na cadeira giratória, antes de pegar o telefone e levar até sua orelha, disse para que eu ficasse à vontade.

Ia sentar no sofá a minha frente a fim de esperá-la, mas ao desviar o rosto para o lado, vi uma estante de livros, que por sua divisão, me chamou atenção. Era dividida em 3 partes com uma plaquinha em cada uma. Na primeira, era sobre escritores internacionais. Muitos nomes conhecidos e outros eu não fazia ideia de quem era. Na segunda divisão, dizia, escritores nacionais lgbt. Confesso que não conhecia muitos dos que estavam aqui. Nomes como, MR.Fernandes, Pippa Rivera, Van Rodrigues entre outros. Peguei o físico de cada nome citado e ao ler as sinopses dos livros fiquei extremamente curiosa para folhear cada página e ler.

Nota mental: Pesquisar sobre essas autoras e ler suas obras!

A última parte dividida, era sobre os livros que ela já havia lido. Apesar do jeito de Pietra, ela tinha o hábito da leitura e isso é impressionante hoje em dia. 

Voltei ao centro do escritório e me permiti descansar um pouco no sofá. Eu estava ficando inquieta, notando a suavidade da sua voz com quem falava. Parecia ser alguém íntimo.

- Beth, sei que não é sua área, mas você tem o comando. Por favor.- Disse em súplica.

A resposta do outro lado da linha pareceu agradá-la. Seu sorriso foi espontâneo, natural.

- Eu sabia que podia contar com você. Até amanhã. Beijos.

Pietra, olhou para mim ao encerrar a ligação. 

- Se quiser beber algo, fique a vontade.- Apontou em uma direção do escritório, segui meu olhar e vi um mini bar cheio de garrafas de bebidas quentes. - Mais abaixo tem o frigobar, caso queira algo gelado.

- Não é exatamente a bebida o que eu quero. - Alfinetei! Era a mais pura verdade.

A gerente sorriu sem mostrar os dentes e voltou a pegar o telefone. Montei um drink e voltei para o sofá sentando e apreciando meu paladar ganhar um gosto alcoólico. Eu estava entediada ouvindo a mulher discutir com seus funcionários.

Coloquei minha bebida na mesa de centro e caminhei até Pietra. Sua cadeira estava virada para janela, de costas para mim. A cada passo que eu dava sua voz se tornava mais audível. Sentei em sua mesa cruzando minha perna esquerda por cima da direita. Ela estava tão focada em dar ordens que mal percebeu minha aproximação.

Virei sua cadeira em minha direção, Seus olhos se abriram em surpresa. Peguei o telefone da sua mão, desligando a chamada e colocando sobre a mesa.

- Eu estou aqui para transar, caso não se lembre disso.

- Você não deveria ter feito isso, Diana. - Seu tom era firme. Certamente ela não esperava uma atitude assim.

Ah, qual é! Dez minutos, mesmo que seja pouco, já é muito do meu tempo.

- Bom, se pretende continuar, vou procurar alguém a altura para me proporcionar o que você não pode. - Desci da mesa, ajeitando minha roupa para sair.

Eu estava blefando, é óbvio. Mas isso faz parte do jogo.

Vendo a mulher com um semblante duvidoso, de que só acreditaria vendo, virei de costas e quando ia dar o primeiro passo. Senti suas mãos segurar os meus pulsos com certa pressão.

Isso vai ser interessante!

Dei um sorriso discreto, o plano estava dando certo.

Pietra, se levantou ficando atrás de mim, com uma de suas mãos ela jogou meu cabelo para um lado. Recebendo meu pescoço nu. Seus lábios roçaram na curva exposta, fazendo um arrepio se estender pelo meu braço.

Passos em falso - Noveleta Erótica - Lésbico (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora