Cap: 1. Diana

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- É apenas mais uma semana, é o meu trabalho!

- Com mais esta, será três semanas fora. Sophia, não estou exigindo que abra mão do seu sonho, mas sim que reveja suas prioridades. - Respirei fundo para recompor-me. Estava me estressando com a mulher do outro lado da linha. - Eu tenho minhas necessidades e ousarei satisfazê-la com ou sem você.

- Dian...

Ops!
Acho que a ligação caiu.

Ainda com meu celular em mãos verifiquei as horas rapidamente. O relógio digital marcava exatamente 22:43, horário em que ela está para chegar em seu estabelecimento.

Meu salto scarpin tubarão era o único som que soava em meu escritório. Meus passos inquietos eram pesados. Não conseguia manter-me parada, fazendo assim salto e piso colidirem.

Estou irritada com a situação em que Sophia, me deixou. Teve a cara de pau de dizer que tenho várias gavetas possuindo brinquedos que podem amenizar minha vontade de sexo e proporcionar mesmo que pouco, certo prazer.
Será possível que ela se satisfaz com tão pouco assim?
Eu preciso de contato, toque, pele na pele, corpo a corpo. E será isso que terei essa noite e, será com ela.

Ela a quem me refiro é a dona e gerente da Space Peccato, uma luxuosa e maravilhosa boate LGBTQIA+. Tenho frequentado uma semana direto desde que nossos olhares por frações de segundos se encontraram. Não o suficiente para ela notar minha presença como deveria, mas o suficiente para mim. Deste então sinto-me atraída por está mulher, fazendo minhas noites terminarem na cama, sozinha, gozando seguidas vezes só por imaginar como que ela deve fuder.

Tal pensamento faz meu corpo reagir, mandando uma contração para minha boceta...

Direciono meu olhar para minha mesa e novamente pego meu celular discando em seguida.

- Senhora

- Prepare-se. Sairemos em uma hora. É de sua escolha o veículo.

- Sim, senhora.

Desligo. Sem pressa deixo o meu escritório, Seguindo para minha suíte. Diferente das outras vezes hoje minha produção será exclusivamente para ela. Sinto-me estável de todas as formas. Ter meu égo abalado não está em meus planos, claro que tenho meus pés no chão em uma mínima possibilidade de ser ignorada, porém confio no meu potencial. Sei que as coisas estão a meu favor, até o fato de Sophia, não poder estar presente.

O roupão de seda sobre o meu corpo me deixava confortável, mas era hora de começar a produção.
O vestido posto sobre cama mostrava que fui certeira na escolha, mas faltava o principal para essa composição ficar perfeita. Vou em direção ao closet, o correr da porta dava-me a visão em que mais admiro. Meus belos saltos altos, todos os modelos, marcas e cores.

Sem pensar duas vezes escolho um Peep Toe, do famoso designer Christian Louboutin. Meia pata de 6cm e salto de 12cm, me fará sentir muito mais dona de mim.
Sem hesitar coloco imediatamente em meus pés. Minhas unhas pintadas de vermelho combina com o verniz preto do sapato, fazendo junção com a sua sola vermelha.

Apaixonante.

[...]

Adentro a caixa de metal que me levará direto para o estacionamento. Quando as portas se abrem vejo Robson, meu motorista à espera, distraído em seus pensamentos.

- Robson? - rapidamente ele se apruma, ajeitando seu terno preto ao corpo. Seu porte físico de longe evidenciava ter 46 anos.

- Senhora! - Sua voz apesar de baixa, era grave.

Passos em falso - Noveleta Erótica - Lésbico (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora