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Quando Megumi acordou, sua cabeça doía. Seus ossos estalaram quando ele se levantou e todo o seu corpo estava dolorido.

Ele não tinha vontade de se levantar do futon, mas era melhor alongar os músculos do que ficar com dor o dia todo na cama. Queria ver Sukuna fumando na mesa de tatame e esperando por ele para comerem juntos. No entanto, apenas ele estava na sala e seu odor estava por todo lugar, o cheiro de Sukuna mal era perceptível.

Se perguntava quantos dias haviam se passado desde que entrou em seu período de cio, geralmente durava três dias. Ele não conseguia se lembrar muito, nunca se lembrava realmente, tudo simplesmente sumia.

Percebendo que era noite e estava chovendo muito, Megumi foi até a janela e olhou para fora. Não havia nada para se ver ali e às vezes tudo era iluminado por um raio. Ele se afastou e caminhou até a porta, quando a abriu, não havia ninguém nos corredores, nem mesmo os guardas habituais.

Além do barulho da chuva, estava tudo muito quieto e Megumi estranhou isso, então saiu do quarto e caminhou pelo corredor tentando procurar alguém. Ele parou quando ouviu vozes, não ia ligar para elas mas ficou quando escutou o que estavam dizendo.

— Você soube o que aconteceu no Clã Fushiguro? — Megumi ouvia com atenção.

Embora quisesse entrar e exigir respostas, preferia ficar calmo e não falar, permanecia na porta para poder entender.

— Sim, é uma pena. O Consorte ficará triste quando descobrir que seu Clã foi atacado.

Megumi prendeu a respiração ao ouvir tal coisa. Como isso poderia ter acontecido se o Clã estava protegido? Ele pensou em sua irmã doente, esperava que seu pai a tivesse protegido de quem quer que fosse. 

Se sentia um pouco zangado, mas a preocupação era maior e o fazia querer chorar imaginando o pior. Seu pai era um dos Alphas mais fortes do Clã, ele poderia enfrentar qualquer outro.

— O Rei provavelmente já acabou com as pessoas que atacaram o Clã — o outro demônio fez um som afirmativo.

— O Rei é muito cruel quando se trata de batalha.

Megumi não podia ficar lá, já que não sabia se sua família estava bem ou se eles haviam sido mortos, não ligava para o que acontecia antes, só queria saber se eles estavam bem. Estava confiante de que seu pai protegeria sua irmã e todo o Clã, mas se sentia desconfortável.

Ele tinha que ir e ver com seus próprios olhos se o pai e irmã estavam seguros.

Aproveitando o fato de que não havia guardas em todos os lugares como em outras ocasiões, Megumi rastejou pelos corredores da casa grande, tentando não esbarrar nem mesmo com os criados.

Provavelmente alguém iria ao seu quarto para ver como ele estava, mas não o encontrariam e começariam a procurá-lo, por isso tinha que sair rapidamente.

Ele abriu uma das portas que davam diretamente para o pátio, e lá fora ainda estava chovendo forte. Não sabia como iria passar por aquela tempestade, mas tinha que ter certeza de que eles estavam bem.

[...]

Touji amaldiçoou os caras que se arrependeram no último minuto de irem ajudá-lo a resgatar Megumi.

Não se importava mais, mesmo assim parecia-lhe como uma bola inútil.

Ele levou quase um dia para chegar aos domínios de Sukuna, embora estivesse exausto, não se deu tempo para descansar. Estava preparado para lutar com Sukuna se ele fosse encontrado, o Alpha só queria recuperar seu filho e levá-lo de lá.

Ele havia planejado tudo, seus filhos e ele irian deixar o Clã e viver melhor lá fora, provavelmente perto de alguma cidade. Mas primeiro tinha que trazer Megumi de volta e depois voltar para pegar Tsumiki. Não queria colocá-la em perigo caso as coisas saíssem do controle e decidiu deixá-la em casa.

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