QUE DIABOS

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Sem obter resposta imediata, Arizona a questionou mais uma vez. — Eu lhe fiz uma pergunta, oras! Quem é você e o que faz aqui no meu estábulo?

Quando, o reconhecimento passou a mente da morena, ela caiu em seus joelhos como um devido servo há de fazer, e engoliu seco antes de falar torcendo para sua voz não sair falha diante da mulher loira.

— Calliope... Callie, Callie Torres, alteza. – Conseguiu dizer, mesmo com o nervosismo sendo visível. A presença forte da princesa lhe deixava nervosa. — Eu estava fazendo um breve reconhecimento das áreas, forá me dito que seria bom. – Explicou-se, baixando a cabeça.

— Calliope... Torres. Interessante.. – Repetiu, como se estivesse testando em sua língua. — Então és minha mais nova serva, Calliope.

Não havia sido uma pergunta, mas a morena respondeu mesmo assim. — Sim, princesa. E vossa alteza podes me chamar de Callie. Todos me chamam assim.

Nunca gostará muito de seu primeiro nome, pra ser sincera. Mas, apesar de ter achado estranhamente encantador a forma que a voz angelical deixará seu nome bonito, ainda preferia manter seus costumes.

Arizona mantendo sua pose, avaliou a mulher de joelhos, frente à ela.

— Bem, Calliope... – Começou, ignorando completamente o que Torres havia dito. — Você sabe, a menos que esteja com seu senhor, ou, nesse caso, senhora, que sou eu. – Apontou pra si mesma, mesmo que a outra não puderá ver. — Não poderás estar nesses lados do castelo sozinha, ou sem autorização. – Disse, cruzando os braços.

— Lamento alteza, eu não sabia. – Respondeu com receio.

— Percebi. Se ao menos tivesse se dado ao trabalho de ler o regulamento dos servos, aposto que não teria cometido esse erro.

— Novamente... Lamento muito. Jamais iria querer quebrar alguma regra e tampouco chatea-la. – Falou, ainda curvada aos pés de Arizona, seus longos e ondulados cabelos castanhos escuro, caindo em cascata para frente.

Arizona deixou passar um momento, respirando fundo, antes de responder.

— Tudo bem, dessa vez deixarei passar. Mas que seja a última! Não quero te ver perto dos meus cavalos novamente. Fui clara? – Callie apenas acenou com a cabeça. — Agora... – Arizona começou calmamente, enquanto se aproximava um pouco da mulher, e firmemente segurou seu queixo, obrigando-a a levantar o rosto. — Deixe-me dar uma olhadinha em você.

A loira observou de perto quando os olhos castanhos expressivos, e ao mesmo tempo enigmáticos, foram revelados por debaixo dos longos cílios. Por um breve momento, Arizona ficou atordoada com a beleza natural da morena, antes de voltar à sua face neutra. Ela virou o rosto da mulher de um lado para o outro, como se estivesse analisando, antes de deixa-lo ir de suas mãos.

— Pois então Calliope, estás dispensada, volte diretamente para o castelo. E isso é uma ordem! Chega de exploração para você hoje. – Ao término de sua fala, a morena se levanta rapidamente e pedindo licença, corre o mais rápido possível para fora do estábulo.

Uma hora mais tarde, a princesa deixou seu cavalo aos cuidados do guarda do estábulo, Alex Karev, no qual tinha criado um certo vínculo com ele, uma vez que se conheceram desde a adolescência e ambos amavam cavalos.

Voltando para dentro do castelo, atravessou o hall e subiu as escadas ate a sua suíte. Orgulhosa, se recusou a receber ajuda no banho de qualquer outro servo designado, foi até o closet escolher um vestido e se preparou, antes de descer para o jantar.

Às oito em ponto, Arizona segue até o salão, onde sua família, acompanhada de seus respectivos servos a esperavam. Entretanto, em pé entre eles, estava sua nova serva em um vestido limpo, azul claro. Ela saudou-os com um "Boa noite" antes de ocupar seu lugar ao lado de Tim. Assim, todos puderam iniciar o jantar, em silêncio, até seu irmão se manifestar.

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