CIÚMES

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Havia se passado três semanas desde o evento da biblioteca e as coisas pareciam estar melhores pra Callie, em sua opinião. Conseguiu se habituar melhor no local e, à agenda de tarefas da princesa.

Além disso, tinha feito algumas amizades em torno do reino, com outros servos, mas principalmente com Bailey, que sempre dava bons conselhos em relação ao seu trabalho.

Arizona, não parecia mais tão severa de como quando ela à conheceu há  semanas. Na verdade, em alguns raros momentos, na interação com sua família, por exemplo, a mesma se mostrava uma mulher doce. Ainda era muito rígida e fechada, por vezes lhe chamava a atenção, mas deixou de ser ruim. Até mesmo, a deixou visitar a biblioteca em dias de folga, se fosse do seu querer.

Naquele dia, entretanto, a princesa tinha saído para mais uma de suas cavalgadas, como de costume na maior parte da semana e, a autorizou a fazer uma caminhada ou qualquer coisa do tipo enquanto estivesse fora.

Decidiu gastar seu tempo livre visitando os jardins do castelo. Um lugar que tinha aprendido a apreciar pela beleza e a paz que era transmitida.

Callie observou um pé de rosas brancas alguns metros de distância dela e escolheu aproximar-se para senti-las, mas ouvindo alguém chamar atrás dela, virou-se instantaneamente, alarmada.

— Ei, vai com calma tigre, eu não vou te machucar. – Disse um homem alto, de um loiro um pouco grisalho, com a mão para cima em sinal de trégua.

— Você me assustou. – Justificou a morena, recompondo-se.

— É, isso acontece com frequência. – O homem sorriu, encolhendo os ombros. — Sou Mark Sloan, por sinal. – Ele estendeu a mão, cordialmente.

— Sou Callie Torres. – Disse, acatando a mão.

— Oh, a menina Torres. Nova serva de sua alteza, escutei falar sobre... – Forneceu, enquanto ela levantou uma de suas sobrancelhas bem delineada. — Sabes, a princesa é conhecida por não dar muita liberdade a seus servos, o que me surpreende, uma vez que esteja aqui sem ela.

Callie nada sabia sobre o homem estranho que puxava assunto e não podia deixar de ficar um pouco desconfortável no local.

— Estou fugindo, ajudaria-me a se esconder? – Quis testa-lo no humor.

— Claro que sim! Não me importaria em ser banido por ter livrado-a dos males que te atormentam. – Devolveu, em um tom que fez a tensão se esvair. — Agora, confesse a verdade. – Riu.

— Mas esta é a verdade. – Empinou o nariz.

Frustrado, o homem cerrou os olhos. — Finjo que acredito!

Relaxando, a morena o encarou, ele não parecia ser alguém ruim. — Certo. Ela foi Foi exercer uma de suas tarefas rotineiras e me deu permissão para fazer algo enquanto estivesse ausente. – O analisou atentamente. — E você? é uma espécie de servo ou algo assim?

— Ou algo assim. – Respondeu, com um sorriso torto, cruzando os braços no peito, postura auto-confiante. Callie resistiu a vontade de revirar os olhos. — Sou o jardineiro e paisagista. Eu fiz esse jardim. – Abriu os braços, indicando toda paisagem em volta.

— Então és um Deus?

— Quase isso. – Retrucou.

— Hum, modesto. – Ficou perplexa olhando em sua volta o extenso e florido jardim. Sua surpresa pareceu inflar ainda mais o ego do homem. — É muito lindo. – Elogiou, sincera.

— Eu sei. Sou uma espécie de Michelangelo. Só que, Michelangelo com uma tesoura de jardinagem. – Desta vez, a morena não conseguiu deixar de revirar os olhos. — Ei! Não revire os olhos, Torres, eu sou muito bom! Confie em mim. – Ele piscou.

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