Capítulo Sete

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 Feliz dia dos namorados e me desculpem pelo atraso desse capítulo, mas como disse anteriormente, estou no último ano do ensino médio e tem muita prova e muito estudo. Porém fiz esse capítulo cheio de reviravolta e confusão de presente para vocês, espero que gostem. 

AVISO: ESSE CAPÍTULO POSSUI GATILHOS DE ABUSO

Agora chega de enrolação e vamos começar essa bagaça!!

Vou andando em direção ao bar, andando elegantemente, até que alguém, me chama pelo meu nome e quando me viro, fico sem reação, não acredito no que está acontecendo. Não queria ver ele, posso parecer uma mulher forte, mas não sou tanto assim, a minha força chega a ser quase como uma máscara, ainda estou tentando me recuperar de todas as minhas feridas do passado.

"O que você está fazendo aqui?" pergunto reunindo minhas forças, para parecer o mais forte possível e para ele não pensar que ainda exerce um poder sobre mim

"Pegando o que é meu!" ele diz apertando o meu braço muito forte 

"Em primeiro lugar eu não sou sua -digo tentando tirar o braço dele do meu, que estava doendo bastante- , em segundo lugar como você descobriu que eu estava aqui?"

"Descobri pelo Fabián. Não ouse falar dessa forma comigo, sua puta mal comida!" ele diz dando um tapa na minha cara, que ficou com a marca de sua mão, não soltando o meu braço em nenhum momento

Antes que eu me defenda dele, um cara chega e segura na mão do nojento -que finalmente larga o braço e isso com toda certeza vai ficar a marca- , dá um soco nele e diz:

"Nunca mais levante sua mão para uma mulher de novo." ele diz e quando reconheço sua voz, eu olho para o homem 

Michele está lindo, usando uma camisa branca social com três botões abertos, deixando um pouco à mostra seu peitoral e uma parte da sua tatuagem -Cloud- com um chupão meu em cima dela, o que me faz relembrar da noite passada e de quantos arranhões devem ter nas suas costas por minha causa, além de outros chupões pelo seu corpo sexy -lembrar dessas coisas, faz eu apagar por um segundo a forma como ele foi um pouco babaca comigo depois que eu falei com a Aurora pelo telefone hoje de manhã- ; sua calça estava um pouco colada, deixando aparente seu grande volume -nem sei como estou andando hoje, ao invés de estar de cadeira de rodas, por que aquilo é o real significado da frase 'se Deus fez é porque cabe', dava pra comparar aquilo com o Mjölnir/Jonathan do Thor-  e sua bunda redonda italiana, que recebeu algumas palmadas e apertos da minha mão.

"Eu posso fazer o que eu quiser com ela, essa vadia é a minha esposa e está vestida como uma prostituta!" ele diz com total desprezo na voz

Quando eu ia começar a falar, Michele começa a falar: 

"Isso não significa que você deva tratá-la dessa maneira." ele diz um pouco alterado e percebo que além de aparentar uma tristeza no fundo de seus olhos, estava apertando seus punhos com muita força, bem nesse momento

"Tati você está bem?" meus amigos perguntam juntos assim que chegam onde estou

"Vou ficar -digo tentando ser forte novamente, mas ninguém além de mim e do dito cujo sabia o que tinha acontecido entre a gente, a Aurora só sabe uma passagem de pano da história toda, não tive coragem de contar para ela, já o Fabián só sabe que a gente terminou e nada mais- e de onde você tirou que somos casados?" pergunto ao dito cujo

"Eu também não entendi" Fabián diz confuso

"Não se intrometa onde não foi chamado irmão -ele diz rispidamente- , e não fale comigo como se  eu fosse qualquer um que você possa brincar Tatiana. -ele está se fazendo de vitima é sério?!-  Você é propriedade minha e de mais ninguém!" 

Eu estava com medo do que ele poderia fazer comigo, a minha única e possível segurança no momento, é saber que ele não faria nada que possa afetar sua imagem. Reparo que minha amiga está com uma expressão de medo eu acho, já Fabián está com uma expressão indecifrável, não consigo saber se é de raiva, mágoa, medo, pena ou tudo junto.

"Dito cujo -prefiro não revelar seu nome no momento, para não humanizá-lo- , o que você quer de mim?" 

"Que você volte para mim, você fugiu e nunca mais voltou" ele diz olhando nos meus olhos e por um momento eu realmente quis que a gente voltasse, mesmo sabendo de tudo que eu já passei com ele e de tudo que ele poderia fazer se eu não voltasse pra ele, mas antes que eu diga qualquer coisa, chega um segurança que levou ele para fora da boate à força

Eu deveria estar com uma expressão totalmente perdida, por que do nada a Aurora fica acenando pra minha cara, Fabián estava estalando os dedos também na minha cara, já Michele estava chamando meu nome várias vezes.

"Oi" digo 

"Mulher, você me deu um baita susto" Aurora diz

"É, você estava com uma cara estranha e totalmente aérea" Fabián diz

"Eu nem percebi" digo olhando para Mik e me perguntando o que ele ainda estava fazendo ali

"Agora eu vou voltar para os meus amigos, adeus" Michele diz indo embora

"Vou pegar as bebidas, mas agora vou querer algo bem mais forte" digo voltando a seguir o caminho até o bar

"Tati!!! Espera um pouco" eles dizem vindo na minha direção 

"O que foi?"

"Você está bem?" minha amiga pergunta

"Estou sim -menti- , só preciso de algumas doses de tequila"

É claro que eu não estava bem, meu ex acabou de aparecer, logo quando eu pensei que tinha conseguido tirar ele da minha vida. Mas como sempre tudo pode dá ruim, ele iria atrás de mim até finalmente conseguir que eu volte com ele, era algo muito complicado, ele tinha um domínio sobre mim que eu estava tentando quebrar há nove meses -que é exatamente o tempo que eu fiquei sem sair de casa- , porém agora ao que parece tudo vai voltar e eu só queria encher a cara pra esquecer tudo isso.

"Eu não fazia ideia que ele poderia ser assim, me desculpa" meu amigo diz um pouco triste

"Eu sei e está tudo bem, não precisa pedir desculpa por nada"

"Preciso sim, se eu não apresentasse vocês dois, isso não estaria acontecendo agora"

"Você não tem culpa de nada e também como iria saber que ele é assim?"

"Ele é o meu irmão, eu devia ter percebido antes, ele se envolvia em brigas no colégio, mas pensei que ele tivesse mudado"

"Não fique se culpando pelos erros dele, não tem nada haver com você. Mas me prometa uma coisa..."

"O que?"

"Não importa o que seu irmão fez, ou irá fazer com alguém, nunca se culpe pelos erros dele." eu digo com vontade de chorar e abraço ele -esse era um dos motivos de eu não ter contado pra ele, além de não ter coragem pra me abrir sobre isso com alguém, sabia que ele iria se culpar para sempre-

"Por favor me prometa isso" digo novamente, por ele não ter respondido ainda

"Prometo sim, mas desse jeito você está me assustando, o que aconteceu?"

"Nada que eu saiba..." digo e vou pegar as bebidas

Aquele era um assunto bem difícil para mim, mas não me sentiria bem se ele se culpasse pelos erros do babaca, ele não merece. Quando cheguei no bar, peguei nossas bebidas, virei duas doses de tequila ali mesmo -não me julguem, a ocasião pedia muita bebida pra afogar os medos e o passado- , voltei para a mesa com as bebidas e depois fomos para a pista de dança da boate dançar bastante. 

Infelizmente isso é tudo o que eu me lembro da noite passada, enquanto estou acordando em um quarto que não conheço e totalmente nua.

  

Meu caro Benjamin - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora