eu juro que não era pra sair tão grande, não sei o que aconteceu. acho que me empolguei. desculpem qualquer coisa!
boa leitura
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"Sabe, eu realmente perdoei você", pisquei uma vez, segurando sua mão em meu ombro num impulso incontrolável. "Às vezes acho que o que ainda dói são as lembranças de como tudo aconteceu, não é ressentimento em si. Já me livrei dessa merda, é sufocante."
"Eu não sei o que dizer. Só... Obrigado, Tony." Rogers profere depois de um tempo, parecendo reprimir um bolo em sua garganta.
Pigarreio e abro um sorriso maroto. "Então, vai só ficar aí me olhando?", deixo que a sentença deslize em minha boca, encarando meu reflexo em suas orbes azuladas com certa atenção.
Ele arqueia as sobrancelhas em resposta, irônico como da última vez. "Ora, achei que você fosse um homem comprometido."
"Eu sou", digo, assistindo com divertimento à sua expressão atônita. Dou um passo à frente e sinto a respiração dele bater em meu rosto, me causando arrepios. "Comprometido com a liberdade, Capitão."
É minha vez de iniciar nosso beijo. Sinto o corpo enorme de Rogers se chocar contra o meu e solto um som abafado em seus lábios, fazendo-o sorrir contente. Ele continua com gosto de menta, ainda que dessa vez misturado com um pouco de café que tomamos mais cedo. Suas mãos apertam minha cintura e em outro impulso incontrolável eu o empurro até a mesa atrás de nós, tomando as rédeas da situação. Invado sua boca com minha língua e quase entro em erupção ao ouvir o gemido rouco que vibra contra mim. Os fios dourados estão uma verdadeira bagunça por entre meus dedos enquanto acaricio sua nuca.
"Quarto", escuto um murmúrio quase ininteligível durante o beijo. Rogers não para de atacar meus lábios na mesma intensidade que a minha, seus braços grossos me puxando para mais perto como se fosse possível. "Tony. Quarto", insiste, tentando sair de cima da mesa sem nos separar no processo.
"Não tem ninguém em casa, Cap", devolvo em um pequeno boquejo, descendo meus beijos por aquele maxilar definido.
Ele meneia a cabeça, soltando um suspiro trêmulo quando começo a despejar chupões em seu pomo-de-Adão. "Eles podem chegar a qualquer momento." Apenas murmuro em concordância, não realmente interessado em suas palavras. Rogers revira os olhos e me segura pelos ombros de repente, encarando-me reprovador. "Tony."
"Tá bom", resmungo, o puxando escadas acima sem dizer mais nada.
Chegamos ao meu quarto e eu tranco a porta no automático, empurrando-o para cima da cama em seguida. Rogers me fita um pouco desnorteado, mas logo abre um sorriso ao que uno nossas bocas novamente. Subo no colo dele e guio suas mãos até meu traseiro ainda coberto pelas roupas. Meu coração bate a mil por hora, meu corpo está em chamas e todos esses clichés que as pessoas sentem. As borboletas em meu estômago estão fazendo a festa e um gemido escapa meus lábios conforme a língua do Capitão saúda a pele sensível do meu pescoço.
Desabotoo sua camiseta cinza com pressa, dando graças aos céus por ele não estar usando aquele uniforme complicado de tirar — não que eu houvesse notado, óbvio. Investi meus quadris contra os seus e sua intimidade endurecida fez contato com a minha finalmente, apenas adicionando ao arrepio em meus poros. Deixei que Rogers também me despisse. Aquelas mãos habilidosas desfivelaram meu cinto com destreza, já baixando minhas calças no embalo e franzi a testa levemente.
"O que foi?", indagou ele, percebendo minha expressão surpresa enquanto assistia aos seus movimentos. "Eu falei que tinha experiência."
"Acredito em você, Rogers", murmuro e tento iniciar outro beijo, mas sou parado no meio do caminho quando ele se esquiva. "Agora eu que pergunto, o que foi?"