𝗣𝗥𝗢𝗟𝗢𝗚𝗨𝗘

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— ORYNTH, TERRASEN

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ORYNTH, TERRASEN

Depois de arrancar as espadas da bainha de três guardas e sair correndo; roubar comida da cozinha antes da hora do jantar e ainda ter a parcimônia de rir da cara de cansaço de seu pai enquanto corria atrás dela pelos corredores, Elysian Whitethorn...

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Depois de arrancar as espadas da bainha de três guardas e sair correndo; roubar comida da cozinha antes da hora do jantar e ainda ter a parcimônia de rir da cara de cansaço de seu pai enquanto corria atrás dela pelos corredores, Elysian Whitethorn Galathynius estava de castigo.

Apesar da língua afiada e da ousadia em cada palavra pronunciada precocemente, Aelin Whitethorn Galathynius não perdia uma briga. Muito menos para uma criança de três anos sobre a qual ela detinha o controle.

Então, após um grande sermão, a princesa de Terrasen foi obrigada a se sentar em um sofá comprido e confortável no salão de jantar, balançando as perninhas inquietas que não alcançavam o chão, pois sua mente ainda corria incansavelmente pelos corredores, aprontando qualquer que fosse o inferno que desejasse.

Elysian podia ser educada, elegante e meiga como uma princesa quando queria. Mas também conseguia revirar aquele castelo inteiro quando acordava disposta. Não havia porquê duvidar de que aqueles costumes claramente haviam vindo da própria Rainha.

Ela escutava atentamente - apesar de disfarçar - a conversa entediante na mesa dos adultos, onde sua mãe falava sem parar com o Rei de cabelos escuros e a Rainha de cabelos brancos.

Silenciosa como um guarda, Asterin Bico Negro Havilliard estava sentada no mesmo sofá que ela. No entanto, diferente de Elysian, ela não soltava uma palavra sequer.

Silêncio a irritava. Pessoas calmas a irritavam. Ainda mais crianças.

Seu lema era esse. Se temos uma boca, é porque devemos usá-la.

Elysian se arrastou para a outra ponta do sofá até alcançá-la.

- Asterin.

A princesa de cabelos pretos virou para ela, levantando as sobrancelhas e deixando reluzir seu mau humor de sempre.

- O que?

Elysian retorceu os lábios, pensando em como iniciar uma conversa e satisfazer sua fome por diversão.

- O que está fazendo?

A bruxa Dentes de Ferro piscou, mas não se moveu nem um centímetro.

- Estou falando com você.

A princesa de Terrasen revirou os olhos.

- Você jura?

Ela pareceu ponderar por um momento.

- Pensei que sua mãe tivesse colocado você de castigo.

- E eu estou. - respondeu ela, como se fosse algo de que se orgulhasse. Asterin, surpreendentemente, soltou uma risada descrente. - Mas ela não está olhando agora.

Asterin levou o olhar até a mesa dos adultos. Como Elysian dissera, a mãe não prestava a mínima atenção.

- O que você quer?

Elysian cruzou os braços. Deuses, por que ela tinha que ser tão insuportável?

- Eu só quero ser sua amiga!

- Eu já tenho um amigo. - Asterin disparou, apontando para a mesa onde um garoto um pouco maior que as duas comia e balança as pernas que ainda não alcançavam o chão. - Terrin.

Ela não conseguiu se conter ao deixar o rubor subir por suas bochechas.

No fundo, uma leve inveja a atingiu. Terrin e Asterin viviam no mesmo castelo. Logo, deviam brincar todos os dias. Já ela não tinha ninguém ali, e o bebê na barriga de sua mãe demoraria bastante para nascer.

- Não ligo para Terrin. - ela tomou coragem para dizer. - Você vai ser minha amiga, sim.

A Rainha de Terrasen sempre se orgulhava pelo vocabulário afiado demais da filha, embora não fosse algo muito vantajoso na hora das brigas. Elas sempre empatavam.

- O que eu ganho com isso? - a princesa de Adarlan indagou e, finalmente, Elysian Galathynius ficou sem ideias do que dizer.

Você ganha... ganha... Que pergunta besta.

- Você faz perguntas demais. - ela disparou, tomando a mão de Asterin na sua.

Asterin piscou de novo, os olhos dourados flamejantes pareceram fogo vivo enquanto encarava Elysian com uma expressão curiosa.

- Sua mãe vai matar você.

Os olhos da princesa de Terrasen brilharam de ansiedade com as ideias que surgiram em sua mente.

- Já me acostumei com isso.

E então, sem nem mesmo avisar, ela puxou Asterin do sofá e correu para fora do Salão antes que Aelin Galathynius visse a princesa, que estava de castigo, fugir para um canto qualquer no castelo.

- Você é louca. - Asterin reclamou enquanto a feérica ainda a puxava pelos corredores, sorrindo pela adrenalina que corria nas veias como fogo puro.

Ela deu uma piscadinha.

- Vá se acostumando.

𝗗𝗘𝗦𝗧𝗜𝗡𝗔𝗧𝗘𝗗, tog next generationOnde histórias criam vida. Descubra agora