Dezoito anos se passaram desde a guerra contra Erawan e Maeve; dezessete anos desde a união entre Adarlan e o Reino das Bruxas e, até então, tudo está na mais perfeita estabilidade.
A futura geração de Erilea, os herdeiros, assim como os pais, têm...
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ELYSIAN
ᴀɢᴏʀᴀ
O mundo explodiu em milhões de pedacinhos brilhantes como as estrelas do lado de fora, e minhas costas se arquearam de inquietação sobre a cama quando senti o ápice chegar tanto a mim, quanto a ele.
Minha respiração estava tão ofegante quanto a dele, e conseguia sentir o vapor quente de seus ofegos em meu pescoço. O suor descia por minha espinha e banhava minhas mãos enquanto apertava seus ombros, tudo por causa daquele maldito desejo que me enchera por completo horas antes.
- Deuses, princesa.
No entanto, depois que chegávamos àquele ponto, a magia inteira acabava, e lembrava de como havíamos chegado até ali.
Ignorando o gemido rouco dele em meu pescoço, fiz uma careta de desconforto.
- Certo. - falei, empurrando-o o mais educadamente que conseguia e me levantando da cama. - Agora pode ir embora.
O garoto me olhou como se eu tivesse proclamado uma maldição, e tive que me segurar para não revirar os olhos.
- Que? Por que?
- Porque está tarde e quero dormir. - me abaixei e juntei meu vestido caído aos pés da cabeceira. Apesar de claramente inconformado, ele também começou a vestir suas calças.
- Pensei que dormiríamos juntos.
Soltei um longo suspiro. Camponeses podiam ser tão, tão, tão burros daquela forma?
- Escute. - comecei a arrastá-lo pelos braços até o lado de fora. Abri a porta do quarto e as luzes amareladas das arandelas iluminaram o dormitório escuro. Encarei o rosto dele. - Foi bem divertido. Você beija bem. Mas dormir juntinho... - fiz uma careta de desculpas. Com a palma das mãos no peito dele, o empurrei para o outro lado do assoalho. - Creio que não seja possível. Então, sério. Me desculpa, mas não vai rolar. Além do mais, pegaria bem mal pra você se meu pai pegasse um desconhecido saindo do meu quarto logo de manhã.
