Parte VII

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AVISO: Este é um romance sombrio com temas que podem ser considerados gatilho a muitos, antes de continuar a leitura esteja ciente de que, você encontrara linguagem imprópria,  descrição sexual gráfica e detalhada, abuso psicológico e emocional e transtorno de sindrome de Estocolmo em um dos personagens.  



"O problema do mundo é que tolos e fanáticos  estão sempre cheios de convicção, enquanto os sábios estão cheios de dúvida."

—Bertrand Russell


REESE

É um pesadelo de merda!

Nada disso é real, nada disso pode ser real.

Abri meus olhos enquanto ainda entoava esse mantra em minha mente para encontrar um Dev de olhos estreitados em mim enquanto ainda mirava com a arma em minha direção. A raiva que emana dele é algo palpável e escuro, torcendo meus nervos e me deixando em chamas.

—Então, esta é sua ideia de diversão Reese? — ele gesticulou com a arma em direção a mim encolhido e ao espaço a meu redor. — Em um banheiro sujo de bar, com um cara qualquer? Deixando ele tocar algo que me pertence?

—Você não é meu dono! — rebati tremulamente, voz gaguejante de medo e adrenalina. — Não fale de mim como se eu fosse um objeto. Eu não sou droga!

—Você quer ser tratado assim? Como um caso sujo? Digno de ser usado como buraco da gloria em um banheiro? — um sorriso malicioso cresce em seus lábios. —Bom para você bebê, por que eu posso fazer isso.

O clique da fechadura do banheiro foi alto e repentino no silêncio pesado que nos envolvia após suas falas, meu coração estava em uma corrida louca dividido entre o pavor de um Dev com raiva e armado olhando para mim, e a sensação de que seria tomado por este mesmo Dev que exalava poder e luxúria. As sensações e sentimentos eram conflitantes e demais para processar. Tudo atualmente era demais quando se tratava dele.

Eu estava horrorizado, amedrontado e excitado... tantas emoções de uma única vez estavam bagunçando minha mente. Eu era um emaranhado de nervos em fios vivos e extravasando, e em uma parte sombria do meu cérebro, - parte essa que eu não queria entender – eu sabia que precisava dele para controlar, para dominar essa energia nervosa. Dev deixou a arma no balcão da pia, meus olhos seguindo seus movimentos como o animal encurralado observa seu predador à espera do ataque final. Resignado, com a dignidade de não tremer, mas sem a esperança de uma fuga.

Ele abriu a braguilha de sua calça e enquanto terminava a distância entre nós e puxou seu pau para fora, seu pênis estava pesado, grosso e longo como eu me lembrava, minha garganta convulsionou e eu tive dificuldades em engolir. Uma mão mantinha o pau dele preso enquanto a outra se enredou em meus cabelos, meus olhos fixos no membro a poucos centímetros de mim.

—Você quer ser usado bebê? Eu posso usar você da melhor maneira possível...

A ponta do pênis de Dev estava pingando pré-sêmen, ele a encaminhou aos meus lábios mechando-me e me dando um pequeno sabor do que eu iria ter. Foi sujo e depravado, me fez sentir mil coisas, eu estava degradado por este homem que me usava como um boneco, eu estava desesperado pelo conforto que ele me ofereceria depois, eu estava com medo do que sentir isso fazia de mim, e quando meus olhos encontraram os dele eu me senti sexy por que eles me olhavam como se eu fosse algo saboroso, algo maravilhoso.

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