Parte VIII

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AVISO: Esta história contém material apropriado a maiores de 18 anos, com temas que podem ser considerados gatilhos para alguns, por tanto ao prosseguir estejam cientes.


"A perseguição obstinada pela felicidade é a receita perfeita para uma vida infeliz."

Donald Campbell

DEVLIN

Arrastei Nina pelo braço em direção ao corredor e depois pelas escadas, ela protestava em alto e bom som sobre como eu era estúpido, um 'idiota do caralho' enquanto a removia da minha casa e se ela soubesse o que era melhor para ela, fora da minha vida definitivamente também.

Fazendo uma parada brusca a joguei pela porta aberta do meu escritório fechando a porta atrás de mim, eu estava cansado dela, cansado da persistência dela em fingir não entender que ela não tinha mais espaço na minha vida, ela queria jogar? Pois muito bem, estava na hora de ela finalmente entender com quem ela esteve brincando durante todo esse tempo.

Ela tropeçou no sofá e se apoiou no encosto olhos semicerrados de raiva em mim, caminhei até minha mesa e peguei minha semi-automática 9mm na gaveta apontando-a diretamente para ela enquanto me aproximava, os olhos dela cresceram comicamente.

—Que merda Dev! — ela arfou assustada.

—Vamos esclarecer as coisas agora Nina e eu espero que, pela primeira vez na sua vida você seja a pessoa inteligente que eu sei que você pode ser, ok? — me aproximei dela agarrando seu cabelo e a puxando para seu rosto estivesse próximo, a ponta da arma em sua testa. — Você nunca mais vai entrar na minha casa sem ser convidada, estamos entendidos? — ela afirmou com olhos assustados e lacrimosos.

—Você não me machucaria realmente, não é? — ela me olhou por baixo dos cílios e eu me perguntei como alguma vez isso realmente funcionou. —Nós éramos bons juntos Dev... nós...nós poderíamos esquecer isso veja? — ela obviamente estava fora de sua mente. — Podemos esquecer que isso aconteceu, eu nunca vou lembrar você desse momento baixo da sua vida....

—Como?

—Vamos Dev, um cara como você nunca poderia ser visto com a escória que é o Reese... — ela parou e lambeu os lábios. — Olha... eu gosto dele, ele é divertido, uma foda fenomenal... mas é isso, ele não é o cara com quem alguém como nós poderia se relacionar e você sabe disso.

Olhei para ela, a arma em minha mão se arrastando por seu rosto e me surpreendeu que ela relaxou completamente quase ronronando para mim, Nina tinha sérios distúrbios e se ela continuasse assim logo ela estaria em grandes problemas, mas isso já não era mais problema meu. Me aproximei até que nossos rostos estivessem a centímetros um do outro.

—Você não sabe nada sobre escória, você não sabe nada sobre mim. Você não sabe quantos homens eu já matei e chantageei. — respirei fundo vendo o horror crescer nos olhos dela. — Você não sabe quantas vidas eu já destruí apenas pelo meu prazer, não queira ser mais um nome na minha longa lista Nina.

Retorci seu cabelo em minha mãos girando a cabeça dela em direção a porta, as lagrimas agora escapando pelo canto dos olhos. —Se você se aproximar dele de novo, se você olhar na direção dele outra vez, uma porra de bala na sua testa vai ser a coisa mais suave que eu vou fazer com você, entendeu? — minha respiração era constante e lenta. — Você não tem a mínima ideia do que eu poderia fazer com você Nina. Não me teste, não queira saber o quão cruel eu posso ser.

Joguei ela com força para longe de mim. Eu estava irritado e se ela não saísse da minha frente logo, não tenho ideia do que eu poderia ser capaz de fazer com ela. Quando Nina avança pelo corredor em direção a saída meu estomago afunda quando vejo a porta aberta e eu automaticamente sei quem saiu por ela.

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