Eu não acreditei no que li, e rezei, com todo meu coração, que fosse uma piadinha sem graça. Eu não sabia oque fazia, eu tinha duas opções: A) Cavar um buraco e sair dessa escola ou B) Cavar um buraco e ir pra China. Eu não sabia oque fazer naquele momento, até que escutei batidas na porta.- Ah não, por favor hoje não.- sussurrei e me direcionei até a porta, abri uma fresta e olhei para o garoto - Posso ajudar?
- Abra a porta, a gente tem que conversar. - ele disse tentando abrir a porta.
- Hm, não. Conversar por que? Foi só uma transa. Sai daqui, por favor. - Como ele era mais forte que eu, dei um tapa em sua cara e eu consegui fechar a porta.
Tranquei a porta e fechei as janelas, implorando pra tudo aquilo passar. Meu Deus, nunca mais bebo na vida.
2 MESES DEPOIS
Eu estava na aula de Ciências, anotando tudo que era importante pra passar nas provas, mas eu não estava lá muito bem, estava enjoada e queria sair dali o mais rápido possível. Desde o meu "acidente", nunca mais olhei para a cara dele, apesar dele e da Mel serem muito amigos.
- Carol!? - Mel sussurrou.
- Oi?
- Você tá bem? Você tá ficando verde!
Eu estava muito enjoada, queria sumir dali o mais rápido possível. Levantei minha mão e o professor respondeu.
- Posso ajudar Carol?
- Será que posso me retirar? Estou passando mal. - ele me olhou e viu que tinha algo estranho.
- Sim claro, mas volte logo. - assenti e sai correndo pro banheiro mais próximo.
Vomitei o almoço inteiro, e sabia que tinha mais pra vir, quando finalmente terminei de vomitar, dei descarga e sentei no chão do banheiro, pensando o que eu comi que poderia estar estragado. Eu não comi nada de mais, apenas um frango no almoço e estava uma delícia, eu precisava da Mel naquele momento. Resolvi mandar uma mensagem pra ela.
" Mel, por favor, venha no banheiro. "
Alguns minutos depois, ela respondeu.
" Oi, estou indo, está tudo bem? "
" Não, nada bem, vem logo. To no banheiro do lado da quadra. "
Mel chegou 10 minutos depois, me olhando intrigada e querendo saber a importância do meu socorro.
- Eu to vomitando há dias, não sei o que há de errado comigo. - disse chorando.
- As vezes é virose, ou... - suspirou - Ou você tá grávida.
- VOCÊ TÁ LOUCA MEL? BEBEU? EU NÃO POSSO, EU... - comecei a pensar no que tava acontecendo comigo ultimamente, enjoada o tempo todo, cansada, e eu tava atrasada, sentei no chão novamente e comecei a chorar. - E-Eu não posso, não posso estar grávida. - Mel sentou do meu lado e me abraçou.
- Calma, quer que eu compre um teste pra você?
- Uns dez, por favor. - ela riu, me deu um beijo na bochecha e saiu correndo pra comprar o teste.
Ela demorou 1hr pra comprar e eu ja tava impaciente. Eu já tinha ido pro nosso quarto, esperar lá, e mandei mensagem avisando e pedindo um suco, ela reclamou, mas acabou comprando.
- Você me deve uma grana! - disse entrando no quarto e me entregando uma sacola.
- Obrigada, eu já volto. - entrei no banheiro e abri a embalagem. - Ok, eu consigo, é so fazer xixi no palitinho. - encarei a embalagem e me senti envergonhada. Fiz exatamente como mandava nas instruções. Sai do banheiro segurando o palitinho e olhando pra Mel que estava nervosa. Esperei 3 minutos e estava nervosa com o resultado.
- Mel, por favor, fala pra mim. - disse entregando o palito.
- Ok, mas eca. - ela olhou pro palitinho e olhou pra mim, eu já tinha comido a minha mão e estava quase pulando nela.
- Fala logo Mel! - gritei.
- Parabéns, você está grávida.
- Ah não, não, não. - comecei a chorar , eu não podia, aquele tempo que fiquei no internato, me fez querer fazer faculdade e ser alguém na vida.
- Quem é o pai amiga? - olhei pra ela e certamente ela viu o medo nos meus olhos. Eu não suportava ele, odiava pra falar a verdade.
- Mel, só foi uma noite, eu não... Aquele idiota nem pra usar camisinha! - gritei aos choros. - É o Mckibben, o Lucas Mckibben. - Mel me encarou surpresa, com os olhos arregalados e colocou a mão na boca na tentativa de parar o grito.
- Eu estava bêbada ok? Não sabia quem era quem, eu nem lembro da noite, Mel, eu não posso... - sentei na cama e chorei mais ainda, aquilo não podia ser real.
- Você não vai fazer nada Carol! Vai ter o bebê e dar pra adoção, alguma família vai querer adotar. E o mais importante, você vai falar com ele. - ela sentou em meu lado e eu olhei pra ela e querendo chama-lá de louca, mas eu sabia que ela tinha razão.
Eu fiquei quieta e a Mel saiu do quarto, implorei pra não falar nada até eu criar coragem e conversar com ele. Faltava um mes pra acabar o 3° ano. Eu esconderia de todos até lá. E principalmente, do Lucas.
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Acasos
Genç KurguNunca, jamais passou na cabeça de Caroline ficar grávida aos 18 anos, sempre teve cabeça pra festejar, então sua mãe a colocou em um internato. Por mais que jurou que ia fazer a vida dos seus " colegas " de quarto um inferno, ela não consegue após...