𝐚𝐝𝐚𝐩𝐭𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨
↬ Após ser processado falsamente de agressão por uma ex-namorada, Josh se vê perdido e sem ideia alguma para livrar a própria pele dos ataques da mídia e de todas as outras pessoas ao redor do mundo que acreditam fielmente na...
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— Por que Santorini? — Josh perguntou, olhando para as nossas passagens de avião.
Me surpreendi com a rapidez que Noah resolveu tudo. Ele estava realmente louco para livrar Josh daquela bagunça toda que Jennifer o enfiou.
— Tenho vontade de conhecer lá. — Respondo e olho para as passagens. — E como você é quem vai pagar por tudo, achei ser uma ótima oportunidade.
— Como você é folgada.
— Cala a boca, aceitei um plano ridículo para tentar te ajudar. — Digo e ele resmunga, mas não retruca.
Ficamos em silêncio, apenas ouvindo a barulheira normal do aeroporto.
Durante o caminho até ali eu pensei se era, realmente, uma boa ideia aceitar fazer parte daquilo, e a resposta era não, não era uma boa ideia.
Ainda assim, eu queria ajudar Josh, e foi isso que mais me motivou para concordar.
— Como você gosta de ser beijada? — Ouço e olho confusa para Josh, que continuava olhando para as passagens.
— O que? — Pergunto, chamando a atenção dele para mim.
— Vamos ter que nos beijar, em algum momento. — Falou e eu concordei com a cabeça. — Como você gosta? — Perguntou novamente e eu segurei o riso, olhando para o meu celular outra vez.
Não o respondi.
Sentia o olhar de Josh sobre mim e reparei quando ele se inclinou um pouco para a frente, assim tendo uma visão melhor do meu rosto, esperando que eu falasse algo.
— Eu vou deixar você descobrir isso sozinho. — Respondo e o olho, encontrando o meu olhar com o dele, que sorriu.
*
— Você acha que vai funcionar, Any? — Ele perguntou baixo, com a cabeça encostada em meu ombro.
Sabia que ele estava extremamente preocupado com tudo o que estava acontecendo. Ele tentava passar por aquilo numa boa, mas com certeza estava se segurando para não surtar a qualquer momento.
Eu super o entendia. Falava que ele podia expressar os reais sentimentos dele comigo, mas nem assim ele desabafava de verdade.
Não achava que aquela ideia fosse mesmo funcionar, mas eu tentaria.
— Talvez. — Murmuro como resposta. — Não custa tentar, não foi o que você disse?
— E se só perdemos o nosso tempo? — Perguntou, brincando com a barra da minha blusa.
— Não vamos. — Afirmo. — Nós vamos colocar esse plano em prática e iremos nos divertir muito em Santorini. Tempo não vamos perder.
Ele ficou um minuto em silêncio e em seguida segurou em minha mão, entrelaçando nossos dedos.
Olhei para as duas juntas e torci de leve o meu lábio.
— Obrigado por ter aceitado essa besteira. — Sussurrou.
— Aceito tudo com você. — Digo baixo e ele levanta a cabeça, sorrindo para mim e em seguida voltando a se deitar.
Mordi o lábio e olhei para a poltrona à minha frente, tentando imaginar o quanto iria me ferrar com aquilo tudo.
*
𝓢𝓪𝓷𝓽𝓸𝓻𝓲𝓷𝓲, 𝓖𝓻𝓮́𝓬𝓲𝓪
Entro no quarto que Josh e eu ficaríamos e seguro a porta para ele, que entrou com as malas.
Fechei a porta atrás de mim e saltitei pelo quarto, olhando para todo o canto dele.
— Aqui é tão lindo. — Digo e vou até a sacada. — Olha que vista incrível! — Praticamente grito, olhando para outras casinhas brancas.
— É sim. — Ouço e olho para trás, vendo Josh jogado na cama, olhando para o teto.
— Cadê a animação, Joshua?! — Pergunto indignada e me aproximo dele. — Estamos em Santorini, meu filho, acorda pra vida! O que vamos fazer?
— Dormir. — Respondeu e me olhou.
— Claro que não. — Falo. — Podíamos dar uma volta.
— Eu tenho uma ideia melhor. — Disse e se sentou. O olhei curiosa. — Dormir. — Repetiu e me puxou, fazendo com que eu caísse na cama.
Resmunguei e me virei, o olhando.
— Joshua!
— Gabrielly! — Me imitou. — Teremos quatro semanas inteiras para aproveitar e passear por aqui, vamos descansar um pouco da viagem, vai. — Falou.
— Tá. — Resmungo. — Frouxo, não aguenta uma viagem. — Falo e me levanto.
Josh jogou o travesseiro em minha direção e eu desviei rindo.
[...]
— Ok, temos uma cama de casal. — Digo e coloco as mãos na cintura, encarando a cama.
Josh estava ao meu lado, fazendo o mesmo.
Tomamos um banho para relaxar o corpo e assim conseguirmos dormir melhor. Já havia deixado bem claro para ele que amanhã iríamos andar sem parar e visitar todos os lugares possíveis, então tínhamos que descansar bem.
— Eu não vou dormir no chão. — Ele falou e eu o olhei.
— Não mandei você dormir no chão. — Retruco.
— Eu fico na cama e você no chão. — Disse e eu o olhei indignada.
— Se liga, Joshua! — Falo e dou um tapa no braço dele, que riu. — Dormimos os dois na cama. Não somos dois estranhos.
— Está bem.
Me deitei de um lado na cama e ele do outro, deixando um grande espaço no meio.
— Boa noite. — Digo baixo.
— Boa noite, Moany. — Sussurrou e puxou o cobertor para ele, se virando de costas para mim.
Revirei os olhos e puxei o cobertor, mas ele estava enrolado no mesmo.
— Joshua, solta a coberta! — Falo brava e ele ri, deixando mais cobertor para mim. — Faz isso no meio da noite e eu te empurro da cama. — Ameaço.
— No meio da noite estaremos dormindo de conchinha, meu amor. — Disse. — Esqueceu que somos um casal?
— Não tem nenhum paparazzi no quarto. — Digo.
— Mas vai que entre, né? — Falou e eu ri.
— Cala a boca, Joshua, vai dormir. — Digo, o cutucando com o cotovelo.
Ele riu e logo depois o silêncio tomou conta do quarto.
