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𝓜𝓪𝓭𝓻𝓲𝓭, 𝓔𝓼𝓹𝓪𝓷𝓱𝓪
𝒹𝒾𝒶𝓈 𝒹ℯ𝓅ℴ𝒾𝓈

Pego o laço vermelho na bolsa de Luna e coloco com cuidado na cabeça dela, que resmungou ao ter o sono atrapalhado

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Pego o laço vermelho na bolsa de Luna e coloco com cuidado na cabeça dela, que resmungou ao ter o sono atrapalhado.

— Você vai levar ela com você? — Ouço e levanto o olhar, vendo Jennifer nos olhar.

Hoje elas receberam alta. Jennifer já estava pronta, sentada na beira da maca.

— Sim. — Respondo.

Ela levantou e se aproximou do pequeno berço onde Luna estava. Parou ao meu lado e olhou para a menina, aproximando um pouco a mão do rosto dela mas desistindo de a tocar.

— Ela se parece comigo. — Sussurrou e eu a olhei.

Por um momento, achei que ela se arrependeria das palavras que havia dito sobre Luna. Sobre não a querer, como se ela fosse qualquer objeto fácil de descartar.

Apenas por um momento, já que logo Jennifer tratou de arrumar a postura e jogar o cabelo para trás, se virando para mim.

— Já estou indo. — Falou.

— Ok. — Digo, olhando para a mesma.

Ela mordeu o lábio e se aproximou mais um pouco.

— Joshua, se você quiser, nós...

— Tchau. — A interrompo, antes que ela começasse com as baboseiras dela.

Jennifer mordeu o lábio novamente, com mais força, e olhou para Luna. Em seguida, virou as costas, saindo do quarto e batendo a porta.

Voltei a atenção para a minha filha, a pegando no colo com cuidado e deixando um cheiro na cabeça da mesma.

— Vamos pra casa, ruivinha? — Pergunto baixinho.

*

Any andava devagar pela sala, balançando Luna em seus braços e murmurando uma canção de ninar para a menina.

Ainda não havia contado a ela que Jennifer havia rejeitado a bebê e que eu quem ficaria com ela.

Eu não sabia nem como cuidaria dela.

— Ah, dormiu. — Sussurrou e me olhou, dando um sorriso leve.

— Você pode colocar ela na minha cama, por favor? — Peço e ela concorda com a cabeça, saindo da sala em seguida.

Tombei a minha cabeça para trás e suspirei cansado.

Havia três noites que eu não dormia direito por estar na maternidade com Jennifer. Não queria ir embora e deixar Luna sobre a responsabilidade dela, até porque eu não sabia até onde iria a maluquice da que a colocou no mundo.

— Coloquei vários travesseiros ao redor dela. — Gabrielly falou e eu ajeitei a minha cabeça, vendo ela se aproximar do sofá e se sentar ao meu lado.

— Amor, ela não sabe virar. — Digo.

— Mesmo assim. Precaução. — Disse e eu ri baixo.

Minha namorada se aproximou mais um pouco e fez carinho em meu rosto, deixando um selinho delicado em meus lábios.

— Você quer me contar agora o que está acontecendo? — Perguntou baixo e eu senti meus olhos encherem de lágrimas.

Confirmo com a cabeça e ela me dá um sorriso acolhedor, me puxando para mais perto e fazendo com que eu deitasse a cabeça em seu peito.

[...]

— Joshua, porque você não deu um tapa na cara daquela vagabunda?! — Gabrielly perguntou indignada e eu ri.

Agora eu já estava mais afastado dela, que me empurrou enquanto xingava Jennifer de tudo que era nome.

— Sabia que homem não pode bater em mulher, amor? — Pergunto.

— Ah, é. — Resmungou. — Me chamava que eu fazia ela ficar mais uma semana internada!

— Você fica muito gostosa brava. — Falo e ela deixa um tapa em meu braço. — Ai!

— O assunto é sério, Kyle.

— Mas isso que eu disse também é sério! — Digo sorrindo e ela me olha com tédio.

Deixo um beijo rápido nos lábios dela e ela sorri, tombando a cabeça para o lado e voltando a fazer carinho em minha barba.

— Jennifer não quer nem ver a Luna? — Perguntou. — Aquela coisa de pegar final de semana...

— Não, ela não quer. E eu também não iria deixar. — Respondo e suspiro fundo, vendo ela concordar com a cabeça. — Agora eu só preciso pensar como vou fazer para cuidar dela sozinho.

— Como assim sozinho, Joshua? — Perguntou brava. — Eu sou uma ninguém?! — Deixou um tapa em meu braço outra vez.

— Em que momento eu disse isso? — Falo e passo a mão no local do tapa, fazendo careta.

— "Cuidar dela sozinho". — Fez uma péssima imitação minha.

— Sim. Você acha que eu vou jogar isso nas suas costas? — Pergunto.

— Amor?! Nós somos namorados, estamos criando a nossa família. — Disse, segurando em meu rosto. — Não é jogar nas minhas costas, é poder contar comigo para passarmos pelas coisas juntos.

— Eu sei, meu amor, mas...

— Cala a boca. — Resmungou e se sentou em meu colo.

— Any Gabrielly, você está muito agressiva. — Digo.

— Desculpa. — Pediu e juntou nossos lábios em um beijo breve. — O que eu estou querendo dizer, é que eu não me importo de ser mamãe de dois bebês. — Sussurrou.

Fiquei a olhando, vendo ela morder um pouco o lábio enquanto esperava que eu falasse algo.

Me achava um completo idiota por quase ter a perdido por várias vezes e por besteiras feitas por mim.

Imagina viver sem aquela mulher? Eu não gostava nem de pensar.

— Kyle...? — Ela chamou. — O que você acha? — Perguntou.

— Eu acho... — Começo e passo as mãos pela cintura dela, adentrando sua blusa e repetindo o movimento. — Que você é a mulher da minha vida.

— Poxa, amor, você ainda não tem certeza? — Perguntou chateada, me fazendo rir.

— Tenho, meu bem. — Respondo. — Muita certeza.

Gabrielly sorriu e se inclinou, juntando nossos lábios em um beijo calmo.

***
Fofos

𝑺𝒂𝒏𝒕𝒐𝒓𝒊𝒏𝒊 𖤓 𝑩𝒆𝒂𝒖𝒂𝒏𝒚 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora