Heyoon
Eu já estava agoniada, Ron havia sumido e até agora não sabíamos de nada do Josh.
Pego meu celular e olho as horas. Já havia se passado muito tempo e nada até agora.
- Aonde você estava? - Ouço a voz do meu irmão e ergo minha cabeça para olhá-lo e vejo que ele estava se dirigindo a Ron que vinha em nossa direção com um médico.
Me levanto rapidamente e vou até eles.
- Como ele está? - Pergunto angustiada e o doutor logo responde minha pergunta.
- Ele acabou de sair de uma cirurgia, ele está fora de perigo mas seu estado não é um dos melhores.
- Eu posso ir vê-lo?
- No momento não, as únicas pessoas que podem ver ele agora são as da família.
Suspiro.
- Mas quando ele acordar você poderá ver ele. - Ele sorri me confortando. - Bom, tenho que ir agora quando estiver mais notícias eu aviso vocês. - Assunto e ele sorri se retirando.
Silêncio.
- Pelo menos ele está fora de perigo... - Sabina diz e Ron concorda.
-
Eu estava sentada em um banco em frente ao hospital. Única coisa que vagava por minha mente era Josh, penso em como fui idiota em ficar distante dele esse tempo todo.
Se eu não fosse tão idiota isso nunca teria acontecido.
Meu celular começa a tocar e através do visor vejo que era minha mãe.
Respiro fundo e logo atendo.
- Oi mãe.
- Filha, meu bem. - Diz com sua voz animada - Seu vôo já está pousando? Eu e seu pai podemos ir já te encontrar no aeroporto?
Eu não avisei minha mãe que eu não iria mais, merda!
- Mãe... - Ela me interrompe.
- Se nós nos atrasarmos é culpa do seu pai. - Ela ri e meu pai resmunga do outro lado da linha.
Acabo rindo também e meu coração se aperta por não ter a avisado e ter enchido eles de esperança.
- Mãe eu ainda estou no Rio...
- Como assim? Você não disse de manhã que faltava apenas alguns minutos para você embarcar no avião?
- Sim mãe mas... - Ela me interrompe novamente.
- Seu vôo atrasou, não foi?
- Não mãe. - Sussurro - Aconteceu algumas coisas e resolvi ficar... - Sou interrompida pela Sabina aparecendo e me chamando.
- Ele acordou. - Ela diz sorrindo.
- Que?
- Sim. - Ela grita.
- Filha? - Minha mãe fala do outro lado da linha.
- Mãe tenho que desligar agora, beijos. - Desligo o telefone e o guardo no bolso.
- Vem, vamos! - Sabina segura minha mão e me puxa até a entrada do hospital.
Eu estava a uns cinco minutos enfrente a porta do quarto em que ele estava. Eu não conseguia abrir, a coragem não vinha, e eu não conseguiria olha-lo todo machucado.
- Calma... Tudo bem.. Vamos Heyoon. - Falo para mim mesma e respiro fundo.
Toco na maçaneta gelada e logo a giro, empurro a porta calmamente e lá estava ele.
Todo machucado e uma vontade imensa de chorar aparece. Isso tudo foi culpa minha.
Ele estava distraído olhando para o teto branco do quarto e ainda não havia percebido minha presença.
Caminho calmamente até sua cama onde ele estava cheio de fios conectados ao corpo.
Depois de um tempo, seu olhar se desvia do teto e olha para mim.
Ele estava surpreso.
Mesmo depois de tanto tempo a sensação era a mesma de quando ele me olhava, um frio na barriga apareceu do nada e por um momento esqueci como se respirava.
Eu senti tanta falta dele.
11 capítulos para a final.
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𝗡𝗢 𝗠𝗘𝗦𝗠𝗢 𝗤𝗨𝗔𝗥𝗧𝗢, 𝗁𝖾𝗒𝗈𝗌𝗁 𝖺𝖽𝖺𝗉𝗍𝖺𝖼̧𝖺̃𝗈.
FanfictionDe férias da faculdade, Heyoon decide passar o final do ano no apartamento do seu irmão mais velho que mora no Brasil. Heyoon não vê Bailey a mais de cinco anos, desde que ele foi para o Brasil a trabalho. Bailey mora no Rio de Janeiro com três garo...