Heyoon
Três meses se passaram.
Estava ficando cada vez mais difícil esconder a gravidez de Josh.
Os enjôos estavam cada vez mais frequentes, eu estava me cansando muito facilmente e meu humor estava péssimo.
Hoje haveria um churrasco no nosso antigo apartamento, ou como eles dizem, uma mini social. Mas desta vez meus pais vão estar presentes, e senhor Ron e Rebeca também.
- Você precisa contar, hoje. - Sabina implorava, o jogo havia virado.
Nós estávamos na minha casa, Josh já estava no apartamento com o pessoal. Sabina tinha vindo para cá pra nós nos arrumarmos juntas.
- Você vai contar para ele hoje.
- Que merda, Sabina! - Reviro os olhos. - Tudo bem, eu vou falar com ele hoje.
-
- Que bom que chegaram. - Minha mãe veio nos recepcionar.
- Oi mãe. - Beijo sua bochecha e caminho até a sala.
Eu sentia falta deste apartamento, querendo ou não, passei momentos incríveis aqui.
Vários flashes se passavam na minha mente me fazendo sorrir que nem uma idiota no meio da sala.
- Oi amor. - Mãos me abraçam por trás me fazendo fechar os olhos para aproveitar o momento. - O que foi? - Ele pergunta dando um beijo suave no meu pescoço.
- Nada, só estava lembrando de algumas coisas.
- Seus enjôos melhoraram? - Ele pergunta.
- Sim, foi apenas o café.
-Todo dia o café, Heyoon? - Ele me vira e ergue as sombrancelhas.
- Sim, deve ser alguma coisa estragada. - Beijo sua bochecha.
- E por que eu como as mesmas coisas que você e não passo mal?
Para de complicar, caramba.
- Amor... - Por minha sorte sorte sou interrompida por uma pessoinha agarrando minhas pernas.
- Heyoon, você chegou! - Sorrio ao ver o rostinho lindo de Beca.
- Oi pequena. - Me abaixo e a pego no colo. - Você ta bem?
Fiquei ali brincando com Rebeca e Josh por um bom tempo, depois fui comer um pouco e fui para a varanda observar a vista. Morria de saudades desta vista, infelizmente la em casa não temos a mesma sorte de ter uma paisagem tão bonita como esta.
Eu estava feliz. Estava sendo um dos melhores momentos da minha vida, depois de muito sofrimento. Eu nunca acreditava quando me diziam que depois da tempestade vinha o sol, até passar por uma tempestade.
Eu achava está frase muito clichê, mas eu passei a acreditar, não só nessa como em outras frases clichês que pouca gente acredita.
Apesar de tudo que eu passei, eu acho que não mudaria nada, independente de me fazer sofrer ou sentir dor, porque tudo nesta vida acontece por um propósito, tudo tem um motivo e graças a isso eu estou bem hoje.
Um corpo o qual eu conhecia bem se aproxima do meu e sussurra no meu ouvido.
- Quer dar uma volta la na praia? - Ele pergunta e eu assinto segurando em sua mão.
Eu o amava tanto que não conseguia descrever o tamanho deste amor, é uma sensação única e eu acho que nunca na minha vida eu vou sentir algo igual ou parecido por qualquer outra pessoa.
Ele era minha metade, era a peça que faltava no meu quebra cabeça, ele me completava de uma maneira única.
As vezes eu paro por um momento e tento lembrar minha vida sem ele, era tão sem cor, tudo tão sem graça, tão normal...
Me tornei dependente dele e isso pode parecer errado mas para mim não era. Eu sentia que era recíproco, havia algo que nos puxava um para o outro, não era apenas um que sentia, era os dois...
- O que foi? Por que está tão quieta? - Ele pergunta enquanto caminhavamos pela orla da praia.
- Estou pensando.
- Em que? - Ele me olha.
- Em nós... - Sorrio e beijo sua mão que estava entrelaçada na minha.
- Eu te amo muito. - Ele me diz e eu sinto uma vontade enorme de chorar mas tento me controlar.
- Eu também. E preciso te contar uma coisa.
Ele ergue as sombrancelhas e assente para que eu continue.
- Olha primeiramente me desculpe... Me desculpe por estar tão chata ultimamente, me desculpe por fazer você se levantar de madrugada enquanto eu estava com crise de vômito, me desculpe por estar tão melosa ultimamente... - Os hormônios me fizeram transbordar em lágrimas. - Mas tudo isso é porque eu estou grávida.
Ele estava sem expressão, e confesso que isso me deu um pouco de medo.
Em silêncio absoluto.
- Sei que você não gostou, mas fala alguma coisa, por favor. - Sussurro esperando que ele entenda.
- Porra amor, como você tem coragem de dizer isso!? É a melhor notícia que eu recebi em toda a minha vida, talvez eu deveria estar com medo, mas eu não posso, eu nem se quer consigo, tudo isso, nós, parece tão certo, eu não poderia estar mais feliz e completo, com você, e com nosso pequeno filho.
- Eu te amo muito, meu amor vem de outra vida e vai muito além dessa. - É tudo oque eu consigo dizer.
- Eu te amo ainda mais, e quando eu partir, oque espero que demore para acontecer, eu prometo te encontrar em outra vida, e espero te fazer tão feliz quanto quero te fazer nessa, você é meu mundo, Heyoon.
Fim.
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𝗡𝗢 𝗠𝗘𝗦𝗠𝗢 𝗤𝗨𝗔𝗥𝗧𝗢, 𝗁𝖾𝗒𝗈𝗌𝗁 𝖺𝖽𝖺𝗉𝗍𝖺𝖼̧𝖺̃𝗈.
FanfictionDe férias da faculdade, Heyoon decide passar o final do ano no apartamento do seu irmão mais velho que mora no Brasil. Heyoon não vê Bailey a mais de cinco anos, desde que ele foi para o Brasil a trabalho. Bailey mora no Rio de Janeiro com três garo...