Capítulo 5

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Harry jogou algumas sicles na mesa, esperando que fossem suficientes para cobrir o custo de suas bebidas e da torta de melaço de Malfoy.

Depois de mais um rápido olhar na direção de Madame Rosmerta, ele decidiu que talvez fosse uma boa ideia oferecer alguma gorjeta como forma de compensar o momento de choque dela e também o provável copo quebrado. Apressadamente, ele acrescentou alguns galeões à pilha de sicles.

Ele se levantou, quase derrubando a cadeira ao fazê-lo.

Ele ficou um tanto surpreso com sua ânsia de sair. Ele ficou apenas ligeiramente surpreso, no entanto, ao notar que a sala ainda parecia estar girando, e sua visão estava ligeiramente turva.

Ele conseguiu focar seus olhos em Malfoy, que parecia tão atordoado e confuso quanto Harry se sentia. 

— Lá fora — ele repetiu, tentando lutar contra outra onda de constrangimento enquanto sua voz tremia, talvez de excitação, mas mais provavelmente com uma pitada de medo.

Harry não tinha vontade de segurar a mão de Malfoy, mas ele não hesitou em puxar insistentemente a manga de suas vestes enquanto começava a se afastar da mesa.

Enquanto praticamente corria em direção à porta do pub, tentando ao máximo não tropeçar em suas vestes, Harry ficou momentaneamente grato por seu atual estado de embriaguez, pois tinha certeza de que se sentiria ainda mais nervoso e envergonhado sem um pouco de apoio de um muitos copos de Cerveja Amanteigada.

Foi só quando ele saiu e sentiu o frio do ar noturno em seu rosto que Harry foi finalmente capaz de ficar um pouco mais sóbrio e realmente começar a pensar no que estava fazendo.

Enquanto ele estremecia de frio e respirava fundo algumas vezes, ele percebeu que nem havia perguntado a Malfoy se  ele  havia gostado do beijo, ou se havia sentido alguma coisa, ou se queria beijar novamente. Harry mal havia se feito as mesmas perguntas. Ele também percebeu, com uma onda de algo que parecia desapontamento, que Malfoy nem mesmo o seguiu para fora, e ele definitivamente permaneceu sentado quando Harry deixou a mesa.

O sentimento de decepção de Harry não durou muito. Na verdade, ele foi embora completamente quando ouviu o som de passos atrás dele.

Ele se virou lentamente, embora já soubesse quem estaria atrás dele. Harry tinha reconhecido o som de seus passos e sua respiração, e até mesmo o leve cheiro de torta de melaço. Ele sempre foi capaz de sentir a presença de Malfoy em Hogwarts, e agora, depois de passar a maior parte da noite com ele, ele sentia que estava começando a desenvolver essa habilidade novamente.

Os dois ficaram parados, olhando fixamente um para o outro.

Em questão de segundos, Harry se viu preso contra a parede mais próxima, e antes que pudesse se fazer mais perguntas, seus lábios estavam nos de Malfoy novamente, os dois compartilhando beijos quase frenéticos, como se estivessem com medo de que um deles de repente aparate e acabe com esse estranho momento entre os dois.

Seus beijos podem ter sido mais apaixonados e acalorados do que o primeiro beijo dentro do pub, mas o momento não foi menos estranho. Às vezes, seus dentes batiam em vez de suas línguas, e Harry, desacostumado a ter alguém pressionado com tanta força contra ele depois de estar fora de prática por alguns anos, tropeçou algumas vezes e foi forçado a se agarrar à parede atrás de si para se firmar e, finalmente, ele decidiu que não se sentia mais confortável com seus óculos sendo empurrados contra seu rosto, então ele teve que fazer uma breve pausa para removê-los e enfiá-los no bolso de suas vestes, tentando ao máximo não corar.

Proving A Theory (Tradução PT/BR) Onde histórias criam vida. Descubra agora