1.Piloto

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Melody
Eu acordei com o alarme do meu celular fazendo aquele barulho infernal, me levantei e coloquei meu uniforme escolar, amarei meu cabelo e deci as escadas do prédio, ouvi o Sr.James gritando com alguém por causa do aluguel, deixei minha chave na portaria e sai.

Coloquei meus fones e fui para a escola correndo, mesmo assim cheguei atrasada para a aula, me sentei enquanto o professor de história reclamava da minha irresponsabilidade e meus colegas riam por estar levando uma bronca.

Na hora do intervalo as meninas se divertiram jogando ovos e farinha em mim, a diretora não fez nada a respeito já que umas das meninas era filha dela, apenas me mandou de trocar, quando eu passei pela porta fui surpreendida por um menino que fingiu esbarrar comigo pra passar a mão no meu corpo.

Eu o afastei de mim e fui para meu canto no fundo da sala, coloquei meus fones e abaixei a cabeça a deixando sobre meus braços enquanto tentava não ouvir os comentários maldosos sobre mim, mas ainda ouvia quando eles diziam que se tivessem tido uma criatura como eu também me abandonariam ou me chamando de vadia.

Quando eu olhava para aquelas pessoas eu não conseguia ver seus rostos, apenas mascaras com rostos sorridentes e assustadores, eu odiava aquele lugar, cheio de ódio, cheio de inveja, onde tudo era muito falso, sentimentos, palavras, pessoas, o que a de legal em um lugar assim?

Assim que as aulas acabaram eu sai das sala, passando pelo corredor onde os meninos assobiavam e falavam coisas que queriam fazer comigo, aquilo me deixava com nojo, aquela atitude era desprezível e eu espero que pessoas como eles tenham mortes lentas e dolorosas.

Eu voltei ao apartamento e troquei de roupa, eu tinha que ir pro trabalho, já que não queria que Sr.James viesse bater em minha porta me cobrando o aluguel como fazia com os outros hóspedes daquele conjunto de apartamentos que eram nada mais e nada menos que cubículos empilhados um encima do outro, me surpreendo por ninguém ter vindo ver se é seguro morar neles, acho que estão ocupados com outras coisas.

Eu peguei um ónibus para ir pro trabalho, as pessoas estavam me encarando, deveriam estar pensando o que uma garota de 16 anos fazia com um crachá de uma loja, eu cheguei na loja e logo tive que carregar vestidos e roupas que os clientes queriam experimentar, uma moça rasgou um vestido enquanto incistia que vestia P, tive que mandar para a costureira.

Sem falar nós clientes que queriam pagar menos em roupas que já estavam ridiculamente baratas, um deles quase me bateu, mas saiu quando eu disse que chamaria a polícia. Eu estava exausta, sentia dor em todo o corpo, a dor de cabeça estava quase insuportável e as luzes dos carros naquela estada escura me deixava atordoada.

Nem olhei para os lados, para falar a verdade não olhei nem para a rua quando comecei a andar, os carros passavam buzinando, aquilo me deixava com mais dor de cabeça, alguns sentiam a necessidade de me chingar, outros se contentavam apenas com um "Olha a rua mulher!". Eu deveria parecer uma bêbada, quando estava atravessando a rua do meu prédio uma luz brilhou mais que as outras chamando minha atenção, uma luz que se aproximava cada vez mais rápido e em um piscar de olhos eu apaguei.

Quando eu acordei estava deitada encima de um monte de folhas e estava ouvido um zumbido, olhei em volta a vi uma floresta, estava de dia mas eu não conseguia ver o sol, as cores naquele lugar eram estranhas eram escuras ou sem vida, eu comecei a ouvir um som, água, parecia uma cachoeira mas só consegui identificar de onde vinha o som depois que parei de ouvir aquele zumbido.

Eu caminhei dentro as árvores e encontrei um lago com uma cachoeira, era lindo, a natureza era uma das poucas coisas que eu achava perfeita no mundo em que vivemos, quando eu olhei para a água eu vi uma coisa peculiar, uma mulher no meio do rio, uma mulher muito bonita por sinal, ela era loira, tinha um cabelo médio, olhos escuros e uma pele pálida e de porcelana.

Ela veio em minha direção nadando super rápido de uma forma que eu nunca tinha visto, era quase como se ela fosse um peixe, ela se segurou em uma pedra e pois seus braços encima dela me observando.

- Poderia me passar minhas roupas?

Eu sai do transe que estava e peguei as roupas que estavam próximas a mim e entregando a garota do rio, ela se vestiu e se aproximou de mim, ela parecia ter uns vinte e poucos anos e não sei por que mas ela me passava um sentimento de segurança.

- Prazer, meu nome é Serena.
- Melody.
- Você deve ser nova aqui, não é mesmo?
- Sim, onde eu estou?
- Bem vinda, ao outro lado.

Oque ela disse não me assustou, me deixou curiosa, o que ela quis dizer com outro lado? E como eu fui parar naquele lugar?

- Outro lado?
- Sim, é assim que chamamos esse lugar.
- E como eu vim parar aqui?
- Você morreu...

Ela disse olhando pra mim com um expressão triste.

- É pra cá que vem as pessoas que morrem sem realizar seus propósitos de vida. Quantos anos você tem Melody?
- Tenho dezasseis.
- Tem cada vez mais jovens aqui. Acho que vai se dar bem com os outros.

Ela terminou de falar olhando pra uma enorme casa de madeira, para onde eu a segui confusa por tudo que ela disse, eu morri? Nós entramos dentro de casa e uma garota com um saco de papel de pão com dois buracos para os olhos que davam para ver eram azuis e com um longo cabelo loiro desceu as escadas pulando saltitante e veio na nossa direção.

- Essa é a nova garota?
- Sim.
- Bem vinda! Sou Nancy! - A garota disse estendendo a mão para mim, e logo apertei a mão dela de volta.
- Melody.
- O que esta acontecendo?

Uma garota negra de cabelos compridos e lisos, metade lilas metade preto e de olhos cor de rosa, saiu de dentro de um quarto que tinha na porta o símbolo de uma lua.

- Chame os outros, queremos apresentar ela pra todos.
- Ok.

Ela passou em todos os quartos e logo a aviam mais quatro pessoas naquela sala
Tirando a Serena, e Nancy e a garota de cabelo perto e lilás. Tinham três garotos e uma garota, Serena tomou a frente e começou a falar.

- Essa é Melody, apartir de hoje ela vai morar aqui com a gente, Melody, conheça os demais habitantes da casa. Luna.

Ela disse apontando para a garota de cabelo de cabelos coloridos.

- Anthony.

Ela disse se ferindo a um garoto de cabelos brancos e olhos azuis que estava com o braço por cima dos ombros de Luna, acho que são namorados.

- Maya.

Ela disse e a garota de cabelos castalhos e curtos sorriu, ela tinha um coque que não pegava todo o cabelo, olhos de cores diferentes sendo um azul e o outro castanho e por algum motivo ela usava um bandeide no nariz o que fazia ela ficar particulamente fofa.

- Liu ou Lia, depende do dia.

Ela disse e um garoto do meu tamanho de cabelos cor de rosa e olhos amarelos concordou com a cabeça.

- Nansy você já conheçe.

A menina com a sacola de pão na cabeça acenou pra mim.

- E por fim Allan.

Ele não sorriu, nem demonstrou interesse em estar ali, era um garoto com cabelo por fazer já que era loiro mas a raiz estava crescendo revelando o castanho e olhos vermelhos brilhantes, sua feição era seria e estava de braços cruzados, nem ao menos estava ouvindo o que era falado, apenas se levantou e foi para seu quarto, no qual tinha o símbolo do fogo.

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Essa é minha nova história espero que gostem
Imagens usadas não são minhas, se elas foram tiradas por você entre em contato.
Bjs e até o próximo.

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