5. Maya. (Maya)

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*Aviso*
Esse capítulo pode ser um gatilho para algumas pessoas então se você se incomodar com esse tipo de conteúdo não leia.

Maya
Era 1995, no Condado de Bucks, Pensilvânia, quando eu tinha 9 anos, eu ouvi minha mãe me chamar, quando eu fui até ela, ela me preparou um café da manhã especial e me colocou sentada na cadeira, meu pai se sentou ao meu lado e me deu um beijo na testa, me lembro que eles me deram uma câmera, e eu fiquei a tarde inteira tirando fotos, eu adorava como ela consegui capturar o momento antes dele acabar.

É estranho como você guarda as lembranças, eu me lembro de pedir aos meus pais para sair para tirar fotos, e eles me deixaram ir, eu sai feliz com minha capa amarela e fiquei prestando atenção em tudo, todas as coisas eram tão lindas, eu vi umas flores vermelhas e fui ver elas mais de perto, e resolvi tirar uma foto delas, quando eu ouvi umas voz de um homem e olhei para trás.

- Olá, tudo bem garotinha? O que foi?
- Eu não posso falar com você.
- Por quê?
- Minha mãe disse que não posso falar com estranhos.
- Eu sou George Harvey, é você?
- Maya... Maya Johnson...
- Pronto, não somos mais estranhos.
- Eu tenho que ir pra casa...
- Espere Maya, você gosta de bonecas?
- Gosto...
- Eu fiz uma casa de bonecas, está dentro do carro, você quer ver?

Ele foi até o carro do outro lado da rua, e eu fui atrás dele, ele abriu a porta do carro e eu vi uma casinha de bonecas, ele disse que eu poderia ficar com ela, e eu entrei para pegar ela, quando a porta fechou, ele entrou no carro e o carro começou a se mover, eu tentei abrir a porta mas ela estava trancada, eu pedi pra ele me deixar sair mas ele nem olhou para mim.

Ele me levou para uma casa, me arrastou para o sótão, ele me empurrou e eu cai escada a baixo, eu tentei me levantar mas minha perna estava doendo muito, ele fechou a porta e me deixou lá sozinha enquanto eu chorava pedindo ajuda mesmo sabendo que ninguém iria me ouvir gritar, eu estava com frio e com dor, minha perna agora estava inchada, eu não sei quando tempo se passou, podem ter sido 5 minutos ou 1 dia inteiro, não tinha como saber, não aviam janelas naquele lugar, nem o mínimo raio de luz solar.

Quando a porta abriu eu comecei a tremer mais ainda, não de frio, mas de medo, medo daquela pessoa na qual eu não deveria ter confiado, medo de todas as coisa que meus pais diziam que poderiam acontecer, ele fechou a porta e veio até mim com uma roupa rosa e branca, eu me encolhia mais a cada passo que ele dava, ele se sentou em uma cadeira e me puxou para o seu colo e disse para mim vestir aquela roupa, eu o empurrei e cai no chão, me rastejei e me afastei dele, enquando ele falava para eu deixar ele ver meu corpo, tirar a maquiagem e a roupa, dizendo para confiar nele, me perguntando o porque eu não confiava nele.

Dizendo que eu era unicamente bonita, e que ele queria ver mais, falando sobre o meu valor, e dizendo que ia me mostrar para os amigos dele, que eles pagariam milhões, enquanto amarrava uma fita na minha boca, eu só queria ir para casa, tudo o que saia da boca dele me dava medo, ele dizia que eu deveria muito a ele, ele tirou as minhas roupas enquanto meus pulsos estavam amarados e começou a tirar fotos minhas, eu não sou um brinquedo! Pare de brincar comigo!

Ele tirou a fita da minha boca, e enquanto eu chorava, ele passava a mão pelo meu corpo, Ele me vestiu como uma boneca e tirou mais fotos, quando ele saiu eu estava em choque, eu só tinha 9 anos... Por que eu estava naquele lugar? As próximas memórias que tenho não são muito diferentes dessas... Pessoas me batendo, me tocando, ele me espancando por fazer algo errado, quebrando coisas em mim e eu implorando para pararem com aquilo.

Um dia quando eu estava no porão eu escutei ele gritando e reclamando por que ele não estava mais ganhando tanto dinheiro comigo, eu ouvi coisas quebrando e a porta abrindo ele veio com uma faca e a pois perto da minha garganta.

- Sua idiota! Isso é culpa sua! Você está começando a estragar o meu negócio! Se não melhorar eu vou te matar!
- Hahahahaha! Eu estou esperando isso! Eu não me importo de morrer! Então me mate! Hahahaha!

Ele saiu de perto de mim com um olhar de medo, enquanto eu chorava e ria alto ao mesmo tempo, ele me mandou calar a boca e eu o mandei ir a merda enquanto ria ainda mais alto, eu tinha mudado em pouco tempo, e eu não tinha mais medo dele, tudo o que ele poderia fazer de ruim ele já tinha feito, me matar, era o que eu mais queria agora.

- O que foi? Não vai mais me matar?

Ele veio até minha e enfiou a faca na minha barriga, mas eu não sentia dor naquele momento, eu sentia alívio, mas eu fiz um juramento antes de morrer.

- Obrigada por me matar, mas saiba que eu vou voltar... E eu vou matar você e te fazer sofrer muito...

Eu senti o sangue escorrendo pela minha boca e pela minha barriga, mas eu ainda estava rindo, eu ri, até o momento em que eu morri.

- Maya! Maya! Maya!
- Hmmm... Liu?
- Oi... Tudo bem? Você estava suando frio.
- Eu estou bem, obrigada.

Ele se sentou ao meu lado e apoiou minha cabeça em seu ombro.

- Se você quiser eu posso mudar de forma, se você estiver desconfortável.
- Você não me deixa desconfortável, não se preocupe.

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Esse foi o capítulo
Eu vou fazer capítulos falando sobre o passado de cada um por falta de criatividade e porque me perguntaram sobre
Bjs e até o próximo.

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