Parte V

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- Senhor Dornan, independente dos seus sentimentos pessoais, a senhorita Steele é sua cliente. Você deve ser profissional e fazer o que é melhor para ela e principalmente, atender e cumprir a promessa que fez à sua aluna. A questão não é que ela consiga um namorado que a ame e respeite? Pois bem, esse homem é o Paul. E nós sabemos disso. 
- Eu sei, Ângela. Vamos lá. - Jamie respirou fundo e pegou o microfone - Pode beijar o Paul sim, Dak. E seja feliz. 
~*~
- E aí? Já se passaram uns dez minutos e você ainda não respondeu se quer que eu te beije. Acha que tenho bafo? É isso?! - Questionou checando se o próprio hálito estava okay - Ou que não beijo bem? 
- Não! - Dak riu - É que estava esperando... Meu coração responder - Deu um sorriso amarelo ao ouvir a afirmativa de Jamie pelo ponto eletrônico - Pode me beijar sim, Paul. - Ele então, a beijou - Nossa, você beija muito bem! - O puxou para outro beijo - Mas é melhor me levar para casa. Não sou dessas que vai pra cama com o cara no primeiro encontro. Sabe? 
- Sei sim - Paul gargalhou - Mas antes de te levar, posso te dar mais um beijo? 
- Pode - Dak sorriu, sendo beijada mais uma vez por ele. 
[...]
No dia seguinte...

- Obrigada, Jamie! Muito obrigada! - Dak agradeceu abraçando o moreno - Tive uma das noites mais perfeitas da minha vida ontem. Deu tudo certo do início ao fim. Tudo! - Exclamou dando um beijo na bochecha do professor. 
- Que bom, Dak. - Deu um sorriso fraco, se sentando de volta em sua poltrona no escritório - Eu disse que daria tudo certo. Não disse? 
- Disse sim. - Dak sorriu de volta, se sentando à frente dele - Ei, o que houve?
- Como assim? - Se fez de desentendido. 
- Sua cara está péssima. Você parece tão  triste. 
- Não estou não - Desviou o olhar - Só não tive uma noite legal, é isso. 
- Você não é muito bom em mentir. - A morena avaliou - Vamos, me diga o que está havendo. Somos amigos, não somos?
- É, somos sim. 
- Então? Você sempre foi tão direto em tudo, Jamie. Aliás, sempre admirei muito a sua sinceridade. 
- Está bem - Levantou-se apoiando as mãos na mesa e a olhando nos olhos - Deu tudo errado, Dak. Pelo menos, para mim. Sabe por quê? Por quê fui contratado para te aconselhar no amor, até fiz minha parte mas no fim fui eu quem me apaixonei por você. 
- Isso é piada? Ou mais alguma das suas dicas amorosas, professor? Estamos em aula agora? Pensei que agora que conquistei Paul, não precisasse mais dos seus conselhos amorosoa. 
- Não, Dakota. Estou falando sério! Não sei direito quando e nem por quê, mas aconteceu. Aliás, nunca tinha me encantado, me sentido assim por alguma cliente, eu juro. Sempre separei bem as coisas, mas você... Você mudou algo aqui dentro e eu não sei mais o que fazer. Esse seu jeitinho fofo, engraçado... Você é tão linda. É quase impossível não amar você. - Deu um sorriso torto - Ontem, quando Paul pediu se podia te beijar, por pouco eu disse não pelo ponto. Só disse sim porque minha secretária me abriu os olhos - Confessou - Mas estava morrendo de ciúmes. E isso nunca tinha acontecido comigo antes. 
- Não pode ser... Não pode. - A estudante de literatura parecia chocada com a confissão de seu conselheiro amoroso. 
- Mas é. - Nervoso, andou de um lado para o outro de sua sala, até que parou e respirou fundo, voltando a olhar para ela - Só te contei tudo isso agora porque não aguentava mais guardar esse sentimento dentro de mim. - Afrouxou o nó de sua gravata - Enfim, agora é melhor você ir embora.
- Embora? Não acha que precisamos conversar sobre tudo isso que você disse? - Perguntou se levantando. 
- Não. Dak, você gosta do Paul e ele é o homem certo para você. Ele é o seu final feliz e isso está mais que claro para todos nós. - Caminhou até a porta, abrindo-a para ela - E se quiser, não precisa pagar meus honorários já que feri meu código de ética. 
- Código de ética? - Franziu a testa. 
- É um código que eu mesmo criei - Deu um sorriso amarelo - De jamais, em hipótese alguma, me envolver com uma cliente. Como feri o código, não precisa me pagar nada. 
- Mas eu quero pagar. Porque você cumpriu sua missão de me aconselhar para que eu encontrasse o meu... 
- Final feliz. - O moreno completou baixando a cabeça - E que bom que encontrou, missão mais do que cumprida. Adeus, Dak. 
- Adeus, Jamie. Desejo toda a felicidade do mundo para você. - E foi embora da sala dele. 
[...]
- Quer dizer que seu conselheiro amoroso se apaixonou por você? Por essa ninguém esperava! - Eloise comentou boquiaberta, após a amiga lhe contar o ocorrido. 
- Pois é, muito menos eu - Dakota afirmou se jogando no sofá - E agora? - Perguntou emburrada. 
- Como assim? E agora o quê? Dakota Johnson, você lutou muito para conquistar o Paul e ser feliz com ele. Não vai fazer besteira, hein?! - Jogou uma almofada na cara dela. 
- Que besteira? Eu hein! - Dak revirou os olhos. 
- O que você sente por ele?
- Ele quem?
- O Brad Pitt! - Revirou os olhos - Estou falando do Jamie, oras. Que mais?! 
- Não sei. Ele é meu amigo, não é? Ou era, nem sei mais. Acho que Jamie não vai querer muito papo comigo nos próximos dias. E também, talvez não seja bom já que está apaixonado por mim. Só que não quero ficar longe dele, entende? Eu gosto de estar perto dele, dos conselhos, das nossas conversas, de tudo. - Afirmou com os olhos brilhando. 
- E pelo Paul?
- O Paul é tudo de bom! É meu príncipe encantado, Elô. 
- Então ele é o seu final feliz?
- Claro que é! Aliás, ele mandou um torpedo cheio de corações me pedindo em namoro. Não é maravilhoso?! - Indagou também com os olhos brilhando. 
- É sim. Resumindo o fim desta história? Jamie vai ter que te esquecer de uma vez por todas porque Paul é sim o seu final feliz. Isso se as coisas não mudarem aos 45 minutos do segundo tempo afinal, a vida é um livro aberto. 
- Pois a minha é um livro fechado sim e nada vai mudar, Eloise. Nada. - Garantiu. 
[...]
Tempos depois...

Meu Conselheiro AmorosoOnde histórias criam vida. Descubra agora