› Dilluc e Lumime ‹
Pedido feito por Mizuu__Depois de um dia agitado e cheio de quase desastres, era hora de esvaziar a cabeça e descansar. Após passar os grandes portões de Mondstadt, você foi diretamente até a cabine de Katheryne, acenando para ela com um sorriso cansado em seus lábios.
› — Ad Astra Abyssosque! Bem-vindo de volta a Guilda dos Aventureiros, Cavalheiro Honrado.
› — Boa noite Katheryne. Eu terminei todas as missões diárias, não sobrou sequer um Hilichur!
Ela deu uma risada doce e sútil, assentindo com sua cabeça. Em seguida, se abaixou em frente ao balcão e tirou dali uma caixa mediana, a tradicional caixa que continha as recompensas das missões que eram impostas aos aventureiros todos os dias após a conclusão de todas elas. Ela pôs as mechas de seus cabelos atrás de sua orelha, empurrando a caixa para a beirada do balcão em sua direção.
› — A Guilda dos Aventureiros agradece seu suporte, essas são as recompensas de costume.
Você agradeceu, pegando a caixa e saindo dali com Paimon atrás de si. Andando até as escadas que subiam Mondstadt, você se sentou em um dos bancos próximos a fonte, abrindo a caixa cuidadosamente para pegar suas recompensas. Eram coisas que não podiam ser carregadas em bolsos, então, você simplesmente pegou seu Bule de Relacha com Paimon, o pondo no chão flutuando em sua frente. Mas, quando você iria entrar, Dilluc se aproximou de ti enquanto coçava a cabeça.
› — Viajante, você pode me fazer um favor? Sei que seu horário já acabou, mas eu não consegui resolver aquilo sozinho, infelizmente.
› — Um problema que nem o grande Dilluc conseguiu resolver? Ficarei feliz em ajudar. — Você disse rindo, guardando o bule e se levantando.
› — Você é muito gentil. Vamos, é na taverna.
Vocês dois andaram até a taverna calmamente sem dizer sequer uma palavra, finalmente chegando no local. Dilluc empurrou a porta, e logo quando entraram, deram de cara com Eula, sua velha amiga, bebendo inúmeros copos de vinho. Atrás do balcão estava Charles, o barman que sempre servia de bom grado todos os clientes, embora sua expressão não fosse das mais amigáveis agora. Dilluc apenas suspirou, lhe chamando para um canto da taverna para conversarem.
› — Eula está aqui desde as cinco da tarde, e até agora não parou de beber por um momento sequer; palavras de Charles, o coitado está atrás daquele balcão a tarde inteira já. — Dilluc riu baixo, cruzando seus braços. — Pode tirar ela daqui? Vocês são amigos, imagino que tenha mais facilidade de lidar com ela nesse estado.
› — Ela é uma boa pessoa, apenas é complicada.
Dilluc apenas suspirou, sentando-se numa mesa com copos sujos e cartas de baralho espalhadas pela mesma. Parecia cansado, seus cabelos ruivos estavam levemente bagunçados, e nem mesmo vestia seu sobretudo escuro mais, apenas sua blusa branca com sua gravata. Então, você se aproximou de Eula, sentando-se no banco em frente a mesma e sorrindo desajeitadamente, começando a conversar com dificuldade com ela para ela parar de beber, e então, finalmente ir descansar em casa naquela noite calma e estrelada.
[ ... ]
Depois de muitos minutos ali, você finalmente conseguiu a convencer a ir para casa. Agora quem parecia exausto era você, sua garganta estava seca de tanto falar seguidamente; mas Dilluc aparentemente havia percebido isso enquanto lhe observava atentamente do mesmo lugar aonde havia ficado anteriormente.
Ele se levantou calmamente, se aproximando do balcão e ficando atrás do mesmo, se debruçando nele enquanto colocava seus olhos vermelhos em você, e como resposta você apenas sorriu cansado.
› — Acho que terminei por aqui. Qualquer problema, você sabe onde eu moro, Dilluc.
› — Viajante! Antes de ir, não quer beber algo? Você parece com sede depois de tanto jogar conversa fora. — Ele sorriu, voltando a ficar com sua postura ereta. — Vou lhe servir um copo de vinho.
› — Se você insiste, não sou eu quem vou negar.
Apenas vocês dois estavam naquele bar silencioso e bem iluminado. O balcão com inúmeros copos de vinho já vazios, e em cima dele, o pano que o Barman ultilizava para limpar o mesmo, o qual estava levemente sujo com a bebida, assim como a madeira escura e fosca. Dilluc teria muito trabalho ali, afinal, as mesas estavam no mesmo estado de bagunça. Enquanto você pensava, Dilluc deslizou uma taça de vinho pela metade até você no balcão, se escorando no armário de bebidas já com sua expressão séria no rosto novamente.
› — Apenas um copo, uhm? Não quero ter que lidar com mais nenhum bêbado por hoje.
› — Na verdade, eu estava pensando em te ajudar aqui depois que bebesse esse vinho. O que acha?
› — Não é preciso. Eu já estou acostumado com essa bagunça no fim do dia, eu consigo arrumar tudo mais rápido do que você pensa.
› — Mas duas pessoas são mais rápidas do que uma! Ou três, caso contemos a Paimon... — Você iria olhar para a pequena que estava sempre em sua volta, mas ela não estava mais ali. — Ah. Ela já foi para casa a essa hora da noite.
› — E você deveria fazer o mesmo.
Você apenas bufou, bebendo um gole longo do vinho doce e suave. As bebidas de Mondstadt eram realmente divinas, e apenas de degustar aquele vinho, você sentia como se seu corpo inteiro esquentasse instantaneamente. Terminanso de beber, você pôs a taça em cima do balcão novamente, olhando para Dilluc com um sorriso sem graça nos lábios. Ele apenas arqueou uma sobrancelha, pegando a taça e a guardando novamente com as outras sujas que estava ali.
Pegando o pano que estava no canto do balcão, você se levantou e foi até às mesas, começando a passar o mesmo na madeira escura enquanto bocejava sonolentamente. Queria ajudar Dilluc antes de sair dali, e embora ele tivesse negado sua proposta, iria fazer de qualquer forma. Mas, enquanto você limpava a mesa, sua mão foi pressionada contra o pano firmemente, fazendo você dar um pequeno salto de susto; era Dilluc, e sua expressão continuava séria como antes.
› — Você não precisa me ajudar. Vá para casa, já fez muito por mim por hoje, e eu sou grato.
› — Isso não é incomodo algum! E eu gosto de você, é o mínimo que posso fazer para demonstrat. — Você sorriu sem graça, vendo Dilluc corar e diminuir a pressão em sua mão.
› — Na verdade, eu...
O ruivo parecia enrolado em suas palavras, tendo dificuldades para por seus pensamentos em falas. Você sorriu enquanto ainda o olhava, mas então, a porta se abriu novamente, e agora Venti havia chegado na taverna. Dilluc fez uma expressão furiosa em seu rosto, e você percebeu o que aconteceria ali caso Venti começasse a pedir bebidas incansavelmente. Você soltou o pano, se aproximando do rapaz e passando seu braço por trás do pescoço dele, sorrindo para o mesmo enquanto fazia ele voltar para a porta por onde havia entrado.
› — Venti! Quanto tempo, uhm? Vamos conversar lá na rua! Temos muito para falar agora.
› — Não podemos conversar aqui dentro? Eu estou doido para beber um pouco de vinho!
› — São conversar particulares. Vamos lá.
Venti assentiu, saindo da taverna junto com você. Antes de saírem, você olhou para Dilluc, acenando para o mesmo como despedida, recebendo um sorriso meigo dele junto de um aceno em troca. Ele parecia grato pela sua ajuda, e ver aquele sorriso tão raro lhe deixava extremamente contente com aquele dia produtivo.
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' One-Shots › Genshin Impact.
FanfictionHistórias de capítulo único com personagens específicos. Aceito pedidos de personagens, mas não garanto fazer.