' Em Quem Deveríamos Confiar? '

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› Bennet e Aether
pedido feito por amendoim_____

- Qual é, viajante. Dessa vez vai dar certo! - Era Bennett lhe chamando para mais uma aventura, embora a última tivesse rendido apenas vários arranhões pelo seu corpo. - E eu posso ir na frente! Desse jeito, você não irá se machucar.

- Acabamos de quase morrer, tivemos o azar de encontrar com mais de quinze slimes!

- Ehe... Eu já estou acostumado com essas situações. Dessa vez, eu levarei uma refeição especial. - Bennett abriu sua sacola, fuçando nela. - Veja! Ganhei de um alquimista estranho, ele disse que poderia nos deixar invisível!

Você arqueou uma sobrancelha, se aproxando de Bennett com seu corpo atlético e claro. Se inclinando, você conseguiu ver as inúmeras bugigangas que Bennett tinha em sua bolsa de couro, essa que tinha remendos por todo canto da mesma. Suspirando, você voltou a abraçar suas pernas sentado na grama na beira do rio de Mondstadt.

- Isso não parece confiável... Quem que te deu isso? - Você fez bico com seus lábios, olhando para o rosto concentrado de Bennett. - Você devia parar de confiar tanto em estranhos por aí.

- Ele parecia legal, então eu aceitei. - Bennett sorriu sem graça, coçando sua nuca enquanto segurava o pote de plástico. - Dê uma olhada.

Você se aproximou dele, sentando-se mais próximo do mesmo enquanto pegava o pote de suas mãos, o colocando no gramado e abrindo com cuidado. Uma fumaça escura e um cheiro extremamente forte saiu dali, fazendo você fechar seus olhos com força e recuar o rosto. Bennett arregalou os olhos, fechando o pote novamente, mas não o pegando para o guardar.

- Eu posso comer para testar. Deve ser algo mágico, por isso... - Bennett foi interrompido por você, jogando sua própria cabeça para o lado enquanto lhe olhava.

- Vamos jogar isso fora! Por Barbatos, Bennett... Como você poderia comer uma coisa dessas?

Sorrindo sem graça, ele se levantou, esticando sua mão para você se levantar junto com ele. Você aceitou a ajuda, limpando sua calça suja com a terra do chão que estava sentado. Enquanto isso, o garoto minimamente maior pegou o pote, o girando entre suas mãos enquanto analisava o pote, esse que também não estava com a melhor das aparências. Tu apenas cruzaste teus braços, observando o que ele fazia atentamente.

- Eu não posso negar um presente.

- Você poderia o jogar fora assim que virasse a esquina. - Você riu baixo, vendo ele curvar suas sobrancelhas. - Não se sabe o que é isso.

- Isso não foi nada educado.

Vocês dois começaram a andar para dentro de Mondstadt novamente, passando pelo guarda no portão, esse que fez uma expressão enojada instantaneamente quando vocês passaram; era por conta do cheiro forte daquela comida. Então, sentaram-se num banco afastado da praça principal para não incomodar os habitantes locais. Bennett deixou o pote no chão e pôs seus ante-braços em cima de seus joelhos, ficando com sua postura curvada enquanto olhava para os próprios pés calçados pelas botas gastas. Você apenas se jogou para trás no banco, observando o céu azul e limpo de Teyvat.

Bennett bufou, voltando com sua postura ereta em cima do banco de madeira. Ele tirou do bolso da bermuda um papel e um lápis quase acabado, começando a escrever no mesmo com sua letra cursiva. Você arqueou uma sobrancelha, pondo seu braço no ombro do mesmo enquanto lia o que ele escrevia ali.

- O que é isso?

- É um livro com anotações. - Ele terminou de escrever, fazendo uma estrelinha no final. - São todos os conselhos que você me deu. São muito importantes para mim esquecer depois, sabe?

- Ah, Bennett... São coisas básicas de aventureiros. E você é o meu companheiro de aventura, como eu poderia não te ensinar essas coisas?!

- Somos um time de verdade? Tipo, fazer viajens juntos e acabar com slimes e hillichurs? - Ele disse entusiasmado, fechando o livro. - Você é a minha maior inspiração de aventureiro.

- Claro! Por que não perguntamos para Katherine se há alguma missão agora?

- Vamos!

Ele se levantou num salto, começando a correr em direção a entrada de Mondstadt. Você riu e correu atrás dele, e acabaram esquecendo o pote ali no chão da praça. Chegando na cabine de Katherine, ele pôs suas duas mãos fechadas em cima do balcão de madeira, vendo ela sorrir desajeitadamente. Você chegou em seguida, passando seu braço por trás do pescoço de Bennett.

- Tem alguma missão Katherine?

- Claro! Eu recebi um pedido da Catedral. Está tudo muito empoeirado, e as irmãs não conseguiriam limpar tudo a tempo da apresentação de hoje.

- Uhm. Uma missão de... Varrer a catedral? - Bennett parecia desanimado com isso. Você riu, assentindo para Katherine. - Aventureiros também fazem isso Bennett, não sabia?

- Se você diz, vamos lá então.

[ ... ]

Depois de longas horas varrendo todo o interior da grande catedral, o chão claro agora brilhava de tão limpo. Bennett se jogou cansado num banco e você se encostou na vassoura de madeira, sorrindo para ele enquanto secava um fio de suor que caia de sua testa.

- Uff... Isso cansa demais! Eu nunca varri tanto.

- Eu te disse que era uma missão digna. - Você riu baixo, pegando a vassoura de Bennett e indo a guardar na dispensa. - Vamos falar com Katherine?

- Claro. Acho que já descansei suficiente.

Vocês dois saíram da catedral, começando a ir em direção a cabine novamente. Durante o caminho, vocês ouviram um grito vindo da praça, e seguidamente algo caindo no chão.

- Ah! Que cheiro tenebroso! - As mulheres falaram, e vocês arregalaram os olhos. - Por Barbatos, quem poderia fazer algo tão ruim?!

Vocês dois começaram a correr rindo para a entrada de Mondstadt, descendo apressados a escadaria. Haviam se lembrado que tinham esquecido o pote lá, e agora não conseguiram mais parar de rir enquanto respiravam ofegantes porque corriam e riam.

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⏰ Última atualização: Aug 04, 2021 ⏰

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