Capitulo 1

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POV'S CAROLINA 

As férias estavam chegando ao fim, e eu não tinha a mínima ideia de onde iria estudar, já que o colégio aonde eu estudava estava passando por uma enorme crise, correndo o risco de ser fechado.

Boatos diziam que os donos haviam vendido o Colégio e ele passaria por uma enorme reforma, mas não era nada concreto, não passavam de boatos.

Estava no meu quarto, dedilhando as teclas do meu antigo teclado, as notas dançavam em meus ouvidos, formando a melodia de Yellow do Coldplay, não existia nada que me trazia a mais profunda paz do que a música, independente do instrumento que ela era tocada, ela tinha a grande capacidade de se conectar a minha alma com grande facilidade.

Estava tão concentrada nas notas que não vi quando a empregada da família entrou em meu quarto, apressada como sempre e cheia de afazeres.

Judith ou Judy como prefiro chama-la, é com certeza a pessoa mais adorável e simpática que já conheci em toda minha vida, confio nela de olhos fechados, se eu matasse alguém e precisasse esconder o corpo, era para ela quem eu ligaria, pois sei que mesmo correndo risco de morte, ela jamais me entregaria.

Desde pequena meus pais sempre viajavam à trabalho e era Judy que cuidava de mim de mim, quando eu não precisava ir para a casa dos meus avós, por esse fato ela acabou se tornando uma segunda mãe para mim e é assim que eu a considero, muito mais do que uma mera empregada, não sei o que seria de mim sem ela em minha vida. 

- Carol? – chamou-me Judy com sua voz doce.

- Oi Judy? – respondi sem tirar os olhos das teclas.

- Chegou uma carta para você. – Ela me estendeu a carta, levantei o rosto e a encarei confusa.

— Uma carta? – indaguei, peguei a carta da mão dela e a examinei, logo vi o brasão da escola, passei o dedo lentamente sobre ele sentindo sua textura, tinha o formato de um escudo medieval, no meio havia uma fênix de asas abertas, e abaixo dela uma faixa escrito o nome da escola em letras de forma, aumentando ainda mais minha curiosidade. 

Judy terminou de guardar as roupas, tirou o pó da minha estante e se virou para sair do quarto.

- Judy – chamei.

- Oi? - Respondeu imediatamente, girando os seus pés para me olhar.

- Não quer ficar e descobrir junto comigo o que diz nessa carta? – Lanço um sorriso para ela, balançando a carta em minha mão, sei que assim como eu, ela também está curiosa.

- Minha pequena, não posso ficar me intrometendo nos assuntos pessoais de vocês – disse ela.

- Para de besteira Judy, você melhor do que ninguém sabe das minhas coisas pessoais, você é quase uma mãe pra mim – Comecei a ler em voz alta e ela me olhava atentamente. 

Prezada Carolina Voltan Marzin,

Venho através dessa carta, informa-la que o colégio Lawrence Chars Baker, a partir desse ano passará de um colégio particular, para um colégio interno, pois assim poderemos dar uma melhor qualidade de ensino. O endereço do novo colégio se encontra ao verso dessa folha. O colégio busca o melhor para os nossos alunos, desde educação de qualidade, conforto, lazer e diversão.

Aguardo ansioso todos vocês!

Grato!

Diretor Jonas G Walters 

- Eu não acredito! – Um grito coletivo foi escutado dos três quartos e em seguida portas foram abertas.

- Judy a escola virou uma prisão, eu não posso ir para lá. – Falei desesperada.

- Não deve ser tão ruim assim Carol. – Comentou.

Lá de baixo já se ouviam os gritos, se eu não estou contente com essa ideia de "colégio interno" era óbvio que os meus irmãos também não estariam, temos uma vida aqui fora. 

- Parece que não sou só eu que não concordo. – Corri até a escada, para escutar melhor a discussão.

- Eu não quero ir para esse lugar. Eu sou um passarinho tenho que ser livre para voar, me recuso a ficar em gaiola – Resmungou meu irmão do meio Arthur.

Enquanto Arthur resmungava, minha mãe estava sentada no sofá de braços cruzados, algumas vezes massageava suas têmporas, olhando para ele com uma expressão descontente e cansada.

- Não fale bobagens Arthur – Minha mãe colocou as mãos em suas têmporas, respirou fundo e olhou para meu irmão que estava a sua frente visivelmente irritado. – Vai ser melhor para você meu filho, confie em mim. – Ela se levantou e colocou a mão gentilmente no braço dele.

- Melhor como mãe? Ficar preso é melhor para mim? Me mandem para a cadeia então, é bem melhor do que ficar preso em uma escola – Retrucou Arthur, como sempre muito dramático.

Minha mãe soltou um longo suspiro e novamente voltou a massagear suas têmporas, como se estivesse cansada de tudo aquilo.

- Você vai aprender a ser responsável e maduro, esse colégio vai ser a melhor coisa que vai te acontecer – comentou ela.

- Eu concordo com o Arthur mãe, eu não quero "morar" (Fez aspas com os dedos) com aquelas pessoas, eu tenho uma vida fora da escola - Concordou Milena, aparecendo na sala com as mãos na cintura encarando nossa mãe. – Todos concordamos que isso será pior para gente, não é mesmo Carol? – Ela me olhou da ponta da escada, com o intuito de que eu falasse algo para convencer nossa mãe. 

- Seu pai e eu só queremos o melhor para vocês. – Minha mãe comentou e me olhou desesperada, como se me enviasse um pedido de socorro mentalmente, para que eu não aumentasse ainda mais a discussão.

- Amam tanto que querem nos ver longe de casa e presos? – Falei descendo as escadas.

Então, pela primeira vez, nós três estávamos concordando em algo. Uma simples carta foi capaz de causar uma grande discussão, onde só se escutavam gritos e mais gritos protestando sobre ir para o colégio interno, minha mãe já estava prestes a enlouquecer, quando de repente sua salvação entra pela porta.

- Eu não quero mais ouvir nenhuma reclamação! – Gritou papai autoritário entrando pela porta da frente, fazendo com que imediatamente todos nós ficássemos em silêncio.

Meu pai era o único que conseguia conter as constantes e diárias discussões, bastava um olhar para que em menos de alguns segundos o silêncio reinasse na casa.

- Vocês vão para esse colégio sem reclamar, e não quero ouvir mais nada sobre esse assunto, ou então nem aos finais de semanas vocês poderão voltar para a casa, estamos entendidos?

- Sim pai. – Respondemos os três em uníssono.

- Olhem pelo lado bom crianças, todos os seus amigos vão estar lá, a Thaiga, o Bak, a Barbara. – Minha mãe começou a falar, mas a interrompi. 

- A BARBARA? Podem me mandar para a prisão, vai ser melhor do que viver no mesmo ambiente que aquela idiota. – Resmunguei. 

Continua...

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Oiii Gente!

Bom esse é o Primeiro Capitulo, pretendo soltar mas dois caps hoje pra vocês.

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Bjos de luz <3 💋

I Hate Loving You (Eu Odeio Amar Você)Onde histórias criam vida. Descubra agora