I Hate Loving You (Eu Odeio Amar Você)

Capítulo 10

POV'S Carolina Voltan  

Entrei no meu quarto e comecei a procurar meu biquíni, assim que encontrei, entrei no banheiro para me vestir, o biquíni era preto e cheio de flores azuis, abri a porta cautelosamente para ver se Barbara não se encontrava no quarto, sai do banheiro para pegar meu short e a toalha, quando de repente escuto um assobio, arregalo os olhos e me viro para trás, Barbara estava apoiada na porta com um sorriso pervertido, seus olhos passavam por todo o meu corpo, imediatamente pego a toalha e me cubro, sentindo minhas bochechas queimarem.

- Não precisa cobrir, eu estava gostando da vista - Barbara sorriu maliciosa e mordeu os lábios - Então era isso que você escondia embaixo de toda aquela roupa.

- Cala a boca Barbara!

Passei o resto da tarde na piscina com os meninos, Thaiga e Isa também se juntaram com a gente, a noite fomos comer pizza no refeitório, não ficamos até tarde pois precisaríamos descansar para o primeiro dia de aula.

[...] Dia Seguinte

Você sabe quando o dia vai ser ótimo, quando ainda é 7h30min e você está batendo furiosamente na porta do banheiro e berrando com a sua incrível colega de quarto que se arruma feito uma tartaruga sonolenta.

- Passos! Sai logo daí! - Berrei, batendo na porta - Eu vou me atrasar!

- Já estou indo Marzin! Se não quisesse se atrasar, acordasse mais cedo, coração - Barbara resmungou, sua voz é abafada pela água do chuveiro.

- Pelo amor de Deus, você vai para a aula e não se casar - Retruquei, ainda batendo na porta.

Ela não respondeu apenas começou a cantar a cantar o refrão de "RU Mine" do Arctic Monkeys, com direito a segunda voz, a raiva queimava dentro do meu peito.

- Juro que assim que você sair, eu te mato! - Gritei

- Se quisesse me matar, faria isso enquanto eu estivesse dormindo - Ele disse abrindo a porta.

Barbara saiu do banheiro com a toalha enrolada em sua cintura, e com um top preto, as gotículas de água ainda dançavam por seu corpo, seus cabelos estavam molhados e bagunçados como sempre, fiquei abismada de como ela havia mudado desde a última vez que nos vimos.

Com certeza aquele corpo todo definido era resultados de boas horas na academia, passei os olhos por suas tatuagens, havia uma escrita do lado direito nas costelas que eu não consegui identificar do que se tratava, uma pena do lado esquerdo nas costelas e uma rosa ao lado direito das costas, a única que eu conhecia o significado, pois era uma homenagem para sua mãe, já que era a flor preferida dela, porém a maioria das tatuagens foram feitas para irritar seu pai.

Infelizmente eu não podia negar a beleza de Barbara, de uma forma que eu não havia reparado antes, era extremamente estranho a forma como eu não conseguia desviar meu olhar, como se tivesse um imã que me atraísse para olhar para ela. Volto a realidade quando sinto o olhar de Barbara sobre mim, juntamente com um sorriso malicioso.

- Está gostando do que vê? - Perguntou rindo

- Sai da minha frente! - Falei empurrando-o

Corro pelos corredores como se aquilo dependesse da minha vida, tenho quase certeza que a escola foi projetada para se parecer com um labirinto, para evitar que os alunos se atrasem, dobrei o corredor sentindo a mochila pesar em meus ombros me impedindo de ser mais rápida, enquanto me desequilibrava e caia no meio do corredor vazio.

- Qual é! Tem como piorar? - Exclamei, pegando minhas coisas do chão.

- Pois não? - Disse um professor abrindo a porta, presumi que era o de Química pelo seu jaleco.

- Me atrasei - Contei, recuperando o fôlego.

- A senhorita é Carolina Voltan Marzin? - Questionou

- Sim - respondi confusa.

- Sua colega de quarto nos avisou que a senhorita está com problemas intestinais, se não se sentir bem pode ficar no quarto querida. - Disse o professor apertando gentilmente meu ombro.

- Problema intestinal? Ela disse que eu estava com dor de barriga? - Falei trincando os dente

- Se precisar correr pode ir, você tem minha permissão - O professor sorriu amigável.

- Eu estou bem professor - Sorri e entrei na sala.

Assim que adentrei a sala, todos os olhos se voltaram para mim, senti minhas bochechas corarem e minhas pernas se esqueceram como andam, tropecei em meus próprios pés, derrubando novamente meus livros no chão, todos começaram a rir, intensificando ainda mais a vergonha daquele dia, recolho rapidamente minhas coisas do chão e caminho apresada até qualquer cadeira vaga

Meu coração bate acelerado e as minhas bochechas queimam, o cabelo na frente do rosto me impede de fazer contato visual com o resto da sala, respiro fundo tentando me acalmar. Lanço um olhar para Barbara e mexo os lábios formulando a frase "Você está morta", ela ri, aperto as unhas na palma da mão, já prevendo o que viria a seguir.

- Hey Carol, se precisar usar o banheiro, por favor não use o do nosso quarto, você já o estragou essa manhã, pelo amor de Deus – disse Barbara alto o suficiente, para que todos os olhares se direcionassem novamente para mim e todos começassem a rir.

- Sinceramente Barbara você faria um bem enorme para o universo, se simplesmente não existisse, já que a única coisa que você sabe fazer é produzir lixo – revirei os olhos e abri meu livro, a sala inteira se uniu gritando "oooh"

[...]

Meu estômago doía e se comprimia suplicando por comida, já se passavam do 12h00 e eu não havia comido nada pelo show de Barbara essa manhã, assim que as aulas acabaram corri para o refeitório para evitar a fila.

- Achei que você era do tipo de garota que se preocupa com o corpo - Comentou Brabox me dando espaço para sentar ao seu lado.

- Nesse momento tudo o que eu quero me preocupar é em matar a minha fome - ri, analisando a minha bandeija, que consistia em uma enorme fatia de pizza, um copo de Coca-Cola e um pudim.

- Está certo - ele riu

Depois do almoço teríamos aula de Ed.Fisica, mas o professor acabou optando por nos dispensar. Assim que cheguei no corredor onde ficava meu dormitório, notei uma movimentação estranha, homens iam e vinham carregando algumas caixas, por míseros segundos meu coração pulou de alegria ao imaginar que Barbara finalmente estava se mudando de dormitório, mas logo morreu assim que cheguei na porta e vi a mesma pagando um dos homens, eles se despediram com um aperto de mão, o homem passou ao meu lado e balançou a cabeça.

Passei os olhos pelo quarto e fiquei boquiaberta, agora no canto da parede havia um enorme sofá azul escuro e uma poltrona da mesma cor, na parede se encontrava uma enorme TV de plasma e um Videogame de ultima geração, não era de se esperar menos de Barbara Passos.

-  Achei que não era permitido essas coisas na escola - Comentei passando a mão no sofá que tinha um tecido bem macio e confortável.

- Marzin entende, quando se é um Passos você tem esses privilégios!

- Desculpa aí senhora mega importante, mas você só tem esses "privilégios" porque seu pai é dono do colégio.

- Como é que você sabe disso? - Perguntou confuso 

- Tenho meus contatos - Ri.

Continua...

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