Capítulo 12

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POV'S Carolina Voltan

A sensação de vitória e dever cumprido preenchia nossos peitos, sobrevivemos a mais uma aula de Snape e isso era motivo o suficiente para ficarmos felizes. Thaiga, Brabox , Austin e eu nos encontrávamos na arquibancada da quadra, esperando o teste dos novos jogadores de Futebol Americano e Nadadores, Austin faria o teste para futebol e Brabox para Natação.

- Austin? - Chamou Thaiga

- Oi?

- Acho melhor você ir fazer natação com o Brabox - Ela comentou.

- Por que? - Perguntou confuso

- Por que com esses bracinhos de frango, você vai acabar sendo esmagado, olha o tamanho desses garotos! Você não sobreviveria nem ao primeiro treino - Gargalhou ela e eu fiz o mesmo.

- Vou te mostrar o "braço de frango" - Disse Austin emburrado - Serei o melhor jogador que essa escola já conheceu!

- Thaiga você acaba de magoar o pobre coração de frango dele - Disse Brabox, nos fazendo rir.

- Vão se ferrar - Resmungou Austin

Passamos o resto da tarde vendo o treino dos meninos, os dois eram incríveis, tenho certeza que assim que os resultados saírem os dois entrariam para seus respectivos times.

Ao fim da tarde resolvi ir ao jardim para ler um pouco, caminhava lentamente observando a movimentação de alunos que iam de um lado para o outro, quando de repente esbarro em alguém e sinto um liquido gelado sendo derramado sobre minha cabeça e me sujando por completo, de uma maneira incontrolável e surreal a raiva queima em meu peito, aperto minhas unhas contra a palma da minha mão a sentindo arder, olho para cima e não esperaria outra pessoa, sinceramente as vezes acho que ele é a punição que o universo me deu por todos os meus pecados, dessa e de outras vidas.

- Além de babaca você é cega Barbara! Olha o que fez com meu livro - vociferei, observando o estado do meu livro, engoli em seco, sentindo meus olhos arderem e se encherem de água

Barbara me olhou por cima do celular e continuou digitando naquele maldito celular, como se nada tivesse acontecido.

- É só um livro Carol - disse Barbara com cinismo - Deixa que eu limpo para você - Ela puxou o livro das minhas mãos.

- Não encosta no meu livro! - Puxei o livro da mão dela e por algum motivo ela o segurou mais forte, o que resultou em uma capa rasgada e um livro encharcado de Milk Shake.

- Barbara soltou o livro e riu voltando a mexer na porcaria daquele celular, senti meu sangue ferver, meus músculos ficaram rígido e o maxilar travado, a risada dela ecoava em meus ouvidos como um barulho estridente e foi como uma faísca que pegou na pólvora por acidente fazendo a bomba explodir.

Arranquei o celular das mãos de Barbara e sem pensar nas consequências dos meus atos o arremessei pela janela, estávamos no quinto andar, então obviamente não sobrou absolutamente nada do celular. Barbara permaneceu estática me encarando, talvez processando o que havia acontecido, a palavra "limites" não existia mais quando se tratava de mim e de Barbara, nós já tínhamos ultrapassado qualquer uma de suas barreiras.

- Qual a porra do seu problema Carol? - Berrou olhando pela janela.

- É só um celular Barbara - Falei cínica com uma risada sarcástica.

- Você não quer comparar um livro de 11 dólares com um celular de 399 dólares - ela vociferou.

- Barbara, você pode muito bem comprar outros 10 celulares, mas nenhum outro livro vai substituir aquele, ele tinha um valor sentimental para mim - comentei sentindo meus olhos ficarem marejados.

Aquele livro realmente tinha um valor muito grande para mim, foi o primeiro livro que eu havia ganhado da minha vó pouco antes dela morrer, por anos tentei ter coragem para lê-lo e quando finalmente consegui, alguém vem e o destrói? Era como se uma parte dela estivesse ficado comigo, como se ao ler aquele livro eu conseguisse senti-la em mim, mas agora ela se foi para sempre.

- Poxa, até caiu uma lagrima aqui - disse Barbara com sarcasmo. Como se minha mão tivesse vida própria, proferi um forte tapa no rosto de Barbara, sem pensar duas vezes - Quem você acha que é para ficar fazendo isso? - Ele segurou meu braço com força

- Sou Carolina Voltan! E farei quantas vezes precisar - Puxei meu braço com força, me sentia ridícula por ter que olhar para cima para encará-la

E então o pátio se transformou em um verdadeiro campo de batalha, começamos a discutir, com certeza aquela foi uma das discussões mais feias que já tivemos, sem surpresa alguma fomos parar na sala do diretor, é claro que a discussão não acabou por isso.

Depois de muita discussão o diretor resolveu que teríamos que limpar o refeitório como castigo, segundo ele isso iria ajudar a gente a amadurecer e resolver nossas diferenças civilizadamente, acho totalmente o contrário, deixar Barbara e eu perto de instrumentos afiados, só fará com que a gente se mate mais rápido.

É como já dizia a frase épica da nossa querida rainha vermelha: CORTEM-LHE A CABEÇA!

Continua...

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Não me matem pelo capitulo mais curto, mas foi só pra dar uma emoção!

Mas não sei não em Barbara e Carol sozinhas no refeitório, acho que pode acontecer muita coisa. O que vocês acham?

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Vocês não perdem por esperar!

Bjos de luz <3 💋

I Hate Loving You (Eu Odeio Amar Você)Onde histórias criam vida. Descubra agora