I Hate Loving You (Eu Odeio Amar Você)

Capítulo 14

POV'S Carolina Voltan Marzin

- Qual é o seu problema? - Perguntei me virando para ela

- Ops, me desculpa Carol, joguei água no chão, mas você é tão pequena que não te vi aí - gargalhou

Fechei os olhos e respirei fundo, tentando manter a calma, estava muito cansada para discutir com Barbara, assim que voltei abrir os olhos, Barbara olhava para mim com uma expressão maliciosa, mordendo o lábio inferior, olhei para baixo e senti minhas bochechas queimarem, com a água minha blusa havia ficado transparente deixando amostras meu sutiã.

Sem me dar o trabalho de xingá-la, joguei a água que havia no meu balde em cima dela, o que não deu muito certo já que a mesma revidou, criando uma guerra de água, começamos a correr como duas crianças se molhando

Enquanto corríamos pelo refeitório, acabei escorregando e levando Barbara junto, ela caiu por cima de mim, suas mãos estavam apoiadas ao lado do meu corpo, arregalei os olhos encarando seus olhos, de um castanho claro intenso era fácil se perder em seu olhar, olhava sem disfarçar para minha boca, quase como se tivesse hipnotizada, meu coração se acelerou e um sinal de "perigo" soava em minha mente quando ela começou a se aproximar.

- Que bagunça é essa? – gritou o diretor entrando no refeitório, nos levantamos rapidamente, minhas bochechas queimavam, engoli em seco, encarando meus sapatos – Eu falei para vocês arrumarem o refeitório e não tomarem banho!

- Desculpa diretor - Barbara desligou a caixa de som, que estava tocando Bad, do David Guetta.

- Terminem logo isso! Ou aumentarei o castigo de vocês - Disse o diretor saindo do refeitório.

Minhas bochechas ainda queimavam, meu corpo inteiro tremia e eu tinha certeza que não era pelo frio, meu coração batia acelerado como se pudesse escapar pela minha garganta, não conseguia se quer encarar Barbara, me sentia envergonhada e constrangida, acredito que ela também, já que terminamos de limpar o refeitório no mais profundo silêncio.

[...]

Por incrível que pareça uma semana se passou rápido demais, não me importaria que esse ano acabasse tão rápido quanto essa semana, aliás quanto mais rápido for, mais rápido me livro de Barbara Passos, ultimamente era a única coisa que eu sonhava. Como de costume após uma semana do início das aulas, o colégio oferecia uma festa de boas-vindas a todos os alunos, achei que essa tradição não continuaria depois do colégio ter se tornado interno, mas ainda bem que continuou, essas festas sempre eram incríveis

Naquela manhã acordei mais feliz do que esperava, não havia motivo aparente só estava feliz e com o coração leve, me espreguicei e fui fazer minhas higienes matinais. Barbara ainda se encontrava dormindo, estava deitada de bruços, corri os olhos por toda a extensão de suas costas nuas, ri sozinha, era impossível não notar o quão perfeita era a sua bunda e todas as suas curvas, engoli em seco e afastei esses pensamentos quando a mesma se virou de lado, mas então como um desenho animado uma luz de ideia se acende em minha cabeça.

Sorrio malignamente, geralmente em dia de festas os alunos sempre fazem festa uns com os outros, no ano passado Barbara caiu em uma feita por seu amigo bêbado, não sei exatamente detalhes do que aconteceu, mas sei que de algum jeito Barbara tomou um banho de tinta azul permanente e ficou desfilando pela escola durante uma semana completamente azul feito um smurf gigante, nunca ri tanto na minha vida.

Decidi fazer o mesmo, mas não tão cruel assim, porque sei que no quesito de pegadinhas Barbara pega muito pesado e eu não quero ter que ficar andando pela escola completamente azul. Caminhei silenciosamente no banheiro, peguei o balde que fica dentro do armário e enchi com a água gelada do chuveiro, quando digo água gelada, é água gelada mesmo, do tipo que só falta sair pedras de gelo no lugar da água.