Capítulo 10 - Eight Missed Calls

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"Alô, CheeChee!"

"Chancho, como você está?" A voz de Dinah soou do outro lado da linha.

Eu sorri, era bom, finalmente, poder conversar com minhas amigas decentemente. DJ me convidou para ir até a sua casa, pois, como aquilo sempre estava uma bagunça, não teria muita diferença nós ficarmos conversando alto e rindo, como fazíamos. Normani e Ally também estariam lá.

Eu comprei qualquer lanche do McDonald's e avisei aos meus pais que iria diretamente para a casa de Dinah. Eles não se importaram, pois ela sempre foi uma ótima companhia.

A casa de Dinah parecia-se com uma grande pensão. Ela morava com vinte e quatro pessoas, todos seus parentes. DJ costumava ir dormir na minha casa quando precisava estudar, pois com todo o barulho constante daquele lugar, era meio impossível. Ainda assim, a sua família era maravilhosa.

Eu sequer anunciei que estava entrando, pois já era quase parte da família também. Apenas subi até o quarto de Dinah, onde ela me esperava com as meninas. Fazia apenas cinco dias que nós estávamos sem nos ver, mas parece que tudo mudou, talvez eu tenha tido essa impressão porque os cabelos de Dinah estavam mais loiros do que da última vez.

"Mila!" Normani gritou e veio me abraçar, logo Ally e Dinah notaram a minha ilustre presença.

Eu me joguei sobre um dos colchões vazios, enquanto as três vieram se sentar perto para saber das novidades.

"Como foi com a Laurenzo?" Ally perguntou, com um sorriso de orelha a orelha.

Eu dei uma risada, "Ah, é claro que a Dinah iria te contar esse infeliz apelido."

"Não fuja do assunto!" Ally repreendeu, fitando-me intensamente.

"Ok. Foi legal... Não era a jaula do tigre. Lauren é uma inválida inteligente, ela gosta de literatura romântica e pinta quadros, ela desenha e escreve também, e vocês precisavam provar a comida dela. Sério, ela cozinha muito bem." Ally ameaçou falar algo, mas eu a interrompi. "Ela adotou um cachorrinho para mim, o Leo, mas eu não o trouxe. Lauren me apresentou alguns lugares de Los Angeles, eu pensei que fosse uma cidade destruída, mas é linda. Nós podemos passar as férias lá."

"Certo, Camila, você gosta dela." Mani suspirou.

"Não! Ela é uma inválida." Eu rebati. "Nós apenas nos demos bem. Lauren teve inúmeros motivos e chances para me matar, no entanto, foi bastante controlada."

"Eu estou com a Mani." A pequena Ally balançou sua cabeça positivamente. "Não é porque inválidos não podem amar, que você não pode amá-los."

Eu rolei os olhos. Eu não estava gostando de Lauren, muito menos a amando. Ally tinha essa mania de querer ser cupido, e Normani estava, visivelmente, afetada. Eu apoiei minhas costas na parede atrás de mim e encarei Dinah, ela estava em silêncio, concentrada no celular. Que ótima amiga, ainda nem havia me dado um abraço!

"Nós queremos a foto da inválida!" Ally estalou os dedos na minha frente. "Não é, Mani?" Ela depositou um tapinha na coxa de Normani. "Concorde comigo, Manibear!"

"Sim, nós queremos a foto." Normani repetiu, entediada.

Eu retirei o telefone do bolso da minha calça jeans e abri a galeria de fotos, procurando pela imagem da inválida. Ali estava, Lauren com sua roupa esportiva, os longos cabelos negros contrastando com a pele pálida, iluminada pelo sol, e os olhos verdes. A praia atrás era um belo cenário. E, droga, ela era mais bonita ainda.

Ally apanhou o celular da minha mão e analisou a foto, "Wow. Ela é linda."

"É mesmo." Normani concordou, com a cabeça apoiada no ombro de Allyson.

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