Capítulo 17 - OT5

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"O que vocês fazem aqui?" Eu gritei, encarando as três demônias que estavam sentadas no sofá, em uma conversa, aparentemente, agradável com Lauren.

"Boa tarde, Chancho, adorei te ver também, a propósito." Dinah sorriu e resgatou sua conversa com a inválida, como se eu não estivesse ali.

"Alguém pode me explicar?" Joguei as mãos no ar.

Normani se pôs de pé e veio até mim, "Mila, nós resolvemos vir conhecer a Lauren. Já estava na hora."

"E por que não me avisaram?" Eu perguntei entredentes.

"Nós avisamos, te mandamos diversas mensagens no celular." Mani franziu o cenho.

Droga, maldito dia para eu resolver me afastar da tecnologia. Eu deveria ter carregado a porcaria do telefone comigo. Lembrete: nunca mais me desconectar.

Ally estava animada batendo palminhas, abraçada à inválida como se ela fosse sua amiga de infância. Lauren não estava muito atrás, seus olhos estavam esbugalhados, eu suponho que ela estivesse assustada com toda a movimentação, mas, ainda assim, parecia estar gostando das meninas, enquanto assimilava todas as falas ao mesmo tempo.

Normani me puxou para sentar junto delas e eu fiz questão de ficar ao lado de Dinah.

"Sua desgraçada." Soprei contra sua orelha.

Dinah me encarou, aparentemente ofendida, "Nem vem, isso foi ideia da Allyson."

Eu desviei um olhar fuzilante para Ally e falei baixinho, para que apenas ela entendesse, "Sua desgraçada."

Ally levou a mão ao peito, deixando que os cantos da sua boca caíssem e seus olhos se transformassem em duas órbitas tristes.

"Não fale essas coisas para Allyson." Dinah me repreendeu e foi abraçar a menor.

Ótimo, agora eu era a vilã da história. Eu realmente gostaria de entender para que tanta curiosidade. Eu sempre lhes contava tudo o que acontecia, não havia necessidade de elas brotarem em Los Angeles, dentro da casa da minha inválida. É aquela velha história das pessoas que não se contentam em ver, pois tem que tocar.

Controlei a minha respiração e tentei melhorar minha cara. Afinal, eu não odiava as minhas amigas, eu apenas estava desconfortável com aquela situação. Pelo menos elas haviam se dado bem com a minha garota, quero dizer, seria bem pior se eu chegasse aqui e tivesse que encarar um cenário de assassinato.

"Então quer dizer que vocês já são amigas." Eu sorri, forçando simpatia.

Lauren torceu a boca, "É... Uh, elas são legais."

Eu ergui as sobrancelhas e resolvi causar um pouco de polêmica, "Qual a sua preferida?"

Ally a fitou com os olhos semicerrados, "Pense bem no que vai responder, Jauregui."

"Claro que é a Ally." Lauren deitou a cabeça no ombro de Allyson.

Lauren e Ally se deram muito bem. Bem até demais para o meu gosto. Quero dizer, elas se conheciam fazia o quê? Umas três horas, no máximo? Lauren me deu patadas quando me conheceu. Eu não entendia toda aquela afinidade. Tudo bem que era meio impossível não gostar de Ally, pois ela era a pessoa mais adorável de toda a face da Terra. Não havia um único ser humano no mundo que não amasse ela. Agora Ally poderia acrescentar uma inválida a sua lista.

Depois de muita conversa e de eu descobrir que minhas amigas foram cara-de-pau o suficiente para pedir que Lauren as buscasse no aeroporto, a mesma decidiu que iria pedir uma pizza para nós, pois já passava da hora e nós ainda não havíamos almoçado.

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