Vendida para o dono do morro.

Capitulo Vinte e Três

Nego on.

Estava indo tudo conforme o planejado, tudo na paz e com muita felicidade. Cada dia da minha vida eu tento melhorar, essa é minha meta.

Acho que um dos meus maiores objetivos em meio a tudo isso era sair do tráfico, eu amava ostentação, amava a vida que eu levo, mas hoje não é mais isso que eu quero pra mim. Eu simplesmente cansei e enjoei.

Estou disposto a tentar limpar meu nome de alguma forma, já sou formado na escola e vou em busca de uma faculdade ou algum curso pra eu tomar algum rumo. A verdade é que ninguém sabia dessa minha ideia e no momento eu não queria falar.

Sempre fui do tipo que faz primeiro e depois fala, vai saber se da errado né não?

Minha mulher tá muito linda, tenho orgulho da mulher que ela é e da mãe que ela vai ser. Ela é tão cuidadosa e dedicada.

Diogo: Acorda, filhão – falou me tirando dos pensamentos – vamos trabalhar, tem que fazer as contagem das armas que chegou.
Nego: Vamo la então

Fiz a contagem, tudo certinho. Troquei o armamento de cada um e entrei pra boca de novo.

Tinha uns moleque usando droga e eu neguei com a cabeça sabendo qual seria o futuro de cada um se continuasse assim. Eu queria que todos tivesse a oportunidade e a vontade de parar.

As vezes eles usam pra esquecer os problemas mas na verdade a gente sabe que isso não vai acontecer, os problemas só vão aumentar cada dia mais. Mas eu, Iago, não sou pai de ninguém e cada um sabe onde o calo aperta.

Eu estou tão cansado e isso é notório, só de ficar pensando muito eu estou quase cochilando.

Ê vida, você ta me entregandotantas peças que eu já não sei mais onde encaixar cada uma delas...