Amália on
Não conseguir dormir, fiquei vendo TV e as vezes me pegava olhando pro nego e pensando em tudo que vem acontecendo com nós dois. Eu sabia que ele ia pra boca as 9hrs, então comecei a chamar ele.
Amália: Nego, já são oito horas, levanta. - fiquei cutucando ele. - Vamo nego, levanta.
Ele levantou todo atordoado e veio me abraçar, eu me assustei porquê ele realmente não gostava nem um pouco de abraços, nada que envolvia afeto. Eu retribuir.
Nego: Colfoi... Me desculpa por tudo, papo reto. - Ele saiu do abraçando coçando a cabeça.
Amália: Calma, me explica o que está acontecendo? Nego.
Nego: Eu sonhei que eu te perdia... Amália, eu não posso, porra.
Amália: Calma, senta aqui. - Falei puxando ele e deitando a cabeça dele no meu colo.
Nego: Me desculpa... Eu estou tão arrependido por tudo que fiz.
Amália: Nego, você não tem que falar que está arrependido, você tem que mostrar que está arrependido. Você mudou bastante dentro de uma semana, eu sei, eu reconheço. Depois de tanto tempo aqui dentro eu nunca fiquei tanto tempo sem apanhar, a não se quando você ia viajar. Eu te agradeço por tentar mudar, mas você só precisa me mostrar que realmente estar.
Nego: Eu estou, juro... Eu descontava minha raiva em você mas é sempre você que está do meu lado, eu reconheço tudo isso e me arrependo de tudo que fiz com você, sério mesmo. Eu prometo que vou tentar mudar, tentar não, eu vou mudar, por você e por mim. - Falou me abraçando.
Amália: não vai pra boca não? Vai se atrasar.
Nego: Vou. - falou levantando pra se trocar.Depois de alguns minutos ele desceu, vestindo um shorts branco e uma camiseta preta e um tênis da Nike. Ele é sempre assim, independente de onde vai, se for na esquina vai todo trajado. E não vou mentir, ele fica um gato.
Nego: Limpa a baba, gata. - falou me beijando.
Ok, admito, não estou acostumada nem um pouco com isso. Retribuir. Nosso beijo se encaixava certinho.
Diogo chegou fingindo uma tosse falsa. Tá, ele tá com ciúmes, já percebi.
Diogo: Pelo visto estou atrapalhando né? Pombinhos. - falou debochando.
Eu e nego se afastamos, nego sorriu pra mim e foi fazer um toque com o Diogo. Olhei pra cara de cu do Diogo e comecei a rir.
Diogo: Não tô vendo graça, eu hein!
Amália: Desculpa.Olhei pro relógio do meu pulso e marcava 8:45.
Amália: Deu a hora de vocês, vão. Vocês tem quinze minutos pra tá na boca.
Nego: A gente é patrão, Amália.
Amália: O "patrão" é o exemplo dos "funcionários" - falei dando ênfase.
Nego: Ok ok. Tchau. - Me deu um selinho.
Diogo: Tchau minha preta linda. - Falou me abraçando forte.E lá se foram os dois. Liguei o som e fui da uma geral na casa. Quando terminei fui fazer comida né, sou patroa não.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Vendida para o dono do morro.
Short Story| Eu nunca escolhi isso, se eu pudesse nem aqui estaria. Mas fui vendida pra sofrer, ser empregada e ser abusada.