CAPÍTULO 90

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Um mês depois...

MARIA JÚLIA NARRANDO

Um mês depois e nem um sinal do Vitor, vcs tem noção? Um mês sem resposta, esse tá sendo o mês mas dolorido de toda minha vida, bom deixa eu falar um pouco do que tá acontecendo, estamos revezando muito pra dormir com ele, todo mundo tá se ajudando, Sônia tá muito mas apegada a ele, Henrry vem duas vezes na semana ver ele, até pq não pode tá muito tempo criança, Lara tá com um barrigão de 6 messes já, a loja tá aberta só nas redes sociais, mas estamos vendendo ainda, o thazz tentou fugir um dia desse mas conseguiram pegar ele, bateram nele tanto que ele passou um dia apagado, eu nao quero nem ver quando esse menino voltar o que vai fazer com esse homem.

Sônia: vc viu o vídeo que o Henrry fez? - disse rindo.

Eu: eu vi, meu menino tá crescendo muito rápido - a gente riu, como Vitor já saiu dos aparelhos agr pode receber mas visitas.

Sônia: eu vou andar um pouco ta - disse e saiu e eu fiquei mexendo no celular.

Eu: amor quando vc acordar a gente precisa ir pra Maldivas e sério - me pego falando sozinha e olho pra ele, já tem um tempo que eu sinto a presença dele, eu falo mas depois lembro que ele só tá me ouvindo, me levanto e vou até ele - vc precisa acordar vida, tá todo mundo querendo que vc volte, pra animar o morro, aquele morro não é o msm sem vc - alisei a cabeça dele.

Neguinho: cheguei, e meu mano como tá? - beijou minha cabeça.

Eu: na mesma - peguei na mão dele - vida o neguinho e o mas preocupado com vc, quando vc acorda a gente vai tirar muito com a cara dele.

Neguinho: é meu irmão rapaz - ele riu - mas não la essas coisas não viu.

Eu: e sim, acho que quando Vitor acordar ele vai me trocar por tu - a gente riu e ele mandou delo - é sério.

Neguinho: teu cu - sentou e ficamos conversando sobre as coisas que ele fazia na infância, durante esse tempo a gente conversa muito sobre eles, sobre a vida do Vitor.

Eu: vcs eram o cão menor - disse e a gente riu,mas do nada eu senti ele apertar minha mão e eu parei de rir e coloquei a mão na boca.

Neguinho: que foi? - olhou assustando.

Eu: neguinho ele apertou minha mão - falei nervosa e neguinho levantou rápido.

Neguinho: eu vou chamar o médico - saiu correndo.

Eu: vida, sou eu, tá me escutando? - esperei mas nada aconteceu - eu não tô ficando louca, eu sentir vc aperta minha mão - ele apertou de novo bem divagar e eu comecei a chorar.

Dr: licença - entrou o médico com alguns enfermeiros, e o neguinho me abraçou - ele tá tendo reação, rápido boba respeitoria.

Eu: vida acorda por favor - chorei e o neguinho me abraçou forte.

Dr: saiam da sala de rápido - disse

Eu: não, ele vai acordar - neguinho me puxou pra sair da sala - não neguinho ele vai acordar ele apertou minha mão.

Neguinho: tá calma, deixa os médicos fazer os trabalhos deles - disse e Sônia chegou.

Sônia: o que aconteceu?

Eu: ele apertou minha mão Sônia eu sentir - ela me abraçou.

Sônia: calma vai ficar tudo bem calma -  um tempinho depois esperado e médico aparece.

Dr: boas notícias - sorriu - ele está voltando, está tentando voltar o máximo mas é um processo lento e isso pode levar dias pra ele conseguir abrir os olhos, vcs precisam interagir com ele o máximo pra ele conseguir responder.

Eu: aí meu Deus - abracei o doutor - obrigada doutor muito obrigada.

Dr: vão lá ver ele - sorriu e entramos na sala.

Entramos e a cama já tava um pouco mas inclina, pra ele ficar com as costas um pouco pra frente.

Eu: vida a gente tá aqui meu amor - peguei a mao dele e alisei o cabelo do msm - vida que bom que vc tá voltando.

Sônia: filho vai no seu tempo, não força tá - disse e pegou na outra mão dele.

Neguinho: a gente tá aqui meu mano - disse - a gente não vai sair daqui até tu acordar e volta pra comandar teu morro.

Depois disso ele não apertou mas, e não deu nenhum sinal, neguinho e Sônia forma embora e eu fiquei pra dormi com ele, mas eu sempre conversava com ela, chamava, mas nenhum sinal, eu tenho fé que ele vai voltar ainda essa semana, ele e forte e eu tenho certeza que ele tá tentando, que ele quer abrir os olhos, quer conversar, que esculhambar, pq Vitor é assim né.

Eu: neném eu tô te esperando tá!

[...]

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