CAPÍTULO 146

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MARIA JÚLIA NARRANDO

Eu: Henrry vem comer cara - chamei pela milésima vez - não vou chamar mas, vc vai pra escola com fome viu.

Henrry: calma mãe, eu tava ajeitando minha chuteira - eu rir.

Eu: vem cá pra min ajeitar - me abaixo e amarrado ele senta na mesa e começa a comer.

Henrry: mãe meu pai vai me buscar hoje? - olhei pra ele.

Eu: acho que não filho.

Henrry: pq? Faz tempo que eu não vi ele cara - diz e eu sorrir pela forma que ele falou me imitando.

Eu: para de enrrolar e come pra vc ir pra escola logo - ele começa a comer.

Depois que terminamos fomos pro carros, arrumei ele lá na cadeira e fomos saindo do morro até ouvir o Henrry gritar.

Henrry: paiii - parei o carro quando vi ele vindo até o msm.

Vt: iae meu pivete - beijou a cabeça do msm.

Henrry: pq vc não foi pra minha casa? E nem foi me buscar? - perguntou, abaixei a cabeça.

Vt: papai tá muito atarefado, que vim mas tarde aqui pro campinho?

Henrry: SIIIM, quando eu voltar da escola vc vai me pegar? - ele confirma com a cabeça.

Vt: eii - me chamou e eu olhei pra ele - a gente pode conversar mas tarde?

Eu: vou ver se tenho tempo - dei partida saindo do morro.

Henrry: vc tá com raiva do meu pai?

Eu: pq tá perguntando isso?

Henrry: ele nem beijou sua boca - sorrir baixo - e vc falou brava com ele.

Eu: a gente brigou, mas depois a gente conversa sobre isso - digo e ele para de falar.

Deixei ele na escola e voltei pra casa, tava deitada no sofá até a porta abrir com tudo e me assustar.

Luana: levanta vadia, vamo ali comigo - disse alto.

Eu: que susto do caralho Luana - diz.

Luana: vamo logo - pegou na minha mão me puxando, depois começamos andar que nem pessoas normais.

Eu: pra onde vc vai?

Luana: pra onde a gente vai - me corrigiu, fomos andando até chegar na boca principal.

Eu: o que a gente ta fazendo aqui?.

Luana: entra naquela sala lá - apontou.

Eu: não vou, não quero - ia saindo.

Luana: vai sim, anda logo, tô te esperando aqui fora - me empurrou e eu olhei pra os vapores que tavam por ali, me comprometaram com a cabeça.

Abrir a porta e me deparei com a Amanda toda amarrada com a testa sangrando e com a cara nada boa, mas só tinha eu e ela na sala.

Amanda: vc ta me fazendo me humilhar de todo jeito - disse e eu não entendi nada.

Eu: eu? O que eu tenho a ver com vc garota? - perguntei sem entender.

Amanda: eu fui obrigada a te contar a verdade - diz e eu fico olhando pra ela - senta ali.

Eu: prefiro ficar em pé.

Amanda: faz o que vc quiser - disse com raiva, e começou a contar uma história confusa.

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