Funk bunitin

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(Este capítulo é composto de hot (de todos os tipos...) em 90% da totalidade. Se não é a sua praia, é só esperar o próximo! Espero que gostem.)

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A festa se aproximava do fim e o céu azul claro de outrora escurecia a medida que uma chuva fina escorria pelas nuvens carregadas. A maioria dos convidados já tinha se despedido do casal e ia embora cambaleando com seus brotos de laranjeira em mãos. Aquele presente havia sido um toque especial de Juliette. Quando decidiam as decorações, comidas, local e muitas outras exigências para a festa, ela deu a ideia de presentear cada convidado com um pequeno pé de laranjas para que a mãe natureza também ficasse grata com mais algumas árvores plantadas por aí. A brasiliense adorou a ideia e complementou o pequeno arranjo com um laço prateado ao redor do fino tronco que imitava a correntinha tão marcante para as duas. Um pequeno pingente de acrílico com as iniciais e a data do casamento completava a lembrancinha. Um pequeno grupo se reunia em volta do casal e eles cantavam alto palavras desconexas. O teor alcoólico deixava o momento ainda mais engraçado para quem via de fora.

"Amiga, olhe aqui..." - Débora chamou a atenção de Juliette embolando as palavras em meio a risadas, apontando a tela do celular para ela. "Vou postar uma foto do teu casamento. Amiga! Tu casou!!!" - completou eufórica.

"Déb..." - a morena respondeu sorrindo com a língua entre os dentes. "O povo não sabe que eu casei, não, mulher..." - ela apertava os olhos em direção a amiga enquanto ouvia as risadas ficando cada vez mais altas em uma outra conversa. "Deixe eu ver as fotos." - disse animada tomando o celular da mão da amiga.

Os inúmeros fotógrafos seguiam tirando fotos do grupo que se abraçava e ria junto naquele fim de festa no chão do palco com suas garrafas de champanhe na mão e algumas das fotos já haviam sido passadas para as assessoras de Juliette, mas uma simples foto a chamou a atenção mais do que as grandes fotos profissionais. Foi uma foto tirada sem querer por um dos sobrinhos da paraibana. O retrato estava mal enquadrado, levemente tremido e desfocado, mas se tornou a favorita da morena. A imagem mostrava ela sentada no colo de Sarah com o cabelo já preso em um coque frouxo enquanto a canceriana tinha o cabelo preso em um rabo alto. Alguns fios rebeldes escapavam e caiam sobre o rosto que estampava um sorriso largo. Juliette a olhava sorrindo tão grande quanto e a mão esquerda mostrando a mais nova aliança tocava o lábio inferior da amada ao mesmo tempo em que os olhos não se desgrudavam. "Essa. Poste essa!" - a paraibana disse eufórica se levantando do palco e saltitando com o telefone nas mãos. "Poste essa no meu perfil. Assim, de surpresa, pá! Todo mundo vai levar um susto!" - completou rindo.

Antes mesmo de Débora conseguir responder alguma coisa, a sagitariana já estava procurando por Mariana que acatou a ordem também pulando de felicidade. Os movimentos eram lentos e o triplo de atenção era dado aquele momento por causa da bebida. "E a legenda, Ju?" - a assessora perguntou. "Eita mulinga... é mesmo." - ela respondeu mordendo o lábio enquanto o olhar se perdia na distância. Era quase possível ver as engrenagens girando na cabeça. "Já sei!" - a paraibana disse depois de alguns minutos, ditando palavra por palavra do que deveria ser colocado na foto. Mariana lentamente digitou tudo e checou inúmeras vezes para ver se não tinha cometido nenhum erro, voltando o celular até Débora para se certificar. As duas olharam para Juliette com os olhos lacrimejando e a abraçaram depois de postar a foto e desligar o celular.

O relógio já marcava quase nove horas da noite quando Gilberto foi embora. O amigo foi o último a deixar as amigas e elas finalmente ficaram sozinhas. A chuva fina ainda caia do lado de fora do espaço onde a festa tinha ocorrido e elas observavam caladas as gotas caindo na areia sendo lavadas pelas ondas do mar. "Eu postei uma foto nossa... de casadas..." - Juliette disse com a cabeça deitada no peito da brasiliense. "Juliette! Cadê? Deixa eu ver..." - a loira respondeu virando o rosto de um lado para o outro a procura do celular. A sagitariana amava o misto de rouquidão e manha que a voz bêbada da esposa tinha e em um ímpeto virou o rosto em direção ao dela para beija-la. Sarah retribuiu o beijo com carinho embora as risadas não conseguissem ser controladas. Rapidamente, a morena já estava de pé e puxava a mão da esposa para acompanha-la. "Vem!" - ela dizia enquanto arrastava Sarah correndo pela areia. A chuva fria arrancava mais sorrisos e logo elas já estavam próximas uma da outra novamente, sentindo as ondas geladas molhando os pés e as barras dos vestidos longos.

Tudo é questão de jogoOnde histórias criam vida. Descubra agora