Little Dandelion

Capítulo 10

N/A: Segunda atualização do dia!! Quem sabe não rola uma terceira rs

...

Enquanto Joseph e Louis dirigiam-se por uma rua aleatória, o mais jovens assistia os flocos de neve dançarem pelo ar gelado de Dezembro. Ele virou-se para a janela e olhou ao redor da cidade desconhecida pela qual eles estavam passando. Ele pressionou sua têmpora contra a janela de vidro frio quando os corpos dos cidadãos transformaram-se em massas borradas. Sua respiração começou a embaçar a janela. Ele ergueu o dedo indicador até a condensação e traçou um desenho aleatório, que de alguma forma se transformou em uma pequena flor. Ele rapidamente apagou com a manga de sua blusa. Tudo lembrava Harry.

Louis suspirou e concentrou sua atenção sobre as inúmeras pessoas que andam pelas calçadas. Joseph estava dirigindo relativamente lento e, teoricamente, Louis provavelmente poderia ter conseguido a atenção de alguém, mas ele não tentou. Joseph tinha uma arma, depois de tudo. Isso em si foi o suficiente para fazê-lo ficar na linha.

O menino de agora quatorze anos de idade fungou e afastou-se da janela. Ele colocou as mãos na frente dos aquecedores do carro, tentando aquecer os dedos congelados. Ele mal conseguia mover suas pequenas mãos, apesar do fato de que elas estava recheadas com as luvas quentes de Harry. Ele continuou pressionando-as ao nariz e respirando o cheiro dele. Era reconfortante.

Não havia muita neve no chão, mas ainda havia uma camada fina, apenas o suficiente para cobrir a grama e deixar as calçadas escorregadias. Flocos de neve se agitavam no pára-brisa e desapareciam sempre que os limpadores passavam por eles. Louis ouviu o zumbido suave do aquecedor. Ar quente e abafado exalando o mal cheiro da van suja. Eles estavam dirigindo há um bom tempo. Louis não tinha certeza de quanto tempo exatamente. Ele perdeu o controle. Ele assumiu que era quase meia-noite, considerando-se como estava escuro lá fora.

Ele olhou para o relógio de rádio. Era 1:32 da manhã, o que significa que já era Natal.

Louis suspirou novamente e esfregou os olhos, cansado. Que ótimo Natal.

Ele tinha certeza de que eles estavam dirigindo em círculos. O próprio Joseph não tinha certeza para onde eles estavam indo exatamente. Eles haviam passado por essa mesma cidade, duas vezes. Louis sabia que ele estava apenas tentando encontrar uma pequena cidade, onde eles poderiam ficar para a noite, sob o radar.

Ele olhou ao redor da van, procurando algo útil. O porta luvas estavam cheios de copos vazios e embalagens de McDonald, embalagens de chiclete, isqueiros de bolso, e jornais amassados ​​. O ar cheirava a uma estranha mistura de fast food e fumaça. Um purificador de ar em forma de um pinheiro pendia sobre o espelho, mas não mascarava os odores horríveis.

O coração de Louis começou a acelerar quando se aproximaram de um semáforo vermelho. Quando o carro divagou até parar por completo, ele olhou para fora da janela. Havia uma senhora andando na rua. Ela estava usando um casaco e botas pesadas, com um lenço quente envolvido em torno de seu pescoço. Ela estava em pé na esquina da rua, esperando pacientemente para atravessar. A brisa corria por seu cabelo preto grosso. Louis podia sentir adrenalina em suas veias. Ele só precisava chamar sua atenção.

Ele não podia bater na janela. Joseph iria ouvi-lo. Se só ele pudesse fazer algo para chamar a atenção dela.... Se ele dissesse 'Socorro', sem fazer nenhum som... Isso poderia funcionar.

Então ele olhou pacientemente para a mulher. Era estranho pensar que seu destino descansando inteiramente nas mãos de um estranho.

Mas antes que ele pudesse tentar qualquer coisa, o sinal ficou verde e Joseph fugiu a partir da interseção. Louis gemeu baixinho e virou-se em sua cadeira, mas a mulher já tinha ido embora, desapareceu no horizonte frio.