۪۪۪۪ꦼꪳ❥۪۪۪۪۪۪۪۪۪۪۪ꪳ͜Entre Rosas e Espinhos... {ʂαɾιҽƚƚҽ}

Capítulo 17

Uma visão diferente

§Juliette

Já tiveram aquela ligeira sensação de estar sendo perseguido?
Calafrios fortes ao passar por algum beco escuro, as margens de uma cidade precária de luz e ausenta das estrelas, pois os arranha céus exuberantes cobriam até onde seus olhos poderiam alcançar.

Pesadelos assim já me haviam virado rotina. Como se todos os dias eu precisasse me esconder, correr ou fugir de algo maior. Até mesmo acordada, as imagens resurgiam.
A causa?
Uma boa pergunta, com uma terrível resposta.
Talvez minha consciência pesada estava tentando me pregar peças.

Momentos poucos eram aqueles nos quais eu não precisasse me preocupar com nada. Geralmente esses exigiam a presença do meu melhor amigo, Gil.
Mas ultimamente uma pessoa nova tem feito seu protagonismo em vivências assim, uma pessoa na qual não deveria ter tanta importância.

Sarah Andrade.

•~•~•

... Noite anterior

Abandonada pelo taxista na frente do apartamento percorri o mesmo caminho que fazia sempre que retornava de uma festa qualquer, porém, com uma sensação muito adversa.

Os saltos estavam na mão direita.
Fechei a porta em um estrondo ensurdecedor. Conseguindo apenas sorrir de toda besteira que andava aprontando.

- Meu Deus... Que GOSTOSA! - Gritei alto, ecoando em todo o apartamento.

Joguei o calçado em qualquer lugar da cozinha e desfilei até o quarto deixando os rastros de roupas por onde passava.

Entrei no banheiro e deixei que a água fria limpasse minha alma.
Meus dedos presos pelo íntimo, estimulavam a região afim de ausentar a vontade que tanto me perseguia.

- Por que você não quis me ajudar, Sarinha?! - Exclamava sozinha, rente ao box vaporizado.

Já era de se esperar que eu precisava terminar o trabalho sozinha, mais nem ao menos imaginei que apenas tê-la na minha cabeça fosse o suficiente para me arrancar um orgasmo tão caloroso.

Desligando a ducha, enxuguei o cabelo, e os sorrisos bobos não cessaram.
A cama se tornou a melhor companheira da noite, os lençóis aqueles que aprisionavam o calor ao meu corpo, o travesseiro o melhor ombro amigo e no pensamento apenas um sabor no qual não tive o prazer de experimentar.
Deitei sem ao menos me vestir.
Apenas o sono acalmaria minhas vertigens.

Tendo em vista que do nascer ao pôr do sol no dia seguinte, nada seria tão bom quanto hoje.

•~•~•

⟨⟨ Vozes altas, gritos apavorantes.
Eu não conseguia ver nada além de vultos.
Sabia apenas que estava cercada de prédios, sem dono e sem luz.

— Socorro!! - Era a única coisa que eu conseguia dizer. Porém esse clamor não foi o suficiente para sobrepor os gritos.

Um choro de desespero me revestiu, senti tudo cair sobre mim.

Um barulho estrondoso ecoou.
A angústia isolou meu corpo por completo até que uma dor imensa se fez presente.
Agora eu conseguia ver a mim mesma,  esbanjando sangue.
Muito sangue...