capítulo 22

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Não me diga adeus...

Sarah

Solidão...
A linha tênue entre o amor e o ódio.
Difícil de explicar um sentimento tão averso ao meu habitual.
Fragilizada me perdi em lágrimas junto aqueles braços acalourados de Juliette, meu único conforto e a minha maior incerteza.

Milhões de imagens rondavam a minha cabeça, dentre elas a pior era a visão do meu melhor amigo sendo morto a queima roupa, sem nenhuma chance de ajuda. Porém o que realmente ficou fresco em minha mente foi um certo momento onde tomei a arma em minhas mãos e atirei sem hesitar.
Me recordo que o sangue frio invadiu minhas veias, um pulso firme no qual eu não sabia que tinha resultou na  sensação de vingança  inimaginável.
Tudo isso para que? Eu me pergunto.
Se depois me senti vazia...
Sozinha.

Juliette estava ali ao meu alcance, entretanto eu só conseguia pensar no quão eu era tola ao achar que podia protegê-la.

•~•~•

Narradora

Sarah não tardou em se recuperar. Tinha uma bagunça e tanto para resolver. Panos quentes deveriam ser jogados no que aconteceu, sua maior sorte foi que a arma usada portava um silenciador, isso poderia ter sido o suficiente para não alertar os vizinhos,  se caso não fora aí sim teria um problema.

A loira saiu dentre o abraço de Juliette e se levantou da cama rapidamente.
Pegando o celular ligou para o departamento de "limpeza" no qual era responsável por recolher qualquer objeto afetado por um espião.

- Aqui é a agente Sarah C. Quero uma limpeza urgente no apartamento do arquivo J.

Juliette se mantinha calada, aguardava sentada na cama sem mover sequer um dedo.

- Infelizmente temos um código preto também.
- Sim, sim, um dos agentes foi assassinado.
- Entregarei um relatório completo amanhã sobre o ocorrido.

Uma voz de choro teimou a surgir quando se lembrou do amigo.

- Não senhor, o objeto de investigação está aqui comigo... Sim, eu sei que quebrei uma regra mas.. não, não senhor não existem provas que regem uma detenção.
- sim, ok. Obrigado senhor.

Desligando o aparelho respirou fundo e o colocou em cima da prateleira.

- Pode me explicar tudo isso que você acabou de fazer? - Finalmente se proferiu a delegada levantando da cama.

- Eles vão lá no seu prédio e devem retirar toda a bagunça.

- De bagunça você se refere aquelas pessoas mortas? Meu Deus. - Se fez uma voz de imponência.

- Sim. Exatamente, eles vão lá limpar a bagunça que você provocou!

- Eu não provoquei nada disso!!

- Então como você explica aquele marginal indo na sua casa pontualmente com uma maleta, hum?

Neste momento a delegada ficou calada, engoliu a seco qualquer que fosse retrucação que tinha.

۪۪۪۪ꦼꪳ❥۪۪۪۪۪۪۪۪۪۪۪ꪳ͜Entre Rosas e Espinhos... {ʂαɾιҽƚƚҽ}Onde histórias criam vida. Descubra agora